Coleção pessoal de Janinekussler

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Entre Mentes
Há algum tempo anseio o saber —
não o que dorme nos livros empoeirados,
mas o que se aprende com o corpo cansado,
com o tropeço, o erro, o fardo.
Como vampira, sugo teu intelecto,
saboreio tua razão, teu susto, teu afeto,
digiro o que entendo, excreto o que sobra —
e o resto, ah, o resto, me dobra.
Uma parte de ti em mim se instala,
como lembrança que nunca se cala,
e sigo, voraz, faminta, errante,
à caça do próximo semblante,
buscando no outro o que me falta,
eco antigo, alma farta.
Procuro o que não sei nomear —
mas saberei, quando encontrar,
eterna metamorfose do pensar,
esperança cansada de esperar.
Mas a verdade — ah, a verdade —
não tem alma, nem saudade,
é fria, nua, imortal,
e eu — humana — sigo,
buscando o que é real.

Trago comigo parte do mundo, no meu DNA, muito mais do que a maioria das pessoas, trago energia, trago caos , trago incoerência, inconsistência, trago a paz, o amor, a sorte e a paixão
Trago o whisky, trago a sorte, trago a morte.
Trago o mistério e a resposta, a dúvida oculta, a pista e o norte
Trago a vida, trago o espelho, a coragem, a luxúria selvagem, trago o ventre e o fogo já dormente, "aburrido..."
E se te trago é uma dádiva, uma troca, um pouco de mim vai, um pouco de ti fica
Em um grito, um eco, um gemido




Trago comigo o mundo em pedaços,
cravado no sangue, bordado nos traços —
mais do que muitos, mais do que sei,
trago o que sou, e o que deixei.
Trago energia, trago o caos,
sou incoerência, sou vendaval.
Trago a paz que dorme em silêncio,
o amor febril, a sorte — o incêndio.
Trago o whisky queima-garganta,
trago a morte que nunca espanta.
Sou mistério e sou resposta,
sou a dúvida oculta, a pista, a rota.
Trago a vida em seu espelho,
a coragem, o desejo vermelho.
Luxúria em carne, ventre em brasas,
o fogo adormecido nas madrugadas.
“Aburrido...” — murmura o tempo,
mas sou um grito, um eco, um lamento.
E se te trago, é dádiva e troca:
um pouco de mim vai,
um pouco de ti, ainda me toca.
Trago tudo — e nada explico.
Sou o verbo antes do grito.

Gosto do perfume dos livros antigos,
páginas amareladas, ásperas,
como memórias que resistem ao tempo.


Gosto de rir do que é bobo,
do que não cabe na lógica,
mas transborda no riso.


Gosto de comprar inutilidades,
pequenos achados sem função,
mas que enfeitam o instante
e acendem, por um dia,
a alegria.

A música é o idioma universal da alma, falado antes mesmo das palavras existirem.

Não tenho ânsia de ter
nem tédio de possuir
eu tenho a ânsia de viver
e o medo de existir.

Deus errou, limitou a inteligencia e não limitou a burrice

definitivamente Deus, não era comunista, pois não fez os homens iguais

Tudo que é rigorosamente proibido é ligeiramente permitido.

O que os governos latino-americanos desejam é um capitalismo sem lucros, um socialismo sem disciplina e investimento sem investidores estrangeiros.

Brasil e Argentina parecem dois bêbados cambaleantes a cabecear nos postes. Só que, enquanto a Argentina parece estar a caminho da economia de mercado, o Brasil parece estar de volta ao bar.

A diferença entre a empresa privada e a empresa pública é que aquela é controlada pelo governo, e esta por ninguém.

Não adianta você ir para rua como um LEÃO, se você continuar votando como um JUMENTO !

A base da vergonha não é algum erro que cometemos, mas que essa humilhação seja vista por todos.

Vergonha na cara poderia ser vendida na farmácia, tem gente que precisa de altas doses.

Só tem vergonha aquele que não sabe o que faz.

Uma coisa é certa, nada passa em branco. Toda escolha ou omissão (omissão também é uma escolha), sem exceção, é uma semente, e toda semente terá o seu fruto correspondente.

A justiça sem a força é impotente, a força sem justiça é tirana.

Rex illiteratus est quasi asinus coronatus.
(Um rei iletrado é como um asno coroado.)

O livro é um espelho: se um asno o contempla, não se pode esperar que reflita um apóstolo.

Não amarres asno novo perto de mula velha,
porque, se ele não aprender a escoicear,
aprenderá a zurrar.