Coleção pessoal de ManolloFerreira

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⁠No caminhar do seguir da vida,
Caminhos nos caminhos se perdem do destino,
Para o destino se fazer da caminhada o seu caminho.

⁠Quem um dia pudesse um dia poder,
Ter o poder de grafar no verso do tempo,
Tudo que do tempo foi contemplado a tempo de se viver.

⁠Quem muito gosta de falar,
Sem limite nem medida,
Por muito muito falar
Uma hora acaba falando o que não deveria
Uma mentira,
Ou,
Uma verdade que da mentira se escondia.

Aos meus amigos verdadeiramente amigos tenho a dizer,

Que assim são verdadeiramente amigos por se fazerem amigos

No respeito, e na presença da presença de se ter

No carinho expresso num gesto de afeição

Num aperto de mão em oração

Comungado nos festejos de um abraço

Ritmado no cantar eloquente do coração

Entre o tempo e o espaço em conciliação

Sempre quando sempre formos

Amigos verdadeiramente amigos

Amigos, sempre amigos, haveremos de ser...

Seja em momentos de alegria alegremente celebrados,

Nos tropeços da jornada em desesperança,

Na cobrança imoderada ou no infortúnio da desconfiança,

Havemos sempre de termos na paciência a confiança como parte do elo que se faz na segurança...

Sempre quando sempre formos

Amigos verdadeiramente amigos

Amigos, sempre amigos, haveremos de ser...

Por quando andamos a nos encontrarmos

Presos à distância aproximada na lembrança avigorada

Na trajetória da vida por toda cartografada

Onde estivermos por nos encontrarmos

Sempre quando sempre formos

Amigos verdadeiramente amigos... Amigos, sempre amigos, haveremos de ser...

! ...Amigos...!

⁠Sou do planeta de um povo de pele sem cor
Sou do tipo sanguíneo vermelho padrão popular
Sou da tribo humana cuja língua falada se faz no sentir
Sou o oposto do mesmo do que não é novidade
Sou sujeito talhado no tempo, produto da arte de Deus
Sou o fim no começo de tudo que me faz renascer

⁠Diante de parvos falares...
...Do silêncio me faço em voz,
Quando no silêncio me tenho em resposta...

⁠Sentimentos Intercalados


O que eu sinto por você, não podem meus lábios para o mundo revelar,
Nem mesmo por meio de epístolas posso me expressar,
Nem tão pouco por gestos tenho como meus desejos confessar.
Aos olhos em segredo a te contemplar,
Mesmo em silêncio não posso se quer pra ti me declarar.
Sem perguntar-me o porquê, de tudo do que deverás estar,
Faço-me prisioneiro do pensar, já que de nada adiantará,
Se eu e você não pudermos do mesmo sentimento juntos vivenciar.•.

...Novos Tempos, Velhos Começos...

Inicio de outros tempos
Pensamentos a se moldarem
À jornada de um ato
Ao alcance de um passo
De uma mão a se fechar
Demarcando a imensidão
No estalido de um olhar
Por se ter em compleição
O instante a fecundar
Em formas, cores, sons e movimentos...
Implodindo em sentimentos
No espaço por pedaços
O sentido dos sentidos
Que se faz ecoar
Dentre os fins e seus outros desfechos
Novos inícios e velhos começos
Um ciclo no círculo a se formar

À Vida No Morrer... Na Morte Do Viver...!




A vida se sorve em moles goles
A se deixar vivente no teu ventre a se estender
Alimentando-se de se, a se fazer na sede do nascer... Renascer
Na imensidão do instante, não mais tão constante
No tudo de tudo que se tem no que tem a se conceder
À vida no morrer que se tem na morte do viver

Ainda ontem eu vi você de joelhos a rezar
De arma em punho pronto para atirar
Em mais alguém que extasiado te aplaudia

Que Nada Me Tire...

Que nada me tire o sonho que me faz sonhar
Que nada me tire o deslumbre da imensidão que habita o meu olhar
Que nada me tire à alegria do riso que me faz sorrir
Que nada me tire a música que apraz o meu paladar
Que nada me tire o caminho que faz caminhar
Que nada me tire o tempo de retornar para continuar
Que nada me tire à fé que me faz perseverar
Que nada me tire da meta que tenho por atingir
Que nada me tire à órbita da poesia que me faz girar
Que nada me tire o sentido que me faz sentir
Que nada me tire o fim antes mesmo de começar...

De um amanhã outro virá...
Como esperança adiante
De um instante constante
A se pronunciar...
Sempre haverá um amanhã que de outro virá...
Em cortes diversos livres a se alinhar
No que se tem por vir
Há de se advir
Um amanhã profuso
Enlevo a dançar
No que ainda advirá para se recomeçar

Quando esperamos de algumas pessoas o melhor que nelas imaginamos enxergar, nos deparamos por muitas vezes com o pior que nelas podemos encontrar.

Defronte Com O Racismo


Já fui julgado e condenado sob a batuta de um olhar,
Por carregar na cor da pele a negação como afirmação
Já fui citado no silêncio da resposta,
Por carregar na cor da pele a razão reputada na segregação
Já fui vitima do título de vitimismo,
Por carregar na cor da pele a dor da discriminação

Permita-me...


Permita-me caminhar pelos teus passos
À deriva por me ter na imensidão
Sem destino no teu mundo eu me achar
Sonho e vida a fluir pelas estrelas
O desejo de nunca ter um fim
Um com o outro, corações por se fundir
Celebrando o que mais me faz querer
Saciar ao teu lado, a minha sede insaciável de viver

...o amor vem pra cada um, despojado, descalço, desatinado, aos berros, atirado à multidão, o amor vem pra cada um, sem resignação, aquecendo desejos de quem ainda espera ser consumido pelo fogo da paixão, o amor vem pra cada um, sem formas, sem pré-conceitos, sem medos, sem culpas, sem preceitos, sem certezas, nem dúvidas, o amor vem pra cada um sem avisar, sem dizer por aonde vem ou por aonde vai passar, na volta da ida da contramão, o amor vem pra cada um certeiro, viajado no devaneio do coração...

...O amor vem pra cada um, poético, gentil, cortês, carinhoso, cerimonioso, que mesmo para entrar onde é permitido pede permissão, o amor vem pra cada um, rastejando pelo céu ou voando pelo chão, o amor vem pra cada um, cego no acender da luz a clarear o que se vê no enxergar da escuridão, o amor vem pra cada um, trazido pela ventania, soprado à imensidão, o amor vem pra cada um, a galope, no trote da mansidão ou em disparada, sem rédeas, guiado pela emoção...

Dimanadas ao proferir do verbo
Palavras em forma se formam em sentidos
Assim como pegadas perfiladas na areia a trilhar caminhos
Ambas se perdem ao vento no sentido do tempo

Tudo do que nada temos a reivindicar do que nos omitimos
Tudo do que nada temos por nos omitirmos do que não conseguimos
Tudo do que nada temos, a saber, do que nada tem a se dizer
Tudo do que nada temos a dizer do que se tem a se saber

Perfiladas na superfície lisa do papel a se dar sentidos
Letras em forma formam palavras
Assim como pegadas perfiladas na areia a trilhar caminhos
Ambas se perdem ao tempo no sentido do vento