Coleção pessoal de leandroflores

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O Recomeço

E tudo passa;
as dores,
o desespero,
a saudade,
o amor....

Tudo se acostuma
a ser como se nada
tivesse acontecido...
Como se aquilo
Que vivemos
Não fizesse mais sentido...

Ah, e os risos virão...
A vontade de seguir
Os novos olhares
Que sempre chegam...

A vida recomeça a brotar
nas rachaduras
da decepção...
E tudo volta a ser
como antes...

O ser que se foi,
ao voltar arrependido
não te encontrará
nem a ti, nem o que se deixou
pois foi como
se não tivesse existido...

Simplesmente esses indivíduos são lançados dentro desse cubículo e o Estado apenas mantém o controle parcial de tudo, enquanto o sistema corrói como um câncer os orifícios inóspitos de nossa sociedade.

Um dia no Sistema Penitenciário – um olhar sobre a situação carcerária no Brasil

Recentemente tive a oportunidade, como aluno de Direito e jornalista, de conhecer de perto como é a vida por detrás das grades. A visita foi aqui em uma das unidades penitenciárias de Salvador. Não vou me ater aos procedimentos que me levaram a fazer isso, nem aos detalhes do lugar em si (por mais que isso seja relevante), mas somente nos fatos, na observação e nos impactos que isso, de certa maneira, me causou. Foi como se, de alguma forma, pudesse me embrenhar nos intestinos, sobretudo nas regiões mais eivadas de nossa sociedade. Acho que todo cidadão, enquanto parte de uma sociedade organizada deveria ter a iniciativa de visitar a sua própria concavidade.

De longe, parece ficção. Mas de perto, a realidade é repugnante, catastrófica, quase perdida. Pouco se vê de esperança ali naquele ambiente marginal e selvagem. Há um misto de questionamentos e certezas que logo se exalam na impotência de sermos quem somos, de produzir o que estamos produzindo, ao ignorarmos - como sociedade - um fato social que simplesmente pode vir a ser uma avalanche que pode – e deve – nos engolir a qualquer momento. É como uma chaga mortal, escondida por debaixo de nossos mais belos trajes.

Dizer que é isso mesmo, que não estamos nem aí, que tudo é uma questão de escolhas, ou, em uma visão mais invasiva, do quanto pior o sofrimento daqueles seres, melhor para a sociedade é fechar os olhos para uma realidade que a gente sabe que existe, mas que nunca estaremos dispostos a mudar, simplesmente pela questão do justiçamento (que é muito diferente de justiça). Ainda carregamos essa visão, internalizada pelos programas televisivos, que o criminoso para se recuperar precisa sofrer na própria pele a violência de seu crime. Ou que se matássemos todos que ali estivessem, o exemplo desse ato já seria o bastante para inibir um pretenso ato criminoso. Porém, o que não conseguimos refletir é que isso sempre aconteceu aqui no Brasil. As prisões estão dominadas por facções criminosas que produzem consequências devastadoras, seja para o Estado ou para o próprio preso, seja para a sociedade na manutenção desse sistema, que por sua vez, absorve isso e devolve com instintos discriminatórios, reduzindo assim a oportunidade na questão da ressocialização.

E, no meu modo de pensar, é justamente aí a raiz de todo o mal. Se analisarmos pelo lado social, não é preciso ir muito longe para enxergarmos qual a cor que enfeita as prisões e a que tipo de classe social essas pessoas pertencem. Indiscutivelmente, a grande maioria é negra, sem escolaridade e moradoras de bairros periféricos, onde não há orientação ou base educacional.

Desde muito cedo, essas pessoas, seduzidas por uma vida de criminalidade, onde as condições são mais favoráveis, aprendem que viver a margem da lei é talvez a única oportunidade de vida. São esses indivíduos que superlotam o Sistema Penitenciário. Não carregam em si uma importância que estimulem, enquanto cidadão, uma estrutura melhor para o cumprimento de sua pena com eficiência. Sendo assim, o ato da dignidade humana muitas vezes é violado e esse sujeito volta para as ruas (ainda muito mais imoderado do que entrou).

Não é preciso ser especialista para perceber que do jeito que está é impossível a recuperação de qualquer que seja o indivíduo. O modelo está saturado, desestruturado, completamente ultrapassado. Não há investimentos, nem interesse do poder público na questão da recuperação humana. Não há uma política séria nesse sentido, apesar de que muito dinheiro é despejado sobre os telhados do sistema. Simplesmente esses indivíduos são lançados dentro desse cubículo e o Estado apenas mantém o controle parcial de tudo, enquanto o sistema corrói como um câncer os orifícios inóspitos de nossa sociedade.

É preciso rasgarmos os tecidos que encobrem as nossas mazelas e buscarmos outras alternativas que possam aliviar essa trágica condição. Temos sim que punir. Se cometeu ilegalidade tem que ser responsabilizado por isso - com todo o rigor da lei, inclusive. Mas, como disse anteriormente é preciso oferecer uma estrutura adequada para que esse indivíduo possa cumprir com dignidade a sua dívida com o Estado, com a sociedade e com a justiça.

Enquanto houver ouvido haverá poesia... Não obstante os sentidos, sentiremos pela indelicadeza, mas levaremos na sacola os versos que ainda nos restam...

Se tivesse lido um pouco mais, se tivesse estudado, se não tivesse cortado a fila da merenda, se tivesse devolvido o troco que recebeu errado do motorista, se não tivesse jogado papel de bala no chão, achando que estava contribuindo com o “emprego” do varredor de rua, se não tivesse vendido o seu voto, talvez o gigante não estivesse tão enfurecido com o governo que tem, talvez não estivesse pagando caro para se manter no poder, talvez não estivesse com tantos problemas de saúde, educação, lazer, transporte público, meio ambiente, etc.

O DEUS desses terroristas, na verdade é o próprio DIABO!!
#Mais_poesia_e_menos_religião

A consciência, o amor e a sinceridade são os requisitos mais importantes na vida de qualquer pessoa. Quando se entende isso, não há exclusividade, não há ignorância, não há soberba, não há pecado porque tudo isso é aniquilado pelo amor de Deus.

Deus não existe, Deus é. O que existe sou eu, você, as montanhas, os pássaros, as árvores, etc. Deus é igual a poesia; você sabe o que ela é, mas jamais poderá provar para que ela existe.

Mais grave do que um protesto de gente atacando uma simbologia é ver os próprios (que se dizem representantes de Deus) destruírem o evangelho, difamarem o conceito de uma religião e disseminarem o ódio, a ganancia, a discórdia, a ignorância e a apostasia nas igrejas...

Sou a favor do respeito ao indivíduo, não do individualismo de pensamento como forma de opressão. Quem age de maneira conflituosa não tem compromisso nenhum com a paz, com o bom senso e com a conquista de pensamento (revolucionário) de uma sociedade!

Tratar uma ofensa com agressão, injustiça com vingança e ódio com rancor é revelar-se do mesmo tamanho. Ou seja, o oprimido de hoje seria o mesmo opressor de amanhã, caso estivesse no lugar dele.

Satanás é o deus da ignorância e do fanatismo!

Ser criança é ter a ânsia de não querer ser...

Um país com tantos bandidos é natural que houvessem também tantas garantias...

A cultura é um fator crucial para o ser humano. Pois é através dela que encontramos as várias expressões artísticas, presentes na homologação dos indivíduos e grupos sociais.

Todos parecem estar míopes diante da importância do poder cultural. Investir em projetos culturais significa menos gente na cadeia, menos gente sendo assassinadas, menos gente usando drogas. Menos gente na rua. Menos gente passando fome. E por ai vai.

Torço para que esse país um dia abra o olho e veja a importância da arte e da cultura na vida do ser humano. E valorize isso, como uma área extremamente importante na reconstrução desse mundo que está quase perdido. É preciso fazer as coisas funcionarem de maneira correta. Analisando a situação de baixo para cima e de cima para baixo, não só incentivando o artista, mas criando mecanismo para que a arte seja vista nesse país com outros olhos. Trabalhando inclusive, a prática de leitura que é um problema sério no Brasil.

O pior ladrão é o de consciência...

Não adianta tentar me entender. Eu não estou do lado que você olha... Não sou extremo, nem periférico, sou do lado de dentro da razão.

O Brasil já não tem para quem gritar "fora", fora o eleitor burro.