Coleção pessoal de elvisdaniloescritor

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Estou sentindo sua falta agora, neste instante curto de uma longevidade incrível. Sinto muito não te ter por esses dias e sei que nem sempre a vida liberta nossa alma para chorar no canto. Não quero ser mais um que mando mensagens para impressionar sua garota, se te envio agora é por que sofro, sofro tanto que nem sei quem sou, pois para ser eu precisa-se de nós dois aqui, na cama, do lado, me descobrindo do lençol que nos cobre durante a madrugada que antes era feliz por nos ter e agora amargurada passa as horas sem aquele casal que fazia amor embriagado e depois desfaleciam um nos braços do outro. Minhas palavras não atravessariam o mar se o que digo não fosse verdade. Sito sua falta, pois minhas palavras pedem perdão pelos maus entendimentos, pelo rancor de desamor e a infelicidade de não estar perto. Não adianta negar-me a ponto de dizer que não, por que te quero muito, muito, mulher que amo. Se leu cada palavra, peço em forma de canção que conte cada letra, pois elas representam as lágrimas que derramo agora, neste instante curto de uma longevidade eterna.
Amanhã irei te amar mais...
Quero reviver teu beijo e teu abraço, tua mão escorregando por estar molhada, seu sorriso por uma bobagem qualquer, sua roupa e seu cabelo que nunca a agrada, mas a mim sim. Quero te ver, quero criar em mim amor puramente teu, ainda mais, pra sempre mais, pois nós dois somos a vida e a vida é ter memória.

A vida é ter memória.

O circo fechou mais cedo.

Era um palhaço lindo e engraçado por si só, não precisa nem falar para a graça se notar.
Um palhaço vivo em sua maquiagem que arrancava do público alegria com libertinagem.
Hoje a lona está dobrada e a cortina arrancada, o palhaço que antes gargalhava agora nem se quer brinca de graça.
O que aconteceu, palhaço lindo e engraçado, diga-me o que aconteceu ?
O palhaço de um circo que agora não é seu!
Meu Deus, o que aconteceu a eu... ?
Erroneamente se queixando dos planos de quem o riso lhe deu.
A menina levantou-se e aplaudiu quando viu o embriagado palhaço que um dia naquele circo de teto azul e branco existiu.
Ela sorriu, ele também sorriu.
Andou pela calçada e tombou já pela madrugada, olhou ao seu relógio, mas em seu braço não encontrara nada.
Nós dedos sim, lá estava o anel que ele tanto fez rir para tê-lo ali, a noiva acrobata que também tem um anel assim fugiu amargurada por aquele pobre palhaço esquecer da graça.
Hoje ele ri de si, pois da vida o palhaço lindo já não tem motivos pra sorrir.

Aos outros somos verão.
A nós somos um ano sem estação.
Aos outros somos a flor.
A nós somos aquela rosa que se despetalou.
Aos outros somos o sol ao amanhecer.
A nós somos uma vela a padecer.
Aos outros somos a imensidão do mar.
A nós somos o barco a naufragar.
Aos outros somos o riso enlouquecido.
A nós somos um palhaço esquecido.
Aos outros somos um beijo.
A nós somos apenas desejo.
Aos outros somos o céu e a lua.
A nós somos um mendigo no frio da triste rua.
Aos outros somos um bom livro vivido.
A nós somos apenas um bilhete perdido.
Aos outros somos tesouro valioso.
A nós somos uma pedra sem valor virtuoso.
Aos outros somos a porta aberta do amor.
A nós somos a trinca que prendeu-se em desamor.
Aos outros somos nós.
A nós somos a sós.

No fim existe um pedaço do início, pois a injustiça seria plena por não recordar do princípio do próprio fim.

O olhar em si acredita nas palavras, pois enxerga a boca, não vê a mente e coração de quem lhe fala.

O vento lá fora traz o cheiro vindo do teu corpo...
é uma pena te sentir tão longe assim.

Sou a plena escuridão que assombra o amor vivido em eras de clareza.

Sou a aurora de outrora que serve-se da luz da tua alma para amarrar o céu de cores vivas e me espalhar em busca do teu corpo abraçar ao se despertar.
Te aqueço, pois nada seria justo para mim que sou uma rica obra de arte que sente falta da admiração dos teus olhos ao acordar.
Leva o olhar ao céu agora ou apenas feche os olhos e abra os braços, e sinta-me se for capaz te abraçar.
Sou o alvorecer dos teus sonhos e a imensidão da minha luz padece ao lado do sol que se empobrece quando beija o mar.
Meus tons impedem a penumbra, mas pela noite não clareio e deixo-me de recordação nos seus sonhos se envolver esperando levemente o nosso amanhecer chegar.

O rádio anuncia a chegada da canção e não.
A canção se engrandece e meu coração perece, mas não.
Os tons dos seus acordes me prende na melodia que criei em meu viver e não.
Ouça agora o silêncio, pois ele é o maior dos sons e grita que não.
- Não é feliz quem vive sem adormecer nos braços de quem ama.

Estou parado.
Nada mais faz sentido.
Cheguei em frente a porta e vou partir.
Agora é a hora que me despeço, lá fora traz saudade por isso estou aqui dentro de mim, parado e querendo que o sentido existisse, mas não, mas não.
Estou sem destino, sem sentido, sem me encontrar em movimento. Adeus.
Agora é a hora que me despeço, pois não consegui fugir de mim, do meu triste orgulho virtuoso e aguerrido.
Adeus, por tudo agradeço, por mim padeço, por nós pereço, entretanto digo: - Agora é hora de partir. Sem fingir, omitir e se despir de mim. Adeus por tempos eternos. É tudo, é a última frase que diz: adeus, agora é a hora de dizer adeus.

Sou teu pecado venenoso em uma taça de desejo esperando os teus dedos e teus lábios encontrar.

Um poema encontrado em algum lugar...

Não sabe onde me encontro quando encontro o teu olhar vindo ao meu encontro.
E nesse encontro o desencontro se esquece, pois nada mais me aquece a não ser o teu olhar.
No encontro em que padeço agradeço por em teus braços me encontrar.
Sou a sombra da tua luz, o teu vento me conduz, e em meio ao oceano perdido me encontro tentando navegar pra te encontrar.
Sou teu pecado venenoso em uma taça de desejo esperando os teus dedos e teus lábios encontrar.
Nos escombros dos amores encontrei a porta que guardava desamores e tranquei a vida amargurada longe dos nossos sonhos de amar.
Amar é te encontrar em mim, e por fim, sendo assim, não posso mais negar: - que só me encontro quando encontro o nosso encontro na vastidão do teu olhar.

No momento não penso.
Nem respiro. Nem falo.
No momento apenas amo.
É de amor que vivo.
Do teu.
Do amor puro igual ao sangue que escorre do pulso de um louco que se cortou por amor.
Sou seu.
Teu.
És minha grafia.
Meu "amorgrafia".

Andava perambulando minha vida ao redor de mim. Por tempos. Tempos fui assim.
Vivia cantando sozinho longe da platéia; longe de mim.
Cantava a cantiga antiga que ressoava e feria o coração de quem a ouvia. Eu ouvia. Apenas eu.
Beijava minhas mãos com os olhos fechados imaginara que podia ser lábios dela.
Subi e desci, pois não enxerguei o tom de sua beleza na platéia.
Subi e desci, pois não ouvi palmas de quem eu esperava.
Subi e desci, ao solo, cansado; abatido; e algo mais.
Agora desci pra sempre.
Desci ao final de mim.
Perdi minha ribalta de outrora e não consigo mais subir.

Na vida aprendi sobre os sonhos(...)
Sobre os que queremos sejam reais e os que jamais queremos está.
Na vida aprendi sobre dias e noites(...)
Sobre os dias que demoram longamente a se desfazer e a noites que o amor nunca se deixou perecer.
Na vida aprendi sobre rios e mares(...)
Sobre o quanto é bom percorrer a terra escondida e se misturar ao sal do entardecer.
Na vida aprendi sobre passado e momento(...)
Sobre o dia de hoje que é um filme árduo e fabuloso dos momentos que já vivi.
Na vida aprendi sobre se despi(...)
Sobre se despi dos rancores e dores, das tristezas e desamores.
Na vida aprendi sobre mim(...)
Um sonhador que dias e noites amanhece a beira do rio em riso e ao fim da noite se esconde nos escombros do mar de choro, aquele que diz que o passado vive atuando com louvor nas lembranças dos novos momentos que não se despem por nada.
Na vida aprendi sobre o amor(...)
Sobre o quanto é valioso aprender a amar, sobre o quanto é valioso ser o amor.

Dos lábios partiram o ataque. Com toques. Das mãos ao rosto e logo após nas pernas. O cabelo entre os dedos e os olhos entrelaçados, abertos e fechados. O sorriso leve trazia desejo e a mordida, e a língua no dedo. No céu. No céu da boca percorria e de lá perto do canto da boca caia, escorria e corria ao encontro do umbigo. Sarcástico pedido e de lá perto do ouvido a boca já havia partido, dos pés iam subindo depois das coxas chegaram onde o corpo tremido sucumbia a um desejo escondido, liberto com a língua que junto ao lábio dançava entre os espaços das pernas. No cabelo sentia a mão que puxava querendo mais, bem mais. A boca não parava assim como o corpo que era dominado pela boca. Depois do ataque dos lábios perdidos, o corpo, a alma, era refugiu de um amor quente, intenso. De amor nosso.

Minha sombra está por trás da luz de quem desejo ser.

Do céu caem gotas de fogo transparentes.
Elas doem, do céu ao rosto e se espalham no corpo quase nú.
Elas caem e maltratam como saudade.
Se estais dormindo agora não entendes quando vi e ouvi o raio cortar a garganta do céu e fazê-lo gritar enfurecido, estrondoso e sua ira se espalhou aos quatro cantos da terra firme e do meu ser.
Lembrei que nessas gotas ardentes de falta de abrigo estavas no meu lençol.
"-Eu sou o teu sol a noite."
Te cobria com meu corpo, e do ombro o travesseiro.
As mãos juntas perto da boca clamavam pelo fim da tempestade e do enfurecer do céu rancoroso que disparava seus clarões e esbravejava pra nos assustar.
Os pés juntos anunciava o nosso amor em momentos em que nos queimamos por dentro com o cair das gotas ardentes.
Agora o céu chora, o raio que o feriu fugiu, o relampejar o procura nos escombros das nuvens, o grito se espalha cada vez mais impetuoso.
E senti falta da moça que agarrava-se em um heroi medroso naquelas noites de tempestades de gotas de fogo transparentes.
Transparecendo o amor da gente.
Por fim nesta madrugada depois de muito clamor ao Onipotente para que o seu sonho não fosse interrompido, o céu se calou, encontrou e perdoou o raio que o rasgou ao meio e silêncio-se.
"O clarão que vi no céu tinha o brilho dos seus olhos."

É que podemos cantar alto.
É que podemos sonhar bem mais.