Coleção pessoal de luarimi

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É melhor ser rei de teu silêncio do que escravo de tuas palavras.

Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.

A ideia do suicídio é uma grande consolação: ajuda a suportar muitas noites más.

Todo mundo é um cientista louco e a vida é seu laboratório. Nós todos estamos tentando experimentar e encontrar um caminho para viver, para solucionar problemas, para afastar a loucura e o caos

Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.

Nada é mais ridículo do que o ridículo de não ser nada.

O ridículo não existe; os que ousaram desafiá-lo de frente conquistaram o mundo.

Se lês e relês a página mais perfeita, terminarás por achá-la ridícula.

E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.

A conquista da liberdade é algo que faz tanta poeira que, por medo da bagunça, preferimos, normalmente, optar pela arrumação.

Quero ficar só. Gosto muito das pessoas mas essa necessidade voraz que às vezes me vem de me libertar de todos. Enriqueço na solidão: fico inteligente, graciosa e não esta feia ressentida que me olha do fundo do espelho. Ouço duzentas e noventa e nove vezes o mesmo disco, lembro poesias, dou piruetas, sonho, invento, abro todos os portões e quando vejo a alegria está instalada em mim.

A esperança, enganadora como é, serve contudo para nos levar ao fim da vida pelos caminhos mais agradáveis.

A doença quando não tem cura, deve ser olhada com cautela. A melhor cura é saber como lidar com ela.

Não é o tédio a doença do aborrecimento de nada ter que fazer, mas a doença maior de se sentir que não vale a pena fazer nada.

Só há um templo no mundo e é o corpo humano. Nada é mais sagrado que esta forma sublime. Inclinar-se diante de um homem é fazer homenagem a esta revelação na carne. Toca-se o céu quando se toca um corpo humano.

Come pouco ao almoço e menos ainda ao jantar, que a saúde de todo o corpo constrói-se na oficina do estômago.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Status é comprar coisas que você não quer com o dinheiro que você não tem a fim de mostrar para gente que você não gosta uma pessoa que você não é.

Essa história de que o dinheiro não dá felicidade é um boato espalhado pelos ricos para que os pobres não tenham muita inveja deles.

A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.