Coleção pessoal de cleia_britto
Que vossas almas
descansem na paz merecida
Nas poesias que escreveram
o sentido da vida
Hoje e sempre
os poetas serão lembrados
Nas rimas do tempo
Em homenagem a todos
que a poesia eternize
A beleza das palavras
que nas almas sensibilize
Os poetas falecidos
estão em nossos corações
Seu legado persiste
na eternidade das estações.
Ela entrou em uma rua escura,
tomada pelo medo e um tanto insegura...
A mínima luz que vinha da lua,
deixava inquieta a alma sua...
Mas não havia outro atalho,
e seu corpo banhado pelo orvalho...
Agora trêmulo e ofegante,
em passos longos e anelantes...
Não avistava o fim da ruela,
embora pequena e estreita aquela...
Era a travessa que ela temia,
seu acelerado coração pressentia...
Algum perigo iminente,
e tão logo ali à sua frente...
Viu-se totalmente indefesa,
como uma doce presa...
Perante vários homens...
No jardim da vida, flores a brilhar
Cada cor é um sonho, a nos encantar
O perfume das rosas, o sol a aquecer
Nos faz lembrar o quanto é bom viver.
A brisa leve dança nas folhas verdes
Laça os sentimentos, que o tempo terdes
Cada pétala que cai, um mistério a contar
Histórias de amor, de paz, doce encantar.
No crepúsculo, o céu se torna poesia
E os pássaros cantam, trazem melodia
A noite é véu que abraça com ternura
E a lua sorri, reluzente e pura.
Assim é a vida, um poema em flor
Com versos de esperança e de amor
Seguindo o fluxo, sem medo de errar
Cada dia é um presente, para amar.
A concupiscência é fogo ardente
Que inflama os corpos, faz suar
E nesse ardor tão envolvente
Não há limites para amar.
As mãos deslizam pela pele
Os lábios se tocam em frenesi
E a luxúria que nos impele
Nos leva ao êxtase sem fim.
Os gemidos são melodias
Que ecoam pela madrugada
E a lascívia em suas malandragens
Faz fermentar todas libertinagens.
A concupiscência é a chama
Acende o desejo di prazer, a flama
E mesmo que dure apenas uma noite
Deixa lembranças para o amanhecer.
O rio serpenteia, tranquilo
Em curvas suaves e serenas
Cada volta é um segredo
Em águas cristalinas e plenas.
Os peixes nadam, felizes
E as árvores se curvam
O rio canta uma canção
Que a natureza eterniza.
Em seu leito profundo
O tempo parece parar
E as águas do rio
Nos convidam a sonhar.
Ascende a chama
na memória
Faz acontecer
a nossa história
O que ficou retido
anos atrás
Vem aos poucos
e se compraz.
Quando o crepúsculo chega
O céu se tinge de cor
A noite se prepara
E a estrela é o resplendor.
O sol se despede lento
Deixa um brilho a sonhar
E as sombras vão crescendo
Com um mistério no ar.
O horizonte se apaga
Em tons de vermelho e azul
A noite abraça o dia
E a lua é o seu cúmplice.
Na rua movimentada, passos apressados ecoam
Cenário do cotidiano, onde histórias se destoam.
Nas esquinas da vida, sorrisos e olhares se cruzam
Um mosaico humano, onde sonhos se conduzam.
O aroma do café nas manhãs serenas incertas
A rotina começa, a cidade inteira desperta.
Escritórios e escolas, um turbilhão de atividades
No palco do cotidiano, desdobram-se realidades.
Crianças brincam nas praças, risadas ao vento
Enquanto o sol dourado pinta o céu no firmamento.
Trabalhadores almoçam, pausas na correria
No ritmo cotidiano, cada minuto é histeria.
No trânsito congestionado, buzinas e suspiros
A pressa e a paciência em um duelo de tiros.
Mas entre os momentos de caos e agitação
Há instantes de calma, de contemplação.
Ao entardecer, no crepúsculo céu em tons de fogo
A cidade adormece, a noite traz seu jogo.
Luzes nas janelas, estrelas no alto a brilhar
No teatro do cotidiano, a vida continua a dançar.
Em lares iluminados, histórias são compartilhadas
Vidas alvoroçadas, amores e risadas costuradas.
No palco do cotidiano, enredos se desenrolam
E em cada dia vivido, novos capítulos se formam.
Assim segue a vida, em sua jornada constante
O cotidiano, um poema vivo e vibrante.
Nas pequenas coisas, na rotina que se repete
Encontramos beleza, onde o coração reflete.
No bosque, a floresta sussurra em segredo
Cada árvore ergue-se como um nobre enredo
Na mata, a vida flui em mágico passaredo.
No bosque, as folhas sussurram segredos de amor
E o riacho murmura canções com fervor
Em cada recanto da natureza, há vida e calor.
Nos campos da querência
Onde o sol se põe no horizonte
Tem gaúcha sensual em evidência
Um encanto que não aceita afronte.
Nas trilhas de chão batido
Caminha com firmeza e graça
Despertando suspiros e sorrisos
Deixa sua audácia, por onde passa.
Olhos que reluzem como estrelas
Reflete a alma valente e cativante
Ela é feita de coragem e beleza
Fusão de bravura no semblante.
Veste bombacha e pilcha de prenda
E dança o vanerão com elegância
Sua ginga é um poema em renda
Uma lindeza sutil em abundância.
É poesia solta e livre, porém séria
Alma de uma mulher guerreira
Ela é gaucha forte e gaudéria
Coração quente como chimarreira.
Nos fandangos e lidas campeiras
A gaúcha sensual se destaca
Sorriso largo e alma verdadeira
Ao som do fandango, ela se abraça.
Entre o mate e o chimarrão
Seu jeito doce e decidido, encanta
É a força da gaúcha e sua tradição
Orgulho do pampa que acalanta.
Monta à cavalo com desenvoltura
Galopa pelos campos sem temor
Revela a essência de uma cultura
Que perpetua no tempo, com fervor.
Gaúcha farroupilha é seu coração
Orgulho de uma terra sem igual
Teus versos, tua história, tua tradição
Enchem corações de um amor inigual.
Nos desafios, a vida se revela
Testando nossa coragem e destreza
São obstáculos que enfrentamos com zelo
Provando nossa bravura e fortaleza.
Caminhos íngremes, incertos e obscuros
Desafios que nos tiram da zona de conforto
Nessa jornada, crescemos e amadurecemos
Superando limites, alcançando o porto.
Desafios são convites à superação
Oportunidades de aprendizado e evolução
Neles encontramos nossa verdadeira essência
Descobrindo o poder da resiliência.
Então, não temas os desafios que surgem
Pois neles reside a chance de transformação
Com coragem e perseverança, emergem
Vitórias conquistadas com determinação.
Deixe o vento levar o que não te faz vibrar
Liberte-se das amarras que te prendem
Solte-se ao vento, deixe a alma voar
Permita que novos horizontes se estendam.
Deixe-se levar pela brisa suave
Sinta a liberdade acariciar sua pele
Solte-se ao vento, sem olhar para trás
Descubra um mundo de possibilidades reais.
Deixe as preocupações se dissiparem
Encontre a leveza que habita em seu ser
Solte-se ao vento, ouse se aventurar
Descubra a magia de simplesmente viver.
No abraço do vento, encontre sua essência
Desperte sua verdadeira olência divina
Solte-se ao vento, com coragem e confiança
Permita-se viver uma vida plena e genuína.
A hipocrisia é a máscara que muitos usam
para esconder a verdadeira face
de seus princípios,
transformando a sinceridade
em uma virtude rara.
Na tristeza, as lágrimas caem como chuva
Um peso no peito que a alma curva
Mas lembre-se, a tristeza é passageira
Logo o sol voltará a brilhar na sua vida inteira.
Na tristeza, o coração se entristece
Mas é preciso lembrar que tudo se fortalece
Os momentos difíceis são apenas uma fase
A esperança renasce com força e coragem.
Na tristeza, a dor parece insuportável
É esse momento que nos torna mais capazes
Enfrentar os desafios da vida sem voragem
Achar felicidade em meio à tempestade selvagem.
Na tristeza, os olhos se enchem de lágrimas
O coração se aperta e a alma se agita
Mas lembre-se, a tristeza é apenas um momento
E logo a alegria voltará, trazendo alento.
O caráter revela-se
não nas palavras que proclamamos,
mas nas escolhas que fazemos
quando ninguém está nos observando.
Na beira do mar, as ondas beijam a areia
A brisa suave sussurra segredos das sereias
No litoral, a natureza em harmonia alardeia
E o horizonte se estende como uma tela cheia.
O sol se põe, tingindo o céu com cor dourada
E as estrelas surgem, uma a uma, na vastidão
O mar, dança e canta uma melodia encantada
E a paz se instala, abraçando o coração.
Na vastidão dos pensamentos, um labirinto sem fim
A loucura dança, como um sussurro no jardim
Cores vivas e sombras profundas se entrelaçam
Na dança da loucura, as fronteiras se deslaçam.
Palavras que rimam em versos desconexos
A mente se perde em labirintos complexos
Sinfonia caótica, um turbilhão de emoções
Na loucura, encontramos estranhas revelações.
Como as estrelas que dançam no céu noturno
A loucura cintila, um fogo queimando soturno
Misto de sonhos e pesadelos, vórtice a girar
As certezas se desfazem, é difícil aterrissar.