Coleção pessoal de DaviRogerio

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Ciúmes…
Me fere a alma, dilacera minha carne, cega meus olhos.
É um veneno lento que escorre pelo peito,
queima silencioso e se disfarça de amor.

Te imploro: não me faça sentir assim,
não alimente essa dor que não pedi pra carregar.
Te peço, por tudo, não machuque esse coração
que só sabe te amar, que só encontra paz no teu olhar.

Não me faça duvidar de mim, das minhas capacidades,
do pouco valor que me resta quando teu silêncio grita.
Te imploro, meu bem, nem por um segundo pense em me trocar...
sou teu, mesmo quando tudo em mim diz que estou me perdendo.

Te peço, amor, não me condene a reviver
essa sombra escura que invade minha alma
quando o ciúme me abraça frio, cruel, desesperador.

É um fantasma que me arrasta pra dentro de mim,
pra um lugar onde não existo, onde sou só medo,
onde até o amor dói…
e você, sem saber, segura a lâmina quebrasga meu peito.



Se Você Soubesse...

Te enxergo além dos olhos,
Além do corpo, além do sorriso.
Te enxergo com a alma,
Com calma,
Te despindo em silêncio com o pensamento.

Ah... se soubesse o quanto eu te desejo,
O quanto te adoro,
O quanto te quero...

Se soubesse,
andaria mais vezes apenas de toalha,
Como quem não quer,
Mas sabe muito bem o que faz.

Se soubesse,
Me provocaria sem pudor,
Me olharia com esses olhos doce cor de mel ,
E essa boca carnuda que acende meus instintos.

Se soubesse,
Não teria medo,
Se aproximaria devagar,
E tomaria posse do que já é seu...

Se soubesse...
Me tornaria teu escravo,
Teu brinquedo, teu amante.

Ah... se soubesse que já sou...
Se você soubesse...


Você em Mim

Eu tento fugir do seu nome,
mas ele sussurra no vento,
desliza nas frestas do tempo
e se deita no meu pensamento.

Acordo com você nos meus olhos,
dorme comigo seu cheiro no ar,
meus dias se tornam delírios
viver é só forma de esperar.

Você invade cada silêncio,
cada gesto distraído,
como se amar fosse vício,
e você... o meu mais lindo perigo.

E tento, juro que tento,
calar esse amor sem freio.
Mas seu rosto me vem como brisa,
e sua ausência... me corta no meio.

Não sei onde você termina,
nem onde começa o que sou.
Só sei que amar você
é um incêndio que não queimou
mas acendeu
e nunca mais apagou.

Desejo em Pele e Alma

Interessante...
como teus olhos prenderam os meus,
num silêncio que gritava promessas.
Minha boca, atrevida, buscou a tua,
num toque quente
onde o prazer dançava na pele
e o desejo se derramava em suspiros.

Incrível...
como os corpos falaram sem palavras,
numa língua só deles,
arrebatando sentidos,
levando-nos ao êxtase da paixão —
um clímax sagrado e selvagem.

E o tempo?
O tempo se curvou diante de nós,
feito cúmplice de um instante eterno,
gravando em cada detalhe
o mapa secreto de nossos suores,
nossos gemidos,
nossos pecados.

Inacreditável imaginar
que foi apenas um momento...
Tão breve, tão intenso, tão inevitável.
Um acaso que incendiou a alma,
desencadeando um feitiço
que até hoje arde em mim...

Um desejo feroz,
nu, sublime
tatuado na memória do meu corpo,
no suspiro da tua ausência,
na eternidade de um toque.

⁠perdido

Perdido como uma estrela em meio à galáxia,
Sinto-me ser sugado por um buraco negro.
Sombras, medo e escuridão... não há mais nada.

Lembranças, sorrisos, desejos — já não tenho mais.
Sinto-me trevas, sou o nada, sou o abismo.
Tenho medo de seguir machucando quem amo,
Incapaz de ser diferente.

Sinto-me gelo.
Sou medo.

Mas talvez, em meio à escuridão,
Ainda exista uma centelha,
Um fio de luz a me guiar
De volta para mim.

Dores adormecidas

"Dores existem, sim,
Silenciosas, profundas,
Adormecidas talvez,
Soterradas em nosso ser.

Dores explicáveis,
Com camadas profundas,
Transformam-nos em alguém
Que não reconhecemos mais.

Influenciam nossas escolhas,
Nossa identidade,
Machucam sem dó,
Nos matam aos poucos.

Machucamos quem amamos,
Justificamos por medo,
Pela falta, pela culpa,
Pedimos amor extremo.

Como se o amor preenchesse
O vazio desconhecido,
Dores insuportáveis,
Castigam-nos sem piedade.

Leva-nos a lugares sombrios,
Onde a alegria não alcança,
Quem explica tanta dor?
Quem cura tanta dor?

Continuarei buscando,
Por respostas, por cura,
Por um alento, um refúgio,
Para essas dores que me habitam."

⁠lembranças

"Fecho meus olhos para sonhar
Com seu sorriso, ouvir sua voz
Me chamando com carinho, gargalhando...

Lembro-me de seus primeiros passinhos,
Suas primeiras palavras,
Lembro-me do medo que fazia
Pular na minha cama, me abraçava
E dizia: 'Deixa eu ficar...'

Lembranças lindas que guardarei
Para sempre, não com dor,
Mas com alegria de ter sido
O melhor que pude!

Sei que esse não é o fim,
Os ciclos se encerram,
Jamais entenderemos o destino,
Mas sei que nossa ligação
Perdurará pela eternidade.

Ninguém nem nada jamais será
Capaz de apagar toda nossa história.
Te amo por toda a galáxia.
Voa amor, um dia nos encontramos.

O que é amar?

Amar é saber esperar,
é saber controlar as emoções
e saber ouvir sentimentos.

Amar é saber que a vida não é só alegria.
É poder sentir saudades e, ainda assim, saber que há alguém do outro lado te esperando.
É aceitar o que o outro diz e se abrir,
da dúvida ao medo, das inseguranças ao amor.

Amor é sentir e não dizer,
é fazer que seja bem cuidado
e não somente com boas palavras.

Amar é ter o tempo ao favor,
a distância não passa de alguns minutos nas lembranças.

Amor é lutar.
Amar é sentir.
Amar é ter voo.
Amar é poder ser.

Silêncio em tormentas

Há em mim um lado que é calmaria,
E outro que se perde na tormenta.
Um que se cala ao te olhar,
E outro que grita tua ausência.

Carrego em mim um amor que te envolve,
Mas também um orgulho que te afasta.
Sorrisos nascem só de te ver,
E lágrimas caem quando não estás.

Sou feito de contrastes,
De céu sereno e tempestade,
De certezas e dúvidas,
De encontros e saudades.

Mas entre todos os meus lados,
Entre tudo o que sou ou deixo de ser,
Não existe em mim sequer um instante,
Em que eu não te deseje
Com alma, com coração

⁠Sem você

Quantos pensamentos cabem em um segundo de silêncio?
Quantas lágrimas molharam meu rosto num dia longe de você?
Por que a distância nos aproxima tanto?
São tantas questões nesse quarto vazio,
Tanto sentimento nessa cama...

Sem você, sou metade, dividido por um terço, multiplicado por zero.
Sou uma palavra sem sílaba, sem vogal, sem conjunção verbal.
Sou vácuo em uma atmosfera,
Sou letra sem tinta, sou dia sem sol, sou mar sem água.

Sem você, sorrir é tão sem graça...
Sem você, o dia não passa,minutos são anos, horas séculos.
Falta muito para quarta-feira?
Queria que fosse hoje, queria que fosse agora.

É pedir muito você aqui?
Vem!

O adeus nos faz pensar,
Que a vida é breve, a passar.
O tempo voa sem avisar,
E nem sempre vencer é chegar.

Permanecer é a verdadeira glória,
Seguir em frente, escrever a história.
Não desistir, mesmo a sofrer,
Pois cada passo é um renascer.

O adeus encerra dores passadas,
Cura feridas, apaga jornadas.
Nos torna fortes, nos faz crescer,
E a cada dia, aprender a viver.

Despedir-se é necessidade,
Seguir os sonhos, buscar verdade.
Pois viver não é só existir,
Mas sim sentir, sem mais fingir.

⁠O Tempo

O tempo é rio que nunca recua,
Corre sem pausa, jamais se atenua.
Presente, passado e o que há de vir,
Num sopro ligeiro, num breve existir.

Épocas dançam no vento que passa,
Histórias gravadas na fina fumaça.
Memórias se fazem, memórias se vão,
Rastros deixados no solo do chão.

O tempo não para, nem pede licença,
Molda os segundos, refaz a presença.
E enquanto o seguimos, sem hesitar,
Somos apenas poeira no ar.

⁠Saudades do teu carinho,
Dos teus beijos, teu jeitinho.
Saudades dos teus abraços,
Do teu cheiro em meus espaços.

Saudades de olhar-te inteiro,
Perder-me em teu olhar tão certeiro.
Saudades de te admirar,
Sem pressa, só pra te amar.

Saudades do gosto teu,
Do toque que já foi meu.
Saudades da tua voz,
Que acalma e aquece nós.

Saudades de te ver sorrir,
E junto a ti, me redescobrir.
Saudades, imensa saudade,
Saudades de ti, de verdade.

⁠Segure minhas mãos, não me deixe cair
Nesse abismo escuro chamado tédio.
Segure-me firme, não me solte daqui,
Desse alto penhasco que é o medo etéreo.

Estou à beira de um triste desabar,
Preso à rotina que fere e consome.
Acorde-me agora, ensine-me a amar,
Dê vida aos desejos que o tempo some.

Explane em meu peito os mais belos sentidos,
Pois quero você, e só seu eu sou.
Em seus braços me perco, me acho, me sigo,
No amor que em mim para sempre ficou.

⁠Engraçada e trágica é a vida de um palhaço…

Você me pediu um abraço, e eu te envolvi em muitos outros.
Quis um selinho, e te dei beijos molhados e demorados.
Quis um sorriso, e te entreguei incontáveis alegrias.
Me pediu que gostasse de você, e então te amei mais do que a mim mesmo.
Quis meu corpo, e sem hesitar, te entreguei minha alma.

Te dei tudo… mas tudo nunca foi o suficiente.
Agora, já não sei mais o que oferecer.

⁠Mudanças

Quiseste que eu mudasse… e eu mudei.
Mudei o olhar que te buscava,
Mudei o jeito de te querer,
Mudei até a forma de te dizer.

Mudei tanto, que já não me vejo,
Não sei mais quem fui um dia.
Mudei por amor, por medo, por nós,
Mudei por razões que nem sei se existiam.

Mas, no fim, resta a pergunta vazia:
Se mudar tanto não foi o bastante,
O que mais me restava, senão partir?

⁠Pare o tempo com teu sorriso,
Deságue em mim teu desejo preciso.
Faz de novo?
Muda meu humor,
Dissipa meu medo, acalma a dor.

Faz assim?
Dá sentido à vida,
Traz dias com metas,
Horas bem-vindas,
Minutos intensos,
Segundos eternos.

Faz como queira,
Faz como for,
Apenas faça,
Outra vez, por favor.

Sentir teu cheiro me leva ao passado,
Teu beijo me faz sonhar com o futuro.
Nossa história é complexa, surpreendente,
Nosso desejo, voraz e impuro.

Simples e insano, obsceno e ardente,
Como explicar algo tão evidente?
Como esconder um amor gritante,
Se és chama viva, incandescente?

És fogo que queima, que arde e consome,
És vida, és tudo, és meu próprio nome.
És o desejo que não se apaga,
A chama eterna que sempre me embala.

⁠Aos quinze anos, te vi pela primeira vez,
Foi quando enxerguei teu sorriso nos olhos…
Olhar-te de perto me fez perceber
Um sentimento novo, que nunca senti.

Tinha tanto a dizer, mas as palavras fugiam,
A coragem existia, mas faltavam-me forças.
Te quis, te quero, e ainda te espero,
Mesmo com o tempo, ainda és meu desejo.

Anos passaram, histórias mudaram,
Mas dentro de mim, nada mudou.
O tempo corre, a vida segue,
E, ainda assim, eu te quero…

⁠Ah, Felicidade

Ah, felicidade, que outrora batia no peito,
fazia-me riso, e não pranto desfeito.
Quanta tristeza tomou-me o ser,
onde antes havia razão para viver.

Ah, felicidade, que me impulsionava,
guiava meus passos, e hoje me trava.
Quanta tristeza fez-se morada,
onde a esperança outrora dançava.

Ah, felicidade, que me fazia voar,
nas nuvens, sem rumo, apenas flutuar.
Quanta tristeza pesa em meu peito,
como um céu sem cor, desfeito em lamento.

Ah, felicidade, que me fez corajoso,
e hoje sou medo, menino medroso.
Quanta tristeza roubou meu querer,
de quem eu fui, restou o não ser.
Felicidade que fazia bem, me fazia quem e hoje mais ninguém.