Coleção pessoal de LILOCAPELVA

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O Silêncio Entre Nós

por você

O silêncio me assusta.
Nunca quis ser como sou com você.
Você me fez mudar.

Antes, eu gostava do silêncio.
Quando ouvia vozes,
vinham dores agudas,
agonias escondidas,
principalmente nas tristezas.

Mas quando você chegou,
tudo mudou.

Aprendi a falar com o olhar,
com beijos quentes,
com abraços que diziam mais
do que qualquer palavra.

Entendi, então,
que o amor vai além do desejo.
Amor é prosa.
O amor nos torna patéticos.
O amor é latifúndio.
O amor é divino.
O amor... é para sempre.

Quando não escuto seu amor,
sei que está longe.
E isso... nunca me aconteceu antes.

Sem o som estranho e doce da sua voz,
não sei quem sou.
Mas mesmo com o silêncio entre nós,
sei que você está aqui —
no meu coração,
fazendo barulhos de amor.

só pra você

Oi, só queria dizer que eu também sinto tudo isso — e muito mais.

Quando eu te vejo, não é só o sorriso bobo ou o jeito que você fala, é como se tudo fizesse sentido de verdade. Você é diferente, sabe? Não aquela coisa perfeita e impossível, mas real. Com seus jeitos, seus sonhos, suas dúvidas.

Eu também fico meio perdido, sem saber se consigo dizer tudo o que sinto, mas quando você está perto, parece que tudo fica mais fácil. Você me deixa tranquilo, me deixa querer ser melhor — não por obrigação, mas porque eu quero, por você.

Eu não sei o que o futuro reserva, e talvez nem faça sentido pensar nisso agora. O que importa é que eu gosto de você do jeitinho que você é, com todos os seus detalhes que só eu vejo.

Obrigadão por ser essa pessoa incrível na minha vida. Quero aproveitar cada momento que a gente tem, do nosso jeito, na nossa idade, com nossos sonhos de adolescentes que, no fim das contas, são bem parecidos.

Você é minha agora e é isso que importa.

— Ele.

sobre ele, sobre nós

Eu nem sei explicar o que é isso que eu sinto por ele. É tipo… leve, mas forte ao mesmo tempo. Como se meu peito estivesse cheio de alguma coisa boa, meio quente, meio boba, meio mágica.

Quando ele me olha, parece que o mundo desacelera. Juro. Às vezes ele nem faz nada demais — só ri, ou me chama pelo apelido que só ele usa — e eu já fico com aquele sorriso besta que não dá pra segurar. Ele não é perfeito. Mas ele é meu tipo de perfeito. Do jeitinho dele, bagunçado, meio tímido, às vezes distraído… mas sempre gentil comigo.

E o mais doido é que ele me faz sentir segura. Como se, por mais que tudo ao redor esteja confuso (família, escola, amizades), com ele é simples. Eu não preciso fingir nada. Posso ser quem eu sou, até nas minhas partes mais esquisitas ou inseguras — e ele gosta de mim assim mesmo. Isso é raro. Isso é lindo.

É o tipo de amor que a gente não vê muito por aí. E mesmo que dure ou não pra sempre (sei lá, a vida muda né?), agora… agora ele é o meu sempre.
E isso já vale tanto.

Como eu era antes de você
Quando eu olhava as flores, via algo impossível.
Quando pensava em ter filhos apegados ao pai, imaginava um péssimo relacionamento entre nós.
Quando me via velhinha, não conseguia imaginar alguém ao meu lado.
Quando pensava em 28 anos de relacionamento, me via com um papel de divórcio na mão.
Queria que as coisas dessem certo apenas com o esforço das minhas próprias mãos, sem a ajuda de ninguém.
Também queria que ninguém soubesse da minha vida.
Odiava quando mexiam no meu cabelo ou quando faziam carinho em mim na frente da minha família.
Adorava me sentir sozinha. A solidão era a minha paixão.

Mas, depois que te conheci...

as flores começaram a ter cheiro.
me vi sorrindo ao imaginar uma criança correndo até você com os bracinhos abertos.
e, pela primeira vez, me imaginei velhinha com alguém segurando minha mão — e esse alguém era você.
os 28 anos já não eram uma sentença de fim, mas um livro cheio de capítulos bonitos, difíceis, e nossos.
percebi que não sou fraca por precisar, nem errada por dividir.
entendi que o silêncio não precisa ser solidão, e que carinho também é amor quando feito na frente dos outros.
minha paixão pela solidão foi dando espaço à calma da companhia.
e hoje, se olho pra mim... não sei exatamente quem sou sem você.
mas pela primeira vez, isso não me assusta.