Coleção pessoal de freiyapavloski

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⁠queria ser o tal do "opaco "
não parecer este caco
até posso ser um cacto
machuco todos que vem ao meu aperto
aquele se aproxima ao meu leito
só sente decepção no peito
até parece que levam paixão
para o frágil coração
apenasi minha maldade e perversão
talvez eu me tornei de fato essa versão
retribuindo toda essa rejeição
talvez caiba um pouco de aceitação

⁠num quarto quadrado
repleto de quadros
marcado por homens amordaçados
todos travestidos de veados
retratados por abstrato
de Marcos, ou Marcola, a Leonardo da Vinci
afinal, somos todos macacos
mencionados por seres vivos
vestidos com tecidos de substrato rodados
vedados, porém violados
por algo que se passa por sacro
nichados aos mercantilizados
levados para serem capitalizados
armários de preços inchados
estes atos que são normalizados
visto como saudável e viável
os imensos veem como irreversível
os funcionários são infantilizados
os grandes olham e dizem "usável"
inegável que a forma como hoje é chefiado
é simplesmente condenável

⁠O teu olhar, mas que belo olhar!
fez minha alma quebrar-se
e meu coração refratar-se
e meu peito subodinar-se
ah, eu preciso tanto amar-te!

⁠que de mim suspeite, duvide
pense que forneço alpiste
imagine o que quiser
até que desejo te ludibriar e despistar
te iludir, fazer de boba
para te tratar como tola
mas que nunca deixe de cogitar
no meu ardente prezar

Morrendo, morrendo, morrendo de amor por você ⁠
tu não vê? Não observa atenta ao meu olhar?
o atencioso e belo fitar
que nele expõe meu amar
devo parar? devo evitar?
antes a planta morra de tanto molhar
do que, ao negligenciar
se veja secar

"como acima, assim abaixo
como abaixo, então acima"
parafraseando a tábua de esmeralda
a tão vangloriar, hei de ser eternizada
como tu será, você de certo viu
como ao meu peito teu amor se infundiu
então o abriu, e lá permaneceu
em sua estadia floresceu
por isso falo eu:
o cometa vem raiar
transbordar todo meu adorar

todo dia é dia de minha amada
e no raiar da alvorada
da tão bela alvorada, a mistificada
trazida aos ventos minha alma a incorporou
e apercebeu se baleada
quão dolorida está, até arde
mas isso não me abate
mas não me esqueço
meu amor, eu te digo
eu te amo, amo tanto
quanto a fé ama o pecador
em meu saltita uma dor
uma dor que se reconhece como amor
como diria Jorge Ben Jor:
"morrendo, morrendo, morrendo, de amor por você"

⁠tanto quanto sacrossanto
enquanto se apresenta no espanto
entanto eu visto o manto
que reside em nosso recanto
canto este que nega todo meu pranto
esbanjo em meus banhos e seus acordes
amor do tipo "acorde"
desperte em si o asteroide de paixão
que vicie seu coração
como minha mente em um opioide

sinto meu coração saltitar
toda vez que recebo teu olhar
sinto em mim um apertar
ao final só desejo perambular
afim de relembrar teu amor
nas vielas sujas das ruas

o fizeram
profanaram meu decrépito cadáver
não basta os vermes terem o permeado
agora hei de ser profanado
me vi jogado as ruas
marcado por solas de sapato
espalhado o mal
não há o que ser racionalizado Pensado foi simples
matar-nos antes que ele nós mate

⁠esquece nosso amor, vê se esquece
pois toda dor que tu me causou não se esquece
esquece nosso amor, vê se esquece
esquece nosso amor, vê se esquece
pois toda mentira que tu me contou não se esquece
tu viu cada canto de meu ardor
esse teu olho não tem mais inspiração
teu olhar só me inspira aflicão

eu preferia não nos reviver
é tão doloroso ter que nos rever
sao tantas péssimas memórias
as mas dolorosas histórias
eu não queria nos rever
eu te dava meu peito, esperançoso
mas me enganei, você mentiu
trouxe um cenário conflituoso
porque eu te adorei
e parecia que você me prezava tanto
tinha tanto que você me mostrava
cada olhar cheio de encanto
são tão gozosas memórias
cada toque era tão proveitoso
cada toque de lábio era tão prazeroso
eu gostaria tanto te ter
eu gostaria tanto de nos rever
eu gostaria tanto de te ver
mas eu nunca vou poder
eu faria de tudo para nos reviver
isso me enche tanto, quero morrer
só queria parar de te querer
voltar ao momento que não esperava te perder
eu queria tanto
ah, esse é meu mais árduo pranto!
mas eu nunca vou poder
mas eu nunca vou...