Coleção pessoal de kaliman_souza
Se eu pudesse voltar para a noite, no dia em que te conheci.
Se eu pudesse voltar para a noite, na noite dos jogos.
Ah se eu pudesse retornar, para o que era.
Mas se retornado ao que era, não seremos diferentes que fomos.
Se eu pudesse mudar o dia em que te conheci.
Se eu pudesse mudar a noite dos nossos jogos.
Se eu pudesse alterar, o que aconteceu, talvez então, mudaria oque seriamos.
Mas não seriamos quem somos mais, talvez uma ilusão, criado de um mundo inexistente.
Seriamos e não seriamos, nós ao mesmo tempo.
No fim o passado não se altera, e o futuro inexiste.
Somos o que somos agora, no presente, e nada mais.
Somos nossos atos de agora, e nada mais.
Somos a intensidade do presente e nada mais.
E nada mais.
Mas se eu pudesse ser mais.
Se eu pudesse ter sido menos.
Talvez
Eu teria amado mais.
Eu teria negado menos.
Talvez
Teria na primeira conversa, me entregado mais.
Teria na primeira conversa, guardado sentimentos menos.
Um Talvez........
Talvez tivesse dado certo.
Talvez tivesse dado errado.
Impossível saber, pois ficou inerte, sem atos.
No Fim, A vida não é feita de Se ou de Talvezes
A vida é feita de decisões momentâneas, que regem o futuro incerto.
Talvez recomece, talvez seja realmente o fim. Cabe nossos atos decidir.
No fim, o passado foi, o presente se faz agora, e o futuro é deixado para seguir o fluxo.
Tal dádiva entregue ao homem, por Deus, feita para realizar o presente.
Nada mais é, nada mais será, se não feita por atos agora, se nada feito, o mundo se mantem inerte.
Quão chato é morrer, e perceber que o momento que deixamos escapar teria mudado tudo, e nada mais resta senão o silêncio do que poderia ter sido.
Da lágrima que se torna sua inspiração, sua maior bênção transformada em maldição: transformar dor em arte.
Eis como é, a vida do poeta.
É árduo o esforço de subtrair de um homem aquilo que ele conquistou pela via da irracionalidade, utilizando a razão como instrumento. Somente um impulso ainda mais irracional é capaz de despojá-lo dessa parte oposta de si mesmo.
Queria que a vida fosse assim, palavras soltas, sem remorsos, fragmentos de um livro infinito. Lançados ao vento, sem ponto, sem virgula, livres para dançar no ar.
Às vezes o caminho é solitário, difícil e cheio de dor. Então se o seu céu está escuro e derrama a chuva, "cry to Jesus".
