Coleção pessoal de dora_marques_marques

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Nunca esqueçamos as nossas raízes.
Por vezes, ao tentarmos fingir ser outro Ser, caímos na realidade de ser quem realmente somos. Claramente nas intempéries humanas as raízes vêm sempre ao de cima. Os nossos alicerces são os mastros que não deixam o barco fugir da rota.

A beleza da vida está nos pequenos instantes. Instantes que se desvanecem no tempo. Instantes que não voltam mais.
Momentos que partilhamos com amigos e família. Não voltam mais, mas nunca se apagam da memória. Ficam as recordações desses instantes que fizeram alguém feliz. Instantes que proporcionaram alegria e harmonia. Momentos únicos que nenhuma borracha apagará. Que nem a terra queimará... Porque a alma ninguém consegue apagar. É eterna.

Tantas vezes não nos lembramos de Deus.
Não é esquecimento. É mesmo só não lembrar.
Ou é a azáfama da vida, ou as indisposições mentais, ou as poucas energias..... Ou isto ou aquilo.
Sempre o puxar para trás.
Sempre o não apetece.
Eu... Não esqueço. Somente, por vezes, não lembro. Não consigo contrariar as lamúrias do corpo.
Isso.... Deixa-me em confronto com o lado físico.
Deixo a força do lado espiritual um pouco esquecida.
Surge logo a dialética mente e corpo.
Qual a mais imponente?
Gostaria de exercer mais a mente, pois esta controla o corpo.
Certa estou de pedir - se eu não me lembrar de Ti, nunca te esqueças de mim.

Tantas coisas se dizem no silêncio. Tantas angústias ficam no silêncio.
Quantas vezes choramos no silêncio?
E outras,
o silêncio chora em nós.
O silêncio é de ouro.
Preciosos momentos vivem-se no silêncio.
Ouve sempre a voz do silêncio. Ele é o teu melhor conselheiro.

E tudo passa, esvanece e desaparece.
E tudo vai e não volta porque já foi.
Tudo, tudo se dissipa no horizonte.
E não volta. Porque já foi.

Os momentos, as coisas. As pessoas!
Aquelas criaturas fantásticas que.... Voam.
Voam para longe de nós.
E ouvimos as suas nobres vozes que entoam.

Sentimos o cheiro adocicado da sua roupa.
Sentimos a brisa do seu sorriso.
Ouvimos o som dos seus passos.
Ver? Tocar? Faria o que fosse preciso.


Que bom que o céu fosse ali.
De um pulo lá estaríamos.
Conversavamos e sorríamos.
E assim alegremente viveríamos.

Procuro não pensar em determinados assuntos, mas é mais forte do que eu... Mesmo.... Mais forte... Então em épocas propícias a estas situações... Não consigo deixar de pensar e até colocar-me na pele dessas mesmas pessoas.
São sentimentos tão profundos e tão fortes que jamais se conseguem extrair.
Quando se perde um filho deve ser..... Nem sei! Nem me ocorrem palavras!
Quando parte para Deus é, lamentavelmente, algo que trespassa o peito.... Uma dor que deve ser inultrapassável. Intolerante. Inesquecível. Inquestionável? Porque aí eu interrogo ao nosso Ser Superior Celestial Espiritual o porquê??? Porquê???
Pois... Mas não há a esperada resposta.
Ou se existe... Não é percetível, aparentemente.
Mas, e quando estão desaparecidos?
Meu Deus... Não há luto.... Há um eterno luto que nem se concretizou.
Penso incessantemente nestas pobres mães.... E pais!
Que flecha afiada que foi disparada e nunca retirada. Que navalha aguçada que não sai.
Deve ser insuportável.! Quantas vezes estas mães pedem para desaparecer também? Pedem para ganhar asas e voarem pelo horizonte a fim de encontrarem os seus pedacinhos de si. Porque são sim pedaços de nós....
Para estas famílias nunca mais há Natal... Nem mais nada. Só há a réstia de uma esperança para sobreviver.... Ou talvez morrer.
Um pensamento muito triste, mas que me ocorre tantas vezes.... Onde estás tu Deus?

Tudo muda.... Para pior...
São as tempestades, as depressões, as duras ventanias.... O clima está agastado... Tal como nós.
Até têm nomes de pessoas....
Daniel... Elsa.... Enfim... Quantas mais?
Costuma-se dizer que nem o tempo ajuda... É a pura das verdades.
O tempo, a azáfama, as palavras, as pessoas... Tão diferente... Tão frio.... Tão amargo... Tão escuro....
Uma desolação!
O Natal nem cheira mais a azevinho nem a rabanadas.
Vivemos em permanente agridoce..
Molho ótimo. Mas só..... molho.
VIDA?! Prefiro Só Doce. Deixo o Agri de fora.

Bem..... Deixar o desânimo e viver o espírito natalício.... Se é que ainda existe??!!

Lá fora a chuva cai.
Impiedosa e solene.
Intempéries?!
O tempo. A vida.
Um conjuga o outro.
Cai a chuva.
Bate o vento.
As gotículas atrofiam o olhar.
Esse olhar que deixa a chuva cair.
Esse momento que parece um redemoinho.
Tempo! Vida?
Pois...
É Dezembro. É Natal.
É tempo de solenidade.
Traz a vida pura saudade.
Tempo audaz.
Saudade inevitável.
Nascimento do salvador.
Que atenua um pouco a dor.

Que estrela brilhante!
Parece especial...
Olha outra... E outra...
Será normal?

Claro... São auras de porcelana fina.
São anjos encantados.
Estrelas e anjos?
Que animados!

Vêm sorridentes.
Trazem paz e espírito divinal.
Levitam suavemente.
Anunciam o Natal?

Boas novas então!?
Anjos meus queridos...
Estrelas desejadas...
Espiritualmente vivos!

Sim.... Vivos em nós!
Libertos da terra latejante.
Felizes e cintilantes.
Pairam num sorriso constante!

São os nossos protetores.
São os guardiões nossos amantes.
São almas benfeitoras.
Que velam por nós, incessantes!!!

Se acredito no Pai Natal?
Claro que sim!
Imagino um senhor de barbas branquinhas, fatiota encarnada, olhos meigos e redondos, botas escuras e gastas até ao joelho e com ar muito sonhador.
É muito simpático e transforma sonhos em pequenas concretizações...
Ilumina a nossa aura quando parece breu e alenta o corpo quando este está dormente.
Acredito sim nesse senhor que faz parte do meu imaginário permanente.

Nesta época de valores nobres e genuínos esquecemos o verdadeiro significado do Natal. Compras e mais compras, desenfreadamente. Para quê? Quando a melhor prenda é o espírito livre e poder estar junto de quem gostamos e de quem faz a nossa vida ter sentido.
Lembranças e miminhos, todos gostamos... Mas, por que não dar o nosso tempo a quem precisa? Não dar um sorriso a quem não conhece um sorriso? Não dar amor onde reina a desunião? Não elogiar quem não sabe o valor de um elogio?
Todos precisamos de um pouquinho de uma lembrança.
Que nos faça feliz, que nos mostre a magia do Natal, que nos aqueça o coração, que nos dê aquele abraço...
Isso sim é um verdadeiro Natal.
Já basta olhar para a mesa de Natal e não sentir a simpatia daqueles que estarão a velar por nós.
Já basta a ausência dos nossos familiares que estão longe por circunstâncias da vida.
Já basta a dor daqueles que não têm Natal.
Natal é todos os dias... Mas a magia do Natal só aparece no Natal.

Só damos valor à vida quando Deus nos coloca perante a adversidade e desumanidade.
Hoje, quando parava numa passadeira, reparei na pessoa que calmamente a atravessava . Um velhinho sem abrigo.
Muitas interrogações me ocorreram. Mas respostas? Poucas!
Grande barba grisalha, roupa remendada e ar tristonho.
Que mundo é este?
Será que foi opção ou alternativa?
Quando cheguei ao meu lar, quentinho e aconchegante, pensei no pobre homem...
Que sorte que tenho!
E à noite? Onde dorme? O que come? Se come! Tem frio?
Que sorte que tenho Meu Deus!
A minha pseudo tristeza é uma gota neste oceano!

Adeus Novembro!
Vai com a frieza de uma manhã e com as noites gélidas...
Mas leva também a leveza do calor da lareira e a pureza do calor humano.
Calor humano entre a família e os amigos, que tanto partilhámos.
Aquele calor que fica na alma e adoça os escuros momentos.
Agora esperamos a luz do Menino e a humildade do seu ser...
Dezembro que traga uma tela colorida com pinceladas de alegria e muita saúde...
Dezembro que ilumina as casas com brilhantes canções natalícias e deliciosas sobremesas sobre as mesas...
Em Dezembro o céu fica mais estrelado e cintilante porque as estrelas alegram-se e festejam o seu Natal Celestial e único.
Essas estrelas que já fizeram parte do nosso Natal, que já partilharam prendas, que já beijaram as nossas faces, que já brindaram ao Novo Ano, já comeram as doze passas e já completaram a nossa mesa..... Que este ano fica mais pobre e com lugares vazios...
Resta a esperança de olhar essas estrelas que, certamente, estarão à nossa espera para brindar ao espiritual encontro.

Nem sempre a vida é uma constante....
Nem sempre se levantamos depois da queda,
Mas sempre o rio corre no mesmo sentido
Pois seria contraditório as águas inverterem o percurso.
Afinal somos humanos
Erramos... Tantas vezes....
Erramos outra vez... Tantas vezes...
Mas quando encontramos o caminho é a salvação, o auge do auto conhecimento.
As águas podem ondular e ficar intempestivas... Mas nunca invertem o seu percurso.
É a ordem natural das coisas!

Quanto mais o tempo passa mais se alonga a saudade.
Lembranças que se transformam em lágrimas, memórias que apertam o coração e palavras que ficaram por dizer.
As pessoas partem para outro patamar, mas deixam tantas ausências, vazios e dor.
Sei que se há uma imensidão que nos separa há igualmente um céu que nos junta. Mas a angústia de não ver, não falar, não contrariar, não partilhar, não dizer palavras soltas..... Custa tanto!

Acordamos e começa um novo dia....
Dia de trabalho, com atropelos pela frente, com desvios e atalhos.....
Dia com alegrias e tristezas....
Recuos e avanços.....
Tudo normal sem pensar na fatalidade da vida...
Quando pensamos se regressaremos ao nosso lar bate uma emoção profunda..
Se abraçamos a família? Se brincamos com os filhos? Se perguntamos como foi o dia?
Pois... Quando chegamos à zona de conforto e tudo corre bem.... Que fantástico!
Às vezes esquecem-nos de agradecer por estes detelhes... Detalhes que marcam toda a diferença de um dia....

As pessoas deixam o seu espaço físico, o que me deixa muita saudade. Mas acredito que vão habitar noutro espaço espiritual, num campo celestial que me faz inveja.
Penso como será esse lugar. E espero um dia poder mudar-me para lá.
Isto é muito complicado assim dito, mas quando me deito e fecho os olhos perco-me já no meio desse lugar paradisíaco.
Que bom é estar nesse lugar.....
Mas também quero acordar para, por enquanto, permanecer no meu cantinho terrestre.

Às vezes a onda vem..... e lá cai o castelo
O castelo que está a ser rodeado
Por pensamentos obras e ações
La vai o castelo ser assaltado.

Assim é a nossa vida diária
Assaltada por invasões nada oportunas
Que desmorona o castelo
Que estava escondido nas dunas.

Pobre castelo! Fica estragado.
Assim a alma fica destroçada
Pela vida ingrata e triste
Que teima em ser desgraçada.

É é assim a pobre vida
Trabalho, incertezas e imperfeição
Que venham os dias quentes
Para nos encher o vazio coração!

Queria tanto ser uma estrela
Para no céu brilhar
De noite guardiã
De dia a beleza admirar.

A beleza das pessoas
Que trazem paz no coração
Transparência na alma
E certeza na devoção.

Certeza que tudo passa
Esta vida é passageira
Efémera mesmo de certeza
Verdade mais verdadeira.

Desfruta do palco
Antes do pano fechar
Nao te atrases na vida
Pode a peça, sem aviso, terminar.

Olá Novembro, com estás?
Espero que tragas boas novidades
Muita saúde, alegria e sorte
Porque o Outubro não deixou saudades....

Espero que sejas pacífico e amigo
Traz tempo ameno, mas claro com ventinho
Chuva, frio e agasalhos quentinhos
Mas, por favor, sê bonzinho!

Não abuses nas desgraças
Nem tragas corações partidos
Sê condescendente e caloroso
Já Outubro nos deixou doridos!

Daqui a pouco estamos no Natal
Passa o tempo sem cessar
O Pai Natal anda em dieta
Para nas chaminés se enfiar!