Coleção pessoal de janecbertuol

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Fui dormir umas vezes tão feliz, que, se
soubesse minha força, levitava.
Em outras, tanta foi a tristeza que fiz versos

Estremecerei de susto até dormir. E no entanto é tudo tão pequeno. Para o desejo do meu coração, o mar é uma gota.

Dor não tem nada a ver com amargura. Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais, é pra ensinar a gente a viver. Desdobrável. Cada dia mais rica de humanidade.

Sofro por causa do meu espírito de colecionador-arqueólogo.
Quero pôr o bonito numa caixa com chave
para abrir de vez em quando e olhar.

Lembre-se que se algum dia você precisar de ajuda, você encontrará uma mão no final do seu braço. À medida que você envelhecer, você descobrirá que tem duas mãos - uma para ajudar a si mesmo, e outra pra ajudar aos outros.

Eu amo as pessoas que me fazem rir. Sinceramente, acho que é a coisa que eu mais gosto, rir. Cura uma infinidade de males. É provavelmente a coisa mais importante em uma pessoa.

Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.

O problema por completo nunca foram as idas, os abandonos e as despedidas. O problema é me levarem junto. É irem me deixando virar pedaços e nunca mais me devolverem. Sou agora uma espécie de quebra-cabeça que nunca mais se completa, que já não sabe ao certo por onde andam as suas peças. E eu já entendi, moço, que cada adeus corresponde ao som de uma faca me despedaçando, e cada “até logo” vira lenda. Moço, eu já perdi demais, agora eu apenas quero imaginar que um dia posso ganhar pedaços para cuidar também, e deles, farei um enorme coração cheio de proteções. E ninguém irá precisar de despedidas.

Que estejamos presentes em memórias alheias. Que alguém já distante lembre do nosso sorriso e se sinta acolhido. Que o nosso bem faça bem ao outro. Que sejamos a saudade batendo no peito de uma velha amizade. Que sejamos o amor que alguém nunca esqueceu. Que sejamos um alguém que sorriu na rua e o desconhecido encantou-se. Que sejamos, hoje e sempre, uma coisa boa que mora dentro de cada um que passou por nós.

Soube que te amava, não quando te quis pra toda vida mas quando te queria em todos os meus finais de dia. Pra te ouvir mesmo cansada, pra te esperar acordada, pra ter e receber o colo que só a gente sabia se dar. Refletir o presente, ser encaixe perfeito, repouso e divã. Soube que te amava por de repente me ver carregar suas dores e tornar meus os seus conflitos sem ao menos sentir o peso deles. Percebi que era amor pelo jeito que você me fazia rir. Não das suas piadas mal contadas, mas da sua forma de ver a vida, serena e traduzível.

Ela quer carregar o mundo. Nos braços, nas costas, no bolso, no coração. Não importa o peso, ela aceita o desafio. Tem pressa, tem sede, mil idéias e ideais. Faz planos, mas, impulsiva, fica na expectativa do "grand finale" e se atrapalha. Ainda assim, ela continua. Tropeça, aprende e recomeça. Ela quer conhecimento, horizontes e motivos pra sorrir. Mais dias no calendário, mais noites e madrugadas e mais de vinte e quatro horas, só pra variar. Ela é uma, mil em uma e não tem sono no fim do dia. Mas às cinco, a tortura, ela tem sono pra acordar. Arruma e desarruma armários, a vida, o pensamento. Rabisca e guarda papéis, paga contas, revê fotos, amigos e filmes preferidos. Ouve e sente boa música, aumenta com prazer o som e quando é injustiçada, ela desaba e perde o tom. Se mostra mulher, se vê menina e quer pintar o quarto de lilás. Ela já teve mais pique, mas mesmo cansada persiste. Aposta no que há de vir e não desiste da correria. E ela corre... contra o tempo. Do tédio e da solidão. Cozinha quando tem fome, inventa receitas inéditas, tem preguiça aos domingos, pinta as unhas de vermelho, aprende um novo idioma, compra e lê um velho livro, sonha e busca um novo rumo, abraçamuitos, briga com meio mundo e escreve sobre o amor."

Depois eu lembrei que todo mundo passa mas ninguém fica e tive vontade de chorar o choro mais longo e pesado do mundo.

Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente. Inteira.

Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas.

Apenas se sentem agredidos aqueles que te invejam.

Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados e há muito me perdoei.

Eu me conheço bem, mas sei que posso me surpreender comigo mesmo, a qualquer minuto.

Onde, afinal, é o melhor lugar do mundo? Meu palpite: dentro de um abraço.

É possível que lar seja uma pessoa e não um lugar?

Estou desconfiada de que a gente cresce quando começa a aprender, com o sentimento, muito além da retórica, a não permitir que uma desilusão ou outra nos afaste de nós mesmos e nem dos nossos sonhos mais bonitos. Estou desconfiada de que a ...gente cresce quando é capaz de entender que estar vivo é perigoso, sim, é trabalhoso, sim, mas também é uma oportunidade rara e imperdível. Que há que se pagar o preço, se a ideia é ser feliz e inteiro