Coleção pessoal de cristiane_neder

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⁠Pior do que morrer de falta de ar
é morrer sem sonhar.
Pior do que morrer de falta de ar
é morrer sem amar.
Pior do que morrer de falta de ar
é morrer sem se entregar.
Pior do que morrer de falta de ar
é morrer sem viver cercado de arte
para nos libertar.
Pior do que morrer de falta de ar
é morrer neste mundo
sem conseguir o respirar.

⁠Morrer de qualquer coisa sempre é uma tragédia.

⁠ Aulas podem ser dadas até de um jardim, desde que o conteúdo seja bom e o aluno tenha vontade de aprender, deste modo tudo pode florescer.

⁠As aulas sempre são um colóquio filosófico em qualquer disciplina, o professor abre o leque de conhecimentos, nem ele e nem os alunos tem todas as respostas, a alquimia da aula é o processo de descoberta. É conversar sobre o tema e explorar todas as suas fontes e as suas possibilidades de realização, discussão e reflexão.

As esculturas dos cães pelo mundo são imensamente mais importantes do que a dos líderes que fizeram guerras, porque os cães dão a vida pelos seus donos e só disseminam o amor.

Poema para os Antropólogos.

Os antropólogos
pensam primeiro nas janelas
que vão colocar nas casas,
depois nas portas
e depois na vista
que cada um vai ter
ao abrir as janelas e as portas.
Os antropólogos
sabem mais dos homens e da sociedade
por tocar neles, experimentar o que no mundo há.
Os antropólogos
conhecem a anatomia da vida.

Se eu morrer no Brasil morrerei estrangeira, mesmo tendo nascido no Brasil.

Me sinto mais estrangeira na cidade de Frutal do que em Londres.

Camaradas! Eu tenho muito a dizer, mas nada a falar.

Quando escuto a expressão fulano ou fulana são intelectuais fico um pouco resabiada, porque penso eu que todos nós somos intelectuais partindo do conceito que todos nós pensamos, criticamos, refletimos. A questão é que o termo é usado muito de forma elitista, referindo-se geralmente a quem vêm da academia e passa por um processo de mestrado, doutorado e seus pós-doutorados, mas os grandes filósofos não tinham doutorados oficializados, mas eram grandes pensadores, portanto pensar é um ato humano e ser intelectual é colocar a cabeça para funcionar e dialogar com os questionamentos do mundo. Não tenho esta visão elitista que intelectual é só quem estuda, mas que somos todos intelectuais a partir do momento que temos dúvidas e buscamos respostas.

Bibliografia atualizada não é o mais importante, o importante são livros bons com temas sempre atualizados.

Terra Estrangeira na sua linguagem artística, conta de forma subliminar como o ‘herói’ Collor, que trocara seu cavalo branco por
um jet-sky, promovera a entrada do capital estrangeiro no Brasil e a retenção do próprio capital nacional aqui.

O filme, todo em preto e branco, reforça a imagem de um clima de ausência de cores na vida das pessoas e do país, para melhor demarcar seu contexto histórico.

A poesia pela qual o filme está embrulhado, dentro da cena do velho navio encalhado no mar (que vai de encontro com a letra da música Vapor Barato). A simbologia desta imagem leva-nos a pensar que ela representa a impossibilidade de seguir ou retroceder, tal como os dois personagens que permanecem estáticos dentro do
contexto da clandestinidade, numa vida reticente, sendo corroída pelo tempo, como uma matéria bruta, como o velho navio enferrujado que não chegou ao destino final.

O casal tem como aliança afetiva a frustração da vida. Ela encontra em Paco a juventude perdida, sepultada pela solidão de tantos anos no estrangeiro. A trilha sonora Vapor Barato, composição de Macalé (década de 1970), na voz de Gal Costa, reforça e veste com harmonia a metáfora amorosa vivenciada pelo casal
para quem nada resta apenas o amor

A terceira identidade do estrangeiro, portanto, é como a lâmina de uma gilete, afiada dos dois lados, pois consegue absorver
registros de ambas as nações

Os efeitos da política econômica predatória adotada na época do Governo Collor dão o embasamento para o surgimento e para
a criação da obra Terra Estrangeira. Faz enxergarmos como os personagens trazem consigo a cicatriz desse tempo político, ao
se encontrarem na condição de estrangeiros em Portugal como
necessidade social, e não turismo.

Para escrever sobre a terceira identidade do estrangeiro, o filme Terra Estrangeira foi a primeira percepção que veio à mente, justamente porque o filme fala do nosso país, vendo-o do lado externo da sua
costura idiossincrática

Os artistas, escritores, cineastas e outros, descrevem e gostam de personagens que estejam na situação de estrangeiros,
porque o estrangeiro, por si só, guarda dentro dele personagens e personalidades com várias nacionalidades num único sujeito.

As promessas políticas, depois da invenção
das novas tecnologias de comunicação tornaram-se mais ilusórias, porque antes eles prometiam somente com a palavra sem o uso da imagem. Hoje eles prometem com a imagem o que povo, pela ilusão ótica, tem muito mais facilidade em acreditar, mesmo não sendo realidade.