Coleção pessoal de DudoSancar

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Não sabe o que quer
E sabe muito do que não quer
Saber onde não se meter
Tem muito mais efeito
Que ficar catando onde se encaixar

Pra amar-se
Tem que se odiar um pouco.

Quem uma vez
coloriu teu dia
Pintou o Escuro
o Cinzento
e também
o Azul.

Pra que o amor
te encontre
outra vez
é preciso


Morrer de novo
Nascer de novo
Se apaixonar de novo


— Não por outros, por você mesmo.

Fecho a porta do quarto
Capturo o silêncio
Risco faíscas de paz


Assim crio espaço em mim mesmo
O inverno já beijou minha testa
Ainda assim é urgente ter onde habitar

Gosto quando,
com cheiro de grama cortada
perto do fim do domingo,
o Cotidiano me presenteia
com pequena pausa e leveza.

Nem sempre soa na mente
Como soa no coração.
Deixe de ouvir e escute
Cada eco de desequilíbrio.

A vida é um convite
Pra um baile muito doido.


Entre no salão
Trate de se divertir
E não se importe tanto
Pelo modo que os olhos julgam
O movimento do teu corpo.


Porque -- meu bem,
Um dia, tu, eu,
E todo mundo nessa festa
Vai parar de dançar.

Se há medo
em decisões
enfiadas na gaveta


Abuse da curiosidade
sobre quem você se torna
se arrancá-las de lá

Somos sortudos.
Cobertos da incerteza,
desconhecemos o dia da partida.
Se aqui não buscarmos quem somos,
de nada terá valido tamanha teimosia em ficar.

Viver acaba.
Sem esperar.

Andei a noite
senti saudades,
da minha amiga,
do café que ela fazia,
do sofá em que a gente ria


Facilmente
voava da nossa boca
pequenas, novas palavras
Inventamos verbo “ paranoiando “
— Que saudade de paranoiar

Engole o café,
a comida,
um desaforo,
um choro,
quando vê
já engoliu o dia…

Gosto de gente
que só de ouvir o nome
já me soa como flor
— perfuma a memória

E quem não sabe como escapar faz o quê?
-Tenta.

Apesar de ser fuga e correria o cotidiano, é preciso deixar o simples nos encontrar.

Nem na ponta do lápis
Nem na ponta da língua
Daquilo que me disse
Daquilo que me escreveu
Pouco de ti eu vi
Muito de ti morreu

Tomar aquela decisão difícil te jogará em mar incerto e confuso, mas, a curiosidade pela sua versão desconhecida do outro lado não te faz querer?

Sob o medo de dizer
engoliu pequenos e
pungentes silêncios.


...gritou tentando curar.

No fim é preciso lembrar: Muito do que sonhamos pode não acontecer. Até lá, vive-se.