Coleção pessoal de JorgeAntosko

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⁠As simples luzes de astros tristes
Barcos aportam a mastros ristes
Já outros partem em velas mestras
Buscando terras que inexistem

Divagam em ondas vagarosas
Em vezo evadem suas garrafas
Entonam rezas poderosas
Deflagram então sua desgraça

Perpétua é a ideia de ser livre
Porque promessas não bastaram
Da proa à popa à prosa e verso
De tão imersos se afogaram

⁠Ode ao Vidro

O vidro que estilhaça
estraçalha-se em pedaços,
estirando-se em migalhas,
espalhando-se no espaço.

Extraindo-se de si,
entrega-se à sua quebra,
segrega-se aqui e ali —
porque caco não tem regra.

⁠Ausência

Quando eu ouvir a tua voz entre os ventos,
Lembrar-me-ei de que nada é eterno
E, ternamente, não me esquecerei
Que, caso ainda aqui, tu me dirias que: