Coleção pessoal de dizemporaquiNotumblr

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⁠Crescer é perceber que os adultos que tu admirava também estavam perdidos.
Apenas sabiam disfarçar melhor.

⁠É uma solidão tão real que não cabe dentro do peito, que escapa dos olhos, que corta feito lâmina que ninguém vê chegando.

⁠Tu chegava como quem acende as luzes da sala e pergunta se eu quero ficar.
Mas a cada resposta minha, desligava uma lâmpada.
E eu, tateando no escuro, comecei a achar bonito tropeçar em você.
Pior: comecei a achar que amar era isso.
Tentar caber em alguém que já está cheio de si.

⁠Mas agora eu uso a tua ausência como um casaco: grande demais, pesado demais e cheio de coisa tua.
Ainda me aquece.
Mas só machuca.

⁠A dor mora na permanência — em coisas pequenas que não souberam que o amor acabou.

⁠Você diz que vai embora.
Eu digo “vai”, mas minha voz treme.
Você diz que me odeia.
E eu rio. Porque sei que no fundo você só não sabe mais amar.
Nem eu.
A gente se estraga melhor do que se ama.
Mas tem alguma coisa nesse caos que parece casa.
Alguma coisa doente, instável, mas familiar.

⁠Se um dia o mundo deixar, me espera no lugar onde a gente nunca esteve. Pois eu ainda acredito na ideia boba de que dois corações podem se colar se baterem no mesmo compasso.

⁠A ausência deixa espaço. E é nesse espaço que mora a dor. A memória do que já foi e talvez nunca tenha sido do jeito que a gente lembra.
Aqui a tempestade ficou engarrafada e o sentimento não resolvido é transformado em memórias que a gente não queima porque o cheiro da fumaça lembra casa.

⁠O amor é como um espelho quebrado que você se vê em partes e percebe que tentou colar o impossível. Que amar sozinho é como construir uma casa em areia movediça.

⁠Abraçar a sua sombra é parar de fugir do espelho. É olhar pra dentro e dizer “eu sei o que você fez" “e mesmo assim, ainda te amo” “porque você é tudo o que me sobrou e tudo o que me trouxe até aqui.”
Ninguém é inteiro sem seus pedaços escuros.
Ninguém é forte sem suas quedas.
Ninguém é livre sem primeiro encarar o cárcere da própria mente.

⁠Porque tem gente que a gente não supera — a gente aprende a conviver com a ausência. Como quem mora com um fantasma que já virou parte da mobília.
Saudade é isso: dançar sozinho com as lembranças.
Com o peito apertado e o coração bêbado de passado.

⁠Amar de verdade, às vezes, é saber deixar ir, com a dignidade de quem sentiu tudo, mas não precisa mais provar nada pra ninguém.

⁠Eu prefiro doer de você do que me curar com qualquer outra mentira.

⁠A cada linha, um suspiro de tristeza pelas coisas que a gente finge que esquece, mas nunca para de lembrar.

⁠É tanta pressa pra ser alguém que eu esqueci como era só ser… eu.

⁠Aqui é onde a desistência encontra redenção, onde a poesia nasce do fracasso e onde ser honesto dói, mas cura.

⁠Onde o amor vira um tipo de salvação torta, e o respirar depende de alguém que já não sabe mais ficar. É poesia em combustão lenta. Dor com delay. E esperança mesmo quando tudo parece irrecuperável.

⁠O romantismo quebrado, a solidão embriagada e uma estética suja e bonita de quem já viu o amor morrer dentro de um quarto de hotel e ainda assim tentou escrever poesia com o corpo todo doendo.