Coleção pessoal de GlaucioTBrandao

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Somos cobaias de nós mesmos .
Criadores, compradores de nossas desilusões e dissabores .
Costuramos nossas realidades em bordaduras de desejos e medos salteados de prantos e saudades daquilo que nunca nos tornaremos, no desejo de sermos unos, em dois ou mais outros seres.

O aquecimento global está para o mundo assim como o esfriamento da consciência humana está para a natureza!

O princípio de toda intolerância é sempre o egoísmo ..
O eu primeiro, o eu acima de tudo e o eu acima de todos....
O antídoto contra o câncer chamado intolerância é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro.

“Pelas lembranças de minha mãe e pelas mães que não tiveram tempo de conviver com seus filhos “desaparecidos” nas sombras de um tempo de medo”...
( Glaucio Teixeira Brandão)
Outubro de 2018

Há muito tempo de pouco tempo sem assistir à tantos gritos de intolerância, ódio e indiferenças banhando o oceano de nossas existências ...

Com a alma assustada pelas lembranças congeladas trazidas pela maré que se abate sobre nós ...

Ressurgiu em mim seus doces temerosos olhos azuis marejados de lágrimas incontidas, ao descrever as cenas daquele 31 de março de 64, quando você professora primária viera de Ourânia para tomar posse no Caio Martins .

Hoje eu entendo sem compreender mãe! Não
Era uma lembrança colorida ..O filme passa em preto e branco na velocidade das teclas que insistem velozmente em noticiar o caos e a espalhar o vírus da diferença entre iguais.

Que frio de alma! Me dá sua mão...Que bom que o apagador que outrora usaste lhe poupa hoje de ter consciência dessa irracionalidade insana.

Agora estou eu aqui em tempos de tristezas e incertezas embebidas em décadas de lágrimas, sombras e resistência.

Sinto o seu medo agora!
Mas em pouco tempo de segundos recorro à arma mais importante que herdei de você e de meu pai ....

Uma educação libertadora que me faz ter uma coragem inabalável para lutar por um país livre.. E não nos deixar calar a voz!!

O barulho do vento sibilante em meus ouvidos fazem desvendar os segredos da noite escura de nossas existências ..
Trazem sons e tons de mistérios indecifráveis a olhos nus .
Traz medo, traz frio e traz incertezas que perduram uma noite inteira.
Mas assim é o paradoxal coração da cancioneira apaixonada tentando acertar os tons..
Descompassos em largos passos, buscando o ritmo certo, capaz de fazer pulsar os corações e estabelecer a verdadeira beleza que nos traz de volta à vida.

Sim...
Você foi o raio que atingiu diretamente a infinitude do sentimento pagão libertário .
Foi a brisa quente soprando no inverno que insistia em congelar minha alma.
Aquilo que movimenta as massas tectônicas que causam os tsunamis .
Foi licor! Foi fel!
Ainda lembro do gosto, do cheiro, do amor...
Ainda dói em mim profundamente a Dor..

Em tempos em que o certo parece errado e que o errado se torna certo...
Prefiro o silêncio ensurdecedor da minha consciência .

A verdadeira beleza das coisas está na simplicidade das coisas que as coisas têm.

Ainda que eu fale a língua dos homens, alguns homens teimam em não quererem entender o que digo.
Já sei! Faltam anjos para interpretarem.

O que será da humanidade o dia em que ela perceber que a Natureza e tudo que nela habita são partes indizíveis de Deus?
Que a natureza e o divino são ecossistemas indissociáveis .
Será um dia de muitos arrependimentos!

Amor sem dor não é amor.
Amor sem sofrimento não vale um só momento.
O amor não passa como o vento.
Se não houvesse dor, sofrimento, tormento..
O amor não seria natural seria banal como um invento.