Coleção pessoal de JeanRavagnan
Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro.
Não é um lábio ou um olho o que chamamos de beleza, / Mas a força global e o resultado final de todas as partes.
O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupíla diz que quantidade de homens há dentro de nós. Afirmamo-nos pela luz que fica debaixo da sombrancelha. As pequenas consciências piscam o olho, as grandes lançam raios. Se não há nada que brilhe debaixo da pálpebra, é que não há nada que pense no cérebro, é que não há nada que ame no coração.
Uma existência vivida inteiramente em público, na presença de outros, torna-se, como diríamos, superficial.
Uma vida sem pensamento é totalmente possível, mas ela fracassa em fazer desabrochar sua própria essência – ela não é apenas sem sentido; ela não é totalmente viva. Homens que não pensam são como sonâmbulos.
Os criminosos nesta cidade costumavam acreditar em coisas. Honra. Respeito. Agora olhe para si mesmo! Em que você acredita? No que você acredita!
O Coringa: Acredito que tudo que não nos mata simplesmente nos torna mais... estranhos.
A ideologia individualista e a era sublime da moda são assim inseparáveis; culto da expansão individual, do bem-estar, dos gozos materiais, desejo de liberdade, vontade de enfraquecer a autoridade e as coações morais: as normas “holistas” e religiosas, incompatíveis com a dignidade da moda, foram minadas não só pela ideologia da liberdade e da igualdade, mas também pela do prazer, igualmente característica da era individualista.
Quanto mais os indivíduos são informados, mais se encarregam de sua própria existência, mais o Ego é objeto de cuidados, de autossolicitudes, de prevenções.
Na verdade, qual idealização é capaz de se manter, qual sonho pode persistir indefinidamente, quando confrontado com a precariedade natural dos seres e a monótona cantilena da eterna repetição das coisas?
A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar.
O mais corajoso dentre nós dispõe apenas raramente da coragem de afirmar aquilo que sabe verdadeiramente...