Coleção pessoal de joseni_caminha_1
Quando ouvi de um professor de história justificar o seu silêncio diante das injustiças e opressões impostas pelo sistema educacional ao fato da sua necessidade de assegurar a sua empregabilidade, percebi que o neoliberalismo não conseguiu apenas transformar a escola em empresa, mas também fez alguns professores se verem como elemento funcional desse sistema.
Há momento na vida que o homem, o vi sem perceber a importância que o mesmo tem, porque ele nao aprendeu a enxergar o valor que há no viver em momentos que para maioria das pessoas é apenas uma rotina.
Estou começando a acreditar que o sentido que a vida tem, está em não buscarmos sentido para o que ela nos dar, pois o viver é o verdadeiro sentido que nos cabe aproveitar.
Vivemos as nossas vidas em busca de algo que nunca somos capazes de encontrar, porque não sabemos, com clareza, o que seja e como encontrá-la.
Felicidade é um momento que dele pode se apoderar, somente aqueles que se dão a oportunidade de vivê-lo.
Felicidade é um momento que a vida nos oportuniza, mas que poucos sabem o caminho, pois se preocupam em buscar para além das oportunidades.
Felicidade é ver a vida com o brilho que lhe é peculiar e enxergar que os espinhos que encontramos em nossos caminhos faz parte de um processo evolutivo que precisamos superá-los.
A excelência que necessita se exibir para ser aceita, não ilumina, pois o brilho que emana dela não é probo.
A solidão é um peixe que nada em um oceano repleto de outros peixes, sem perceber e ser percebido por eles.
A felicidade para ser sentida por meio da aceitação do outro, não é felicidade é necessidade de ser aceita.
A educação de palanque não constrói, modela; não inclui, promove a exclusão institucionalizada; não desenvolve a autonomia, conduz a heteronomia; não media a criticidade, aliena o aluno; não aplica a equidade, pois foca na meritocracia como motivação; não consegue exercer seu papel social porque seu objetivo não está no que pode fazer, mas no que pode aparecer.
A minha fala é de luta contra esse modelo educacional que está pautado na excelência, na educação da ostentação, onde o foco do ensino se contenta com o desempenho do aluno em avaliações com o único objetivo de aferir a competência da gestão, da escola e do sistema de ensino.
Diante de uma visão estreita do professor, surge a incapacidade da mediação no processo de ensino e aprendizagem na formação de um aluno capaz de desenvolver a criticidade e autonomia.
Quem realiza o desejo imposto pela sociedade, necessita dela para validar-lo, pois sem a validação da mesma, não há prazer em apenas conquistar.
