Coleção pessoal de Isispensadora
Na velha infância, tempos de encanto e medo, 
Onde o sol brilhava, mas havia um segredo. 
Histórias contadas com voz grave e segura, 
Revelavam um mundo de sombra e ternura.
Lá no bosque, o lobo mau espreita, 
Com seus olhos famintos, a ameaça é perfeita. 
Mentiras e contos de fadas nos guiavam, 
Com promessas de perigos que nos amedrontavam.
O medo nos moldava, a moral se construía, 
Com cada mentira, uma lição nos surgiria. 
A manipulação camuflada em fábulas antigas, 
Comelhava o pequeno a seguir regras e formas.
Na luz tênue da infância, o lobo era real, 
Um fantasma dos contos, um aviso afinal. 
Mas crescemos e vemos além da trama, 
O medo e as mentiras, agora, perdem a chama.
Lembramos da velha infância com um sorriso e um olhar, 
Entendendo que as sombras ajudaram a formar. 
E na liberdade da verdade, buscamos entender, 
Que o lobo e as mentiras eram só o começo de aprender.
Um Coração que Fala
"Não há mal que sempre dure," diz a voz serena, 
Mas o silêncio às vezes pesa, se torna pena. 
“Todo dia é uma nova chance,” recordamos, 
Enquanto o Setembro Amarelo nos lembra que escutamos.
"Deus não dá o peso que não podemos carregar," 
É o eco de uma esperança que começa a despertar. 
“Às vezes, a vida é como um livro aberto,” 
Mas há páginas que parecem tão desertas.
“Tem que passar, a tempestade não dura,” 
São palavras que buscamos na noite escura. 
“Se precisar, estou aqui,” é a promessa sincera, 
Que transforma a dor em luz, sempre amarela.
“Olhe para o lado, tem alguém ao seu redor,” 
É o lembrete de que somos mais do que um rumor. 
“Cada dia é um presente,” e assim aprendemos, 
Que o valor da vida é algo que devemos reconhecer.
“Um sorriso vale mais do que mil palavras,” 
E cada gesto de carinho é um passo nas nossas estradas. 
Por isso, neste Setembro Amarelo, falemos com ternura, 
Para que ninguém se sinta sozinho, em sua penumbra.
“Você é mais forte do que imagina,” é o grito do coração, 
Enquanto juntos, tornamos o mundo um pouco mais são. 
Porque “a vida é bela e vale a pena,” devemos sempre lembrar, 
E “nunca é tarde para recomeçar.”
No silêncio da noite, a sombra se arrasta, 
Um eco de risos, que a vida desgasta. 
Caminhos desfeitos, memórias em dor, 
Na dança da mente, o medo é o ator. 
As horas se arrastam, como folhas ao vento, 
Um peso no peito, um eterno lamento. 
Olhos que buscam a luz da esperança, 
Mas encontram apenas a amarga cobrança. 
Sussurros de vida se perdem no ar, 
Em um mar de tristeza, não há como nadar. 
Os sonhos se quebram, como vidro ao chão, 
E a alma, cansada, busca a salvação. 
Mas mesmo na sombra, há um frágil fulgor, 
Uma chama que arde, apesar da dor. 
A morte é um ciclo, um fio que se estica, 
E na amargura, a vida se critica. 
Assim sigo em frente, entre lágrimas e risos, 
Navegando os abismos, buscando os sorrisos. 
E se a dor é um fardo que carrego em mim, 
Que eu aprenda a dançar, mesmo assim.
 
 
