Coleção pessoal de fluxia_ignis

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⁠Eu sou o tempo que me habita

Um dia, tive pressa. Quis crescer antes da hora, conquistar sem saber o quê, correr sem direção. Sacrifiquei minha saúde em troca de prazer, e depois gastei o que não tinha na tentativa de recuperar o que nunca deveria ter sido perdido. Vivi ansiando o futuro, ignorando o presente. Vivi sem viver a vida, sendo ida antes do tempo, num caminhar que, muitas vezes, parecia sem destino.

Mas a vida, com suas ironias, me ensinou. E eu aprendi. Não como quem apenas sabe, mas como quem se transforma por realmente ter compreendido.

Hoje, eu sou. Sou calma, sou natureza, sou essência. Não me prendo ao tempo, nem à matéria. Não gasto energia onde não floresce. Falo pouco, observo muito. Já não há pressa, há presença. Já não há busca, há encontro.

Essa verdade não se esquece. Não se abandona aquilo que nos desperta para a vida. Esquecer seria renascer no vazio, e isso, simplesmente, não acontece. Porque agora eu vivo o que sou, por inteiro.

E isso é liberdade.

⁠Oração de Abrigo e Confiança

Altíssimo Deus, neste dia eu me refugio em Ti. Sei que Tua presença é mais firme que qualquer muralha feita por mãos humanas. Guarda minha mente da ansiedade, meu coração da tristeza, meus passos da queda. Cobre-me com Tuas asas, como quem envolve com cuidado, como quem protege sem prender. Que Teu amor seja minha armadura, Teu cuidado, meu alívio, e Tua voz, o norte do meu caminho. Mesmo quando o mundo parecer ruir, que eu permaneça em paz, sabendo que nunca estou só. Envia Teus anjos para me guiar, para me lembrar que o invisível também é real quando vem de Ti. Eu confio, eu clamo, e Tu me escutas com ternura. Me acolhes sem julgamentos, me ergues com misericórdia. Hoje e sempre, quero viver debaixo da Tua sombra, onde há descanso, proteção e amor verdadeiro. Que assim seja!

⁠Mulher Anciã

Não me escondo nas curvas da idade, sou feita de luz, de força, de verdade. Cada fio prateado é um traço sagrado, pintado à mão por tudo que tenho amado.

Rugas são trilhas que o tempo deixou, nas madrugadas em que não se chorou. São mapas de riso, de lutas, de fé, memória bordada no toque da pele.

Minhas mãos carregam passado e futuro, tocaram a vida, enfrentaram o escuro. E mesmo quando a dor me visitou, foi esperança que nelas ficou.

Carrego no olhar a sabedoria, que não se compra, se conquista com os dias. Sou feita de terra, de vento, de lua, de histórias contadas à beira da rua.

Sou flor que brotou no jardim da demora, e cada pétala é história que aflora. Não sou rascunho, sou obra final, mulher ancestral, essência vital.

⁠Às vezes, o incômodo que sentimos nos outros é apenas um convite para mergulharmos em nossa própria história. Só quando tiramos as máscaras é que a alma se permite ser vista, nua de julgamentos, vestida de autenticidade, vulnerabilidade e autoaceitação.

⁠A Alma que Ousa: Caminhos Fora da Multidão

Se você realmente deseja compreender o quanto é resistente à mudança, analise a sua disposição em se desafiar a fazer aquilo que acredita ser necessário. Todos nós sabemos que precisamos mudar. A vida não se resume ao que nos é apresentado, ao que o sistema impõe ou às rotinas que seguimos automaticamente. Para alcançar resultados diferentes, é necessário agir de maneira diferente, não seguir o que todos fazem, mas ousar ir além.

Fala-se muito sobre outros planos, milagres, experiências intangíveis. Porém, na prática, isso raramente se manifesta. Por quê? Porque precisamos buscar além do que nossos olhos enxergam, além do que nos foi contado. Nossa alma carrega consigo um acordo espiritual, e os desafios são portas de acesso ao novo, ao desconhecido.

Sim, a ideia de transformação parece difícil. Mas quando damos o primeiro passo, geramos uma energia que abre o portal da alma. É então que a ajuda surge, suavizando o caminho e revelando pistas que só conseguimos perceber em silêncio, na quietude interior.

Você já parou para refletir sobre o que veio fazer na Terra? Mesmo que existam padrões, cada vida traz consigo uma particularidade única. Escutar a voz do silêncio, observando além da tela do celular, é essencial para perceber aquilo que o mundo nunca irá revelar. É na solitude que permitimos ao espírito nos direcionar através da intuição.

Se não sairmos do ruído do coletivo, nossa jornada será uma repetição de idas e vindas através da reencarnação, até compreendermos a lição. Não estamos aqui para nos distrair, mas sim para evoluir. Emancipar a alma e retornar ao nosso verdadeiro lar espiritual exige coragem, e esse caminho raramente é o mesmo que a multidão escolhe.

⁠Sou um espírito em missão na Terra

Dizer isso não é apenas uma frase. É uma declaração de consciência. É o reconhecimento profundo de que estamos aqui não por acaso, mas como viajantes cósmicos em busca de algo que ultrapassa o tangível. Essa missão é silenciosa, mas pulsante. Ela se revela nos detalhes do cotidiano, nas inquietações da alma e naquela saudade inexplicável de um lugar que não se encontra em mapas: o lar espiritual.

A jornada começa com perguntas que ecoam desde sempre.

Quem sou eu? Não a profissão, o nome ou o papel social, mas a essência que observa tudo isso. Sou consciência, sou luz, sou memória ancestral de um universo que pulsa dentro de mim.

De onde vim? De dimensões onde a vibração é mais sutil, onde o tempo não aprisiona. Vim de um lar, de uma família cósmica, da Fonte, do silêncio profundo onde todas as almas são irmãs.

Como voltar? Não se trata apenas de um retorno físico, mas de reencontrar a frequência que nos reconecta ao divino. É voltar pela lembrança, pelo amor, pela verdade de ser quem realmente somos. A cada ato de empatia, a cada mergulho interior, damos um passo em direção ao lar.

E então surgem os sinais. Momentos em que o tempo parece desacelerar, encontros que mudam tudo, intuições que orientam sem explicar. São como trilhas brilhando sob os pés, como sussurros da alma dizendo: “Sim, esse é o caminho.”

E seguimos. Sabendo que a missão não exige perfeição, mas esforço, comprometimento e presença. Que o lar não é um ponto final, mas um estado de ser. E que, enquanto caminhamos, o universo nos observa com amor, pois somos, afinal, parte dele.

⁠Entre o céu e o inferno: o poder da escolha

O caminho que escolhemos nem sempre é fácil. O chamado que impulsiona nossa evolução é difícil, pois nos tira da zona de conforto. Mas viver uma eternidade na Terra, encenando um teatro que apenas troca os personagens, também é difícil. Por isso, precisamos escolher nosso “difícil” com sabedoria, do contrário, será difícil por toda a eternidade. É a entrega que nos transforma, não o conforto. A dor não nos desqualifica; ela nos prepara.

Há, porém, uma verdade que acompanha essa jornada: ninguém é responsável por como reagimos ao que enfrentamos. O inferno que arde em nós, ou o céu que nos sustenta, nasce da forma como decidimos viver. A escolha está sempre em nossas mãos, mesmo quando tudo parece fora de controle.

Ser chamado e assumir responsabilidade por si são duas forças que habitam o mesmo coração. Uma clama por propósito; a outra exige coragem. E é entre elas que a verdadeira cura acontece.

⁠Silêncio que Cura

Depois que se atravessa a noite sem estrelas, sem mãos, sem vozes, sem abrigo, descobre-se que a luz que salva mora no peito, e não em promessas.

Você aprende a costurar os próprios cacos sem plateia, sem aplausos. E nesse silêncio cheio de dor, o ego se desfaz, e nasce a essência.

Então, quem fica… fica porque caminha ao lado, não porque carrega. Porque depois da queda vivida em solidão, a companhia vira escolha, nunca mais muleta.

O Olhar da Fé

No silêncio onde o mundo duvida, ela semeia sonhos com mãos nuas, regando esperança na terra fria, de olhos voltados às luas.

Não vê caminhos, apenas sente que algo além já a espera, como se o invisível, paciente, trouxesse luz à primavera.

Seus passos, firmes na névoa espessa, trilham pontes de confiança e calor, porque a fé não precisa da promessa: ela já vive dentro do amor.

E então, um dia, o que era crença se veste em forma, cor e som; o invisível torna-se presença, e o impossível diz: "sim, sou dom."

Em qualquer situação que a vida se apresentar, coloque-se no lugar do outro e faça por ele exatamente o que gostaria que fizessem por você. Assim, jamais errará, afinal, sempre queremos o melhor para nós mesmos.

⁠Você pode mudar de cidade, de rotina, … mas se a mente permanece prisioneira dos seus próprios padrões, tudo será só um novo cenário para os mesmos conflitos. A verdadeira liberdade começa dentro.

⁠A intuição não grita, ela sussurra. E quando confiamos no sussurro, algo dentro se ajeita, é o universo em sua reciprocidade nos dando um sutil ‘sim’.

⁠Eu escolho viver sem programação, sem moldes, sem concessões. Minha verdade não se encaixa nas expectativas dos outros. Não estou aqui para ser compreendida ,estou aqui para ser, vivendo a minha própria vida. Cada passo que dou é meu: inteiro, imperfeito, verdadeiro. Não me explico. Não me encaixo. Eu simplesmente sou.

⁠A Jornada de Retorno à Essência

Vivemos em um mundo onde a distração e o comodismo nos anestesiam. Muitos seguem rotinas espirituais sem questionar, acreditando que basta comprar indulgências ou repetir fórmulas religiosas para garantir um lugar em um paraíso idealizado. Um paraíso que, talvez, nunca tenha existido da forma como nos contaram.

Durante séculos, a Igreja Católica institucionalizou a culpa como ferramenta de controle. A venda de indulgências, especialmente na Idade Média, transformou o arrependimento em moeda de troca. Em vez de promover o entendimento e a transformação interior, oferecia salvo-condutos para o céu, como se a salvação pudesse ser adquirida em balcões sagrados.

Mas a verdade não se compra. Ela se descobre. E esse despertar exige coragem para investigar além das histórias que nos foram ensinadas. A Bíblia, por exemplo, não é apenas um livro de regras, mas um mapa simbólico cheio de pistas. Jesus nos convida: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Jeremias reforça: “Invoca-me, e te responderei; e te revelarei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jeremias 33:3).

Pensadores como Santo Agostinho viam a culpa como herança do pecado original e a redenção como retorno à pureza espiritual. Nietzsche, por outro lado, denunciava a culpa como invenção social, uma prisão que nos afasta da vida autêntica. Ricoeur, Jaspers e Espinosa apontavam caminhos de reconciliação, razão e unidade com a natureza divina.

Todos, em suas linguagens distintas, falavam da mesma essência: o retorno à nossa origem racional e pura. A parábola do filho pródigo é uma metáfora sobre arrependimento e rendição, não diante de uma instituição, mas diante da própria consciência.

A libertação está no entendimento. Está em abrir os olhos, em se questionar, em investigar com sinceridade. Enquanto não compreendermos de onde viemos, por que estamos aqui e para onde realmente vamos, continuaremos renascendo como sementes que buscam florescer em plena consciência.

⁠O Cristo que Vive em Nós

A volta de Jesus não se anuncia com trovões no céu, mas floresce em silêncio no jardim do coração.

Não é espera passiva por clarões celestiais, mas a escolha diária de viver com compaixão, de perdoar onde há dor, de amar onde reina o ego.

Jesus renasce no gesto que acolhe, no olhar que entende, na palavra que acalma. Ele vive em cada pergunta sincera: "O que Jesus faria?", e se revela na resposta feita ação, com coragem, humildade e fé.

Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (João 14:6)

Não há data marcada em calendários santos, porque o Reino não está lá fora, mas pulsa dentro de nós, como disse o Mestre em Lucas 17:21.

Ele voltou no servidor da esperança, no semeador de paz, na alma que luta pelo bem comum.

Jesus não precisa repetir sua lição. Jesus veio e deixou seu caminho de luz. Seguir Seus exemplos é viver o milagre da ressurreição dentro de nós. Ele é a luz que guia cada passo justo. E é no agora, no pequeno, no humano, que o divino se deixa ver.

⁠Confiança no Invisível

Não compreendo. E, mesmo assim… aceito. A vida não exige explicações. Ela sugere transformações. Tudo vem e vai, como as estações. Como quem ama sem querer prender. Desapego não é frieza. É confiança no fluxo. O fim não é falha. É recomeço.

Não há âncora. Não há margem. Só o rio. E eu, rendida, deixando a sabedoria me guiar, digo “sim” ao que é, mesmo sem entender o porquê.

A impermanência é a mão invisível que desfaz a forma para revelar o espaço. E, nessa dança silenciosa, encontro liberdade. Me rendo ao nada. Tudo chega. Tudo parte. Nada me prende. Nada me falta. Sou o espaço onde tudo passa.

Sou o silêncio do zen, a clareza do budismo, a leveza do Tao e o amor compassivo de Jesus, que me ensina a confiar até no invisível e a me entregar, inteira, ao que não sei, mas sinto.

⁠Entre Leão e Virgem floresce a soberania do espírito, onde o fogo desperta e a terra sustenta.

Em nome do fogo que anima o meu nome e da terra que, em Virgem, me firmou, eu retorno ao templo da minha origem. Não mais como quem se perdeu, mas como quem se lembrou.

Leão ruge em meu horizonte, e sua chama abre os portais da alma. Desfaço os véus da ilusão e da matéria, e me ergo em presença soberana.

Chamo meus ancestrais com o sopro do vento, banho-me na memória das águas primordiais e acendo a tocha da consciência que me liberta.

Que a armadura da carne não prenda minha luz, mas a sustente como veículo de sabedoria. Eu sou filha do eterno. Retorno, renasço e permaneço.


Que assim seja!

⁠Sou centelha do Infinito, Sopro da Luz que não se apaga. Na quietude, Te escuto. Na alegria, Te reconheço. Na meditação, Te abraço E assim me tornei inteira.

Silêncio que abraça

Às vezes, o mundo grita tanto que esquecemos de escutar o que não faz barulho. Mas, bem ali, atrás dos pensamentos apressados, mora uma calma que não precisa de palco. É quando paramos de correr atrás da ideia de ser… E apenas somos. Inteiros. Presentes. Leves.

Fechamos os olhos por fora ,e despertamos por dentro. Porque paz não é ausência de som, é presença de essência. E a mágica não está no que falta… Está em perceber que agora já é.

⁠Soltar para ser: o voo da alma começa no desapego

Tal como o desmame da criança, que aos poucos se afasta do colo e do leite, também a alma precisa aprender a abrir mão, de hábitos, de laços, de antigas rotinas que já não nutrem. No início, há silêncio e saudade. Dói. Aperta. A ausência pesa, como quem esqueceu o caminho de volta.

Mas então… o vazio floresce em espaço, e o espaço, em possibilidade. É ali que o novo murmura e cresce.

Aprendemos a seguir, mesmo sem mãos dadas. A rir sozinhos. A nos fazer companhia. E quanto mais distantes daquilo ou de quem parecia essencial, mais descobrimos a força da leveza.

Há quem seja como leite materno: essencial por um tempo, mas estorvo quando insiste além do ciclo. O amor de verdade também sabe partir, não por falta de afeto, mas por sabedoria. Por entender que, às vezes, ficar é impedir o outro de voar.

Desapegar não é descartar. É reverenciar o abrigo sem confundi-lo com destino. É agradecer… e abrir a porta.