Coleção pessoal de LaecioMalta

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E o coração a dar saltos em um movimento incontrolável... A desejar assegurar o que já parte sem a despedida de um olhar... Olhar a desejar o mesmo amar, inobservável, pois se contem absorto no subterrâneo dos afetos, mas "sentível", a abalar silenciosamente os mais profundos e insondáveis sonhos de um amante imerso em efervescentes paixões...

Amamos muitas vezes tão intensamente, ao ponto de acharmos que não suportaremos os seus impactos sobre os nossos corpos frágeis e mortais.
Quando frustrados, nossos sentimentos introduzem em nós mesmos buscando nos vazios múltiplos de nossa subjetividade, encontrar o Eu que se demonstrava forte e amante. Ao adentramos nesse vasto mundo interior do Eu, descobrimos que os valores dos Seres, encontram-se nesse mesmo Eu, e que o mesmo amar não amado com o Amor que se amava, pode ser entregue de igual ou superior forma a outro Ser que o receba e o corresponda com o mesmo amar, que amado com o Amor que se é amado, transforma em um único Amor os amores que se amam...

O ato de olhar é o direcionamento mental do amor existente dentro de si para o ser amado distante, já não mais presente enquanto corpo, mas permanente enquanto desejo.

Amar...
Eu te busco, e não permites que por mim sejas buscada.
Eu te chamo, e não permites que por mim sejas chamada.
Eu te entendo, e não permites que por mim sejas entendida.
Eu te admiro, e não permites que por mim sejas admirada.
Eu te procuro, e não permites que por mim sejas procurada.
Eu te desejo, e não permites que por mim sejas desejada.
Eu te sinto, e não permites que por mim sejas sentida.
Eu te amo, e não permites que por mim sejas amada.
Ah se tu permitisses,
Que eu te buscasse
Que eu te chamasse
Que eu te entendesse
Que eu te admirasse
Que eu te procurasse
Que eu te desejasse
Que eu te sentisse
Que eu te amasse.
E que tu me buscasse
E que tu me chamasse
E que tu me entendesse
E que tu me admirasse
E que tu me procurasse
E que tu me desejasse
E que tu me sentisse
E que tu me amasse
Assim meu amor,
Nós nos buscaríamos
Nós nos chamaríamos
Nós nos entenderíamos
Nós nos admiraríamos
Nós nos procuraríamos
Nós nos desejaríamos
Nós nos sentiríamos
Nós nos amaríamos.
E meu coração não suportaria o amor que eu tenho por ti, o amor que tu tivesses por mim, e o amor que nós tivéssemos um pelo outro, mas, como não sei se isso ocorrerá, continuarei
A te buscar
A te chamar
A te entender
A te admirar
A te procurar
A te desejar
A te sentir
A te Amar.

Em defesa dos espinhos

Sois a Rosa eu admito
Tens perfume a se propagar no vento
Tom marcante sempre intenso
A todos encanta traz contento
Sois macia, calma e fria.
Teu movimento delicado
Traços leves e continuados
A presenciar beijos e abraços

Sim! Reconheço tua realeza
Mas creio firmemente e com certeza
Tu sem mim, não tens defesa
Livro-te de toda malvadeza
Que venha a ferir tua beleza

Mas tu, ao permitir que eu em ti não mais esteja
Quando retirado, minhas marcas profundas
Por ti e em todo teu corpo, por longos tempos.
Faço com que permaneçam

Sou o espinho,
Que por lamentar com tais queixas
Só deseja que ao observar as marcas veja
O quão grande é o amor que há em mim
Que ainda, que separado de ti eu esteja.
Minha presença em ti
Marca profunda deixa...

Por um momento pensei que tê-la fosse a minha alegria, mas ao voltar para dentro de mim, percebi o quão feliz eu seria se eu não a tivesse, por que o prazer não estava em tê-la, mas, em amá-la, e nisso consiste o amar, que é a alegria suprema em si!

O homem é como um pássaro, além de poder voar, pode encantar outros homens com o seu voo e estimulá-los a também voar.

AO TE BEIJAR

E que, ao te abraçar, e ao te beijar, tocando levemente meus lábios sobre os teus, fechando levemente os meus olhos, para ter apenas a ti em meus pensamentos, aproximando levemente os nossos corpos ardentes de paixão, suavemente deslizando minhas mãos a percorrer por todo o teu corpo, levando o coração a bombear aceleradamente e impulsionando o sangue por todos os nossos órgãos, como uma bela orquestra sinfônica, tu o compreendas como um grande sinal de meu Amar...

Amar verbo conjugado
EU amo. Amo intensamente,
Que até Vênus descontente
Deseja ter o meu mesmo amar.
Já amei, torno amar, me decepciono, mas depois amo de novo.
Talvez eu pudesse não amar, mas amar é coisa boa e por isso continuo a amar.
O amor uma vez descoberto, permanece sempre desperto.

TU amas? Não sei
Mas, bem que poderias amar, me amar, nos amarmos.
E assim nos encontrarmos e
Compartilharmos o mesmo amar
Talvez tu pudesses não amar, mas descobrirás que amar é coisa boa e por isso não permanecerás no “não” amar.

ELE ama. Isso é o que dizem!
Saberás o que se passa em corações insondáveis?
Ah! O Amor é sempre oculto
Mas, às vezes põe-se a revelar.
Talvez ele ame, ou não, mas amar é coisa boa e por isso um dia ele o revelará.

NÓS amamos. Amamos?
Deixamos de amar, ou permanecemos no Amor?
Amaríamos mais se pudéssemos, ou deixaríamos de amar se também pudéssemos.
Talvez nós deixemos de amar, mas amar é coisa boa e por isso continuaremos a amar enquanto pudermos.


VÓS amais. Afirmaram...
Não posso afirmar que amais
Pois, ainda que ames, não terei a certeza desse amar
Nem sua intensidade, nem sua imensidão
Talvez vós amais, mas amar é coisa boa e um dia, me permitirás conhecer o teu amar.

ELES amam. E por que não poderiam?
Pelo contrário, devem
Amar constantemente, em corpo, alma e mente
E no Amor se enveredar eternamente
Talvez se EU, TU, ELE, NÓS, VÓS e ELES, descobrirem que amar é coisa boa, o amor se apaixone, e também com o mesmo amar, venha conjugar-se a gente.

A INCERTEZA DO AMOR

Que garantia tens tu
De ter o Amor
De quem está ao teu lado?

Por ventura não se encontram
No interior
Os sentimentos mais profundos?

E é, pois nesse intimo
Profundo
Ao qual nem mesmo os deuses tem acesso.

Olhares cruzados
Beijos apaixonados
Abraços apertados
Incontáveis ao longo do tempo.

Não sabeis, pois, qual destes
Olhares, beijos e abraços
Podem ter mais marcado
O coração de teu amado
E que constantemente
Podem reacender
Ainda que esteja ao teu lado.
Ninguém tem a certeza
De ser pelo outro amado
Vive-se no profundo lago do medo
Do não ser verdadeiramente amado.


Não se prende, pois ao teu amado
Ainda que teu coração calado
Sofra sem ter cometido algum pecado
De ter se entregado ao amor desesperado

Amores vão e amores vêm
E se tu te entregas totalmente
Ficaras brevemente sem amparo

O cupido criou as flechas a serem lançadas
Para incendiar de amor os corações
Porém não criou flechas, que com tal eficiência
Contivessem as paixões.