Coleção pessoal de glaucia_oliveira

1 - 20 do total de 46 pensamentos na coleção de glaucia_oliveira

Vivemos em mundo distorcido.


Vivemos em um país onde a lógica se perdeu e os valores se inverteram com uma naturalidade assustadora. Hoje, não é raro ver criminosos se transformando em celebridades, ganhando palco, seguidores e espaço que deveriam pertencer a quem realmente constrói algo com talento e esforço. O absurdo virou rotina: basta uma história polêmica, uma vida marcada pelo crime ou um sobrenome envolvido em escândalos para alguém virar artista da noite para o dia.


Enquanto isso, quem tem talento de verdade continua à margem. Gente que luta, que cria, que sonha, que trabalha sem holofotes — e que não tem pai famoso, influente ou envolvido com o mundo do crime — permanece invisível. É cruel assistir pessoas honestas batalhando em silêncio enquanto o país transforma notoriedade duvidosa em pedestal. O mérito perde para o espetáculo, e o barulho vale mais que a dedicação.
Essa inversão de valores corrói não só a cultura, mas também a esperança de toda uma geração que ainda acredita no caminho certo. É como se a mensagem fosse clara: não importa seu talento, sua disciplina ou sua história; importa o escândalo que você cria ou com quem você se relaciona.
E assim seguimos, aplaudindo o que deveria ser questionado e ignorando o que deveria ser celebrado. Até que o país decida valorizar o que é real, continuaremos vivendo nesse cenário distorcido, onde o crime vira entretenimento e o talento verdadeiro

Vivemos em um mundo onde a empatia parece ter se tornado um sentimento raro. As pessoas estão cada vez mais voltadas para o próprio interesse, esquecendo-se de olhar ao redor e perceber a dor do outro. O valor humano tem sido substituído pelo valor do dinheiro, e muitos se deixam corromper por ele, acreditando que o poder e o status são mais importantes do que a honestidade e o amor ao próximo.
A sociedade caminha em um ritmo acelerado, movida pela competição e pela busca incessante por riqueza, enquanto o respeito e a solidariedade ficam em segundo plano. A frieza nas relações mostra o quanto estamos nos distanciando do essencial: ser humanos de verdade.
É urgente resgatar a empatia e os valores morais que nos tornam dignos. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa, onde o dinheiro não seja o dono das atitudes e onde o coração volte a ter voz.

Um País Ferido pela Corrupção


Vivemos em um governo onde a corrupção se tornou rotina e o povo, refém da própria esperança. A cada dia, vemos o dinheiro público sendo arrancado das mãos de quem mais precisa e colocado nos bolsos de quem promete mudanças que nunca chegam. Enquanto isso, a população sofre, adoece e se desespera em meio a um sistema que parece se alimentar da dor de seu próprio povo.
O mais triste é perceber que a injustiça virou normalidade. Trabalhamos, pagamos impostos, confiamos — e, no fim, somos traídos. A saúde falha, a educação é esquecida, a segurança é um luxo. O governo que deveria proteger, explora; o Estado que deveria servir, consome. O resultado é um país cansado, onde muitos acabam se perdendo entre o desespero e a revolta.
Não é apenas o dinheiro que nos tiram, é a dignidade. A corrupção não mata apenas com balas, mas com a fome, com a falta de atendimento, com o abandono. E o pior é que, enquanto o povo se destrói entre si, quem comanda continua sorrindo, como se o caos fosse parte do plano.
É hora de acordar. Um país só muda quando seu povo deixa de aceitar o sofrimento como destino e transforma a indignação em força. Porque o verdadeiro poder sempre esteve nas mãos do povo , só falta o povo lembrar disso.

Eu nunca mais vou ser a mesma pessoa.
Depois de tudo que vivi, algo dentro de mim mudou de forma definitiva. As decepções abriram meus olhos, as dores me endureceram e o tempo me ensinou o valor do silêncio. Eu aprendi que nem todo sorriso é sincero, que nem toda palavra vem do coração e que confiança é algo que, uma vez quebrado, jamais volta a ser inteiro.
Hoje, eu caminho diferente. Mais fria, mais cautelosa, mais atenta. Já não me entrego fácil, não acredito rápido, e muito menos espero demais das pessoas. Eu aprendi que às vezes é preciso se perder para se encontrar — e foi nesse processo que eu descobri uma nova versão de mim: mais forte, mais consciente e menos ingênua.
Eu nunca mais vou ser a mesma. E, sinceramente, isso é o melhor que poderia ter acontecido.

Cansei de acreditar nas pessoas. Cansei de abrir meu coração, de confiar, de acreditar que quem está ao meu lado queria o meu bem. Cada gesto de falsidade, cada mentira descoberta, cada promessa quebrada só me ensinou uma coisa: confiar é um luxo que poucos merecem.
Hoje vejo a verdade nua e crua: nem todo sorriso é sincero, nem toda palavra é de verdade, nem todo abraço é carinho. Muitos estão ao nosso lado apenas pelo que podem ganhar, e a decepção se torna rotina. Cansei de dar chances a quem não merece, de esperar por gestos que nunca virão, de acreditar em palavras que se perdem no vento.
Aprendi que a proteção mais forte está em mim mesmo. Cansei de acreditar nas pessoas, mas não cansei de acreditar em mim. É hora de seguir sozinho, atento, frio e consciente de que o único apoio que nunca vai me abandonar sou eu mesmo.


Glaucia Araújo

Eu não sei se algum dia eu amei alguém de verdade. Talvez tenha sido só ilusão, desejo, ou a necessidade de acreditar que existia algo mais profundo. Lembro de sentimentos que deveriam queimar, mas que só passaram como faíscas apagadas pelo vento. Procuro na memória alguma lembrança intensa, algum olhar que tenha parado o tempo, mas tudo parece vazio, distante, como se eu tivesse participado de uma peça em que não entendia o roteiro. E, no fundo, talvez eu nunca tenha amado alguém… ou talvez eu tenha amado tanto que nem percebi.


Glaucia Araújo

Amo o que você já foi, mas odeio o que me fez suportar. Cada lembrança tua é uma lâmina que corta, cada sorriso que deixou de existir é veneno na minha alma. Quero te arrancar da minha vida, mas ainda sinto sua presença em cada pensamento, como uma prisão que eu mesma construí. Você me deu amor e me traiu com ódio, e agora fico presa nesse emaranhado de sentimentos que me consome. Odeio te querer, mas ainda te desejo — porque o que arde dentro de mim não é amor, não é ódio, é sobrevivência.
Glaucia Araújo

Amor e ódio caminham lado a lado, como dois extremos de uma mesma emoção que não pede licença. Um dia, o coração se aquece com lembranças doces, sorrisos que parecem eternos e promessas silenciosas que só ele entende. No outro, a mesma memória corta como lâmina, deixando raiva e decepção queimando na pele.
É estranho como alguém pode ser capaz de provocar tanto afeto e tanta dor ao mesmo tempo. O amor nos dá asas, mas o ódio nos ancora; o amor nos ilumina, mas o ódio nos cega. E, no meio disso, aprendemos que a linha que separa os dois sentimentos é tênue, quase imperceptível. Talvez por isso, aqueles que amamos profundamente também sejam capazes de nos ferir com a mesma intensidade.
No fim, amor e ódio são faces da mesma moeda: paixão que não se mede, que nos transforma, que nos lembra que viver é sentir, mesmo que doa.
Glaucia Araújo

Nunca senti nada assim. É como se algo dentro de mim tivesse explodido e queimado ao mesmo tempo, deixando um vazio que arde e uma luz que cega. Cada pensamento se arrasta, cada lembrança se dilacera, e ainda assim, algo novo pulsa ferozmente dentro do peito. É insano, é devastador, é incontrolável. Sinto como se estivesse despida de mim mesma, e ao mesmo tempo, mais viva do que jamais estive. Nunca senti nada assim… e talvez esse sentimento seja tão raro que o mundo inteiro não tenha nome para ele.
Glaucia Araújo

Se ele soubesse o que meu olhar diz, talvez parasse de subestimar o silêncio que carrego. Meu olhar não mente; ele revela o que palavras tentam esconder. Ele fala de noites em claro, de decepções, de força contida e de uma calma que parece frágil, mas é fogo por dentro. Meu olhar não suplica, não implora, não se curva: ele observa, pesa, entende e julga. Se ele soubesse o que meu olhar diz, talvez finalmente percebesse que há mais em mim do que ele jamais tentou enxergar.
Glaucia Araújo

Falar de Deus é fácil, difícil é refletir se as próprias atitudes realmente O honram. Muitos usam o nome d’Ele como fachada, mas revelam o oposto em suas ações. No fim, não é o discurso que mostra quem somos diante de Deus, mas a forma como tratamos o próximo.
Glaucia Araújo

Quem vive pregando Deus da boca pra fora, mas age com maldade, é só hipócrita mascarado. Deus não se engana: Ele não está em falsidade, em crueldade nem em língua venenosa. Usar o nome Dele e ser podre por dentro é cuspir no sagrado.
Glaucia Araújo

Tem pessoas que vivem com a boca cheia de “Deus”, mas com o coração cheio de veneno. São rápidas para apontar, julgar e condenar, mas lentas para praticar o amor, o perdão e a bondade. Usam o nome dele como disfarce para encobrir a própria podridão. Só esquecem de uma verdade: Deus não se engana, Ele enxerga além das palavras e conhece a essência de cada um. No fim, não é quem grita “Senhor, Senhor” que O representa, mas quem consegue viver com dignidade, respeito e verdade.

Eu sempre estive só. Mesmo cercada de gente, aprendi cedo que presença não é sinônimo de companhia. Enfrentei silêncios que ninguém ouviu, chorei dores que ninguém percebeu e me levantei das quedas sem mão estendida. A solidão me ensinou a ser minha própria força, meu próprio abrigo e minha própria verdade. Hoje sei: o que sempre me sustentou fui eu mesma.
Glaucia Araújo

Eu sempre estive só, e foi aí que aprendi a ser inquebrável. Nunca precisei de plateia, muito menos de migalhas de atenção. Enquanto muitos se escondiam atrás de máscaras, eu engoli minhas dores e transformei em força. Ninguém me salvou, ninguém me levantou — fui eu que me ergui do nada. E é exatamente por ter enfrentado tudo sozinha que hoje não aceito dependência, nem submissão. Quem não esteve comigo no meu inferno não tem direito de querer assento no meu trono.
Glaucia Araújo

Existem pessoas que caminham pelo mundo como se fossem de pedra: não sentem dor, não sentem alegria, não sentem empatia. Para elas, lágrimas alheias são apenas água escorrendo, e sorrisos, nada além de gestos inúteis. O coração delas parece um vazio impenetrável, um espaço onde emoções nunca conseguiram morar.
Conversar com essas pessoas é falar com o vento: palavras passam, mas não deixam marca. Elas julgam, manipulam, decidem e ferem, sempre calculando o que lhes convém, sem qualquer peso na consciência. A ausência de sentimentos lhes dá força, mas também revela fragilidade: porque ninguém que não sente realmente vive, apenas existe.
E é aí que o mundo percebe: ter sentimentos não é fraqueza. A fraqueza está em não sentir nada, em reduzir a vida a números, vantagens e aparências, enquanto o restante de nós continua a sentir, a amar, a sofrer… e a ser humano.
Glaucia Araújo

Ninguém sabe o que eu passei, e não vão saber. Cada lágrima que derramei, cada batalha que enfrentei sozinho, vocês fingem que não existe. Julgaram sem saber, falaram sem entender, e agora só sobra o meu silêncio… frio, afiado e impenetráve.


Glaucia Araújo

Ninguém sabe o que eu passei. Julgaram sem ver, falaram sem sentir, agora só sobra o meu silêncio… venenoso.


Glaucia Araújo

Falaram, apontaram, julgaram… ninguém sabe a tempestade que eu enfrentei.




Glaucia Araújo

Solidão




falta de conexão verdadeira, o vazio que nem sempre se preenche com barulho, companhia ou distrações. Ela chega como um frio invisível, envolvendo o coração e lembrando que nem sempre ser acompanhado é o mesmo que ser compreendido.
Muitas vezes, a solidão se torna um espelho: obriga a encarar quem somos, sem máscaras e sem vozes externas para distrair. Pode ser cruel, quando fere e isola, mas também pode ser um refúgio, quando ensina a se encontrar em meio ao vazio. É nesse espaço silencioso que descobrimos nossas próprias forças, dores e verdades.
Solidão não é só estar só — é estar perdido em meio a si mesmo, é caminhar por ruas cheias e ainda assim sentir um vazio interno. Mas, paradoxalmente, é também nesse deserto que muitas vezes floresce a coragem de recomeçar.