Coleção pessoal de DorgivalAndrade
GÊNESIS
E Deus fez o mundo.
E Deus fez o homem
e repousou ao sétimo dia.
Então o homem se fez no mundo
e Deus nunca mais fez nada.
Fez-se eterno o divino
e merecido repouso
AUTOR: ( Sidney Wanderley. Nesta calçada. São Paulo. Iluminuras, 1995.)
Amada minha
Oh amada minha, como te desejo,
Quero sentir teu cheiro e me levar no teu olhar,
E assim que se acordar, quero ouvir teu bocejo,
Quero sentir teus beijos e tuas carícias ao desanimar.
Amada minha tão desejada!!!
Oh amada minha livra-me dessa dor,
Que toma me quando estás ausente,
Que desaparece quando estás presente,
E que cresce a cada instante devido o meu amor.
Oh amada minha por que me maltratas com essa ausência???
Quero reverte amada minha,
Preciso rever minha miudinha,
Hei de te encontrar minha flor,
E quando te encontrar o que lhe direi!?
Que desfaleço de amor.
"Amore Mio"
O amor, quando se revela;
Não se sabe revelar;
Sabe bem olhar pra ela;
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente;
Não sabe o que há de dizer;
Fala: parece que mente;
Cala: parece esquecer.
Ah! mas se meus olhos falassem;
"Amore Mio" haveriam de dizer;
Ah! se ela adivinhasse;
Se pudesse ouvir um olhar;
E se um olhar lhe bastasse;
P'ra saber que a estão a amar!;
Mas quem sente muito cala.
Quem quer dizer o quanto sente;
Fica sem alma nem fala.
Fica só inteiramente!
Mas se esta poesia puder contar-lhe;
O que não ouso dizer-lhe.
Já não terei de falar-lhe;
Pois o seu coração;
Haverá de me compreender.
Minha imagem se configurará em seu olhar;
Seu coração pulsará em sintonia ao meu;
Seus lábios proferiram o meu nome;
E o seu desejo se identificará com o meu.
Os meus sonhos não serão somente meus;
Minha vida não será solidão;
Minhas mãos terão calor e afeto;
Meu sorriso não será sem compaixão.
As noites escuras traram novamente estrelas;
O crepúsculo não será tão infecundo;
A aurora trará à luz um novo tempo;
E minh'alma arderá no fogo da paixão... certamente, um NOVO MUNDO.
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...