Coleção pessoal de ChrisBorges

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Sou virginiano
com ascendente em touro
Lua em capricórnio
Sou chão, sou terra e sou lava
Intenso como a pedra,
profundo como a rocha
Sou a raiz que se expande
Que se se estende
Sou o grão de areia
Carregado pelo vento
Sou a semente na boca do esquilo
(nossa, que esquisito )
Aquele que busca uma boa terra para gerrninar.
Sou a árvore da dúvida.
Sou Chris Borges.
Muito prazer.

Igual o riacho manso
Sigo o meu fluxo
Manso e sereno na superfície
Louco e intenso por baixo
A profundidade de meus desejos
Se refletem em lampejos
Círculos da pedra jogada na água
Trazendo caos na minha ordem.

Vamos bailar
Vamos dançar
Vamos nos alegrar
simplesmente extravasar
Energia espalhar
Movimentar o corpo
Relaxar o coração
Deixar a emoção sonhar
Vamos viver
Acreditar
Vamos experimentar.
Vencer o medo e nos atrever
Vamos dançar?

Sou tão antigo quanto a minha alma
Sou tão velho quanto o meu espírito.
Muitas vezes acho que nasci no século errado
Algumas vezes acho que nunca morri
Pois carrego em mim romances antigos
Paixões verdadeiras
Amores tão irreais, mas mesmo assim,
Tão tangíveis
Que sinto até o cheiro.
Assim começou a minha história.

A vida é engraçada
Você sempre quer se livrar dela
E nunca morrer
Por mais que nunca acreditei em destino
Por mais que eu reconheça os meus erros passados
São eles que sempre me acenam
Repetições do meu erro
Eterna e imobilizante erros
Eu nasci errado.

Uma flor nasceu no deserto
Ignorante em minha própria ignorância
Eu me pergunto
Armadilha? Possivelmente é provável ...
Mas, mesmo assim, me vejo na encruzilhada
Ahhhh, mas a sede é tanta,
a vontade é descumal.
Eu sei a minha própria responsabilidade
Devo manter todos vivos
Família, sonhos, profissão
Até mesmo minha própria e estimada vida.
Todos nós somos a nossa própria biografia.
Mas, mesmo assim, é grande a ansiedade , a sede ... a sede da flor
Eu, sim, já vi e vivi tantas vidas em minha vida
Mas simplesmente todas elas se perderem
Em fumaça e passado.
Mas a vida que ainda existe em mim? E ainda me impulsiona? Ainda existe?
Pela simples ansiedade de beber e viver??
Ahhhhh.
Será por isso que eu mesmo tenho inveja do meu próprio passado?

Será que eu meu perco em uma miragem? Em você?
columbina
Vou mesmo me perder em meu desejo?
Coçando a minnha própria arma, que sempre foi muito bem lubrificada e que nunca falhou? Igual um cowboy que ansioso, espera o próximo tiro ?
a pergunta persiste. . .
Que linda flor linda é essa?

Vc é minha flor amarela, columbina que nunca esquecerei
Desejo que não concretizei
Você é o sonho que sempre levou a cama
Você é a flor que me enlouquece
Você é tão gostosa. ..

Te desenho

Em minha mente desenho o teu rosto.
Começo pelos olhos,
que me provocam com seus mistérios.
Profundos, intrigantes, brilhantes.
Pincelo com cuidado as sobrancelhas,
moldura delicada do olhar
alinhada em perfeita harmonia.
Escorrego pelo nariz.
Me prendo na tentação de sua boca.
toda atenção a cada detalhe:
o gosto do beijo,
a umidade dos lábios,
os nuances da língua,
a beleza do sorriso.
Tiro a cor do batom para ver a natural.
Me perco nos cabelos,
me afogando em um mar de prazer.
Acaricio o rosto com as pontas dos dedos.
Ansioso para sentir novamente
a maciez e o frescor da pele.
O calor do desejo,
a força da alegria,
a paz da paixão.

Brincadeira Boa

O algodão é doce.
O beijinho, de coco.
Suspiro de açúcar.
Gostinho de brigadeiro.
Risada de criança.
Moleca travessa.
Alegria contagiante,
corre pelo parque.
Mulher sapeca,
quero te fazer arte.
Vamos brincar de beijar?

Quem é você?
Quero te conhecer
Quero dançar com você
Até o dia amanhecer
Bolero, samba, forró
O que aparecer
Quero conhecer o seu corpo
Mergulhar em seu sorriso.
E do mundo esquecer
Eu quero te conhecer
E o seu corpo ter.

Abraço minha tristeza
Com a intensidade da criança que me pertence.
Sou resultado de minhas consequências.
Não uma vítima das circunstâncias
mas algoz do meu destino.
volto ao exílio da minha solidão
Tão familiar e segura
Tão minha.
Na profusão de sentimentos
Sinto a harmonia do caos.
confusões, desencontros
Encanto e desencanto
Riso e choro.
Abraço a minha tristeza
Como abracei a minha alegria.

Sou composto de vida.
Sentimentos, emoções e desejos
As vezes vividos, mas muitas vezes sonhandos.
A minha vida é vivida na estrada
Milhares de risos e risadas
Tão brilhantes quanto as estrelas
A minha vida é vivida no chão de um bar
Tão suja quanto a pornografia
Vomitada, cuspida, escarrada,
descartada,
indesejável, divertida.
Minha vida é como a do homem santo
Concentrada, penitente, resistente.
Uma vida pura e santificada.
A minha vida é da flor amarela.
A minha vida é uma eterna procura.

EPOPEIA DE UMA ROSA

I
Rosa, roseira, rosal
Insprira, respira e transpira
perfume de alegria sem igual
Roseiral de videira
Exalando coragem e vitalidade
Em um mundo ausente de verdade
II
Rosa
Alegria feliz despudoradamente gostosa
Sorriso iluminado contagiatemente vigorosa.
Rosa
Palavra forte certeiramente frondosa
Malícia delícia malandramente capoeira
Brilho sagas divertidamente curupira
Dança solta revigorantemente brasileira.
III
Rosa dança livre e firme
Objetiva, grita, berra e chora
Incomodada, nunca se acomoda
Inconformada, nunca se acovarda
Indignada, não se assusta com nada.
IV
Rosa não é uma, rosa são várias
Impossivel mante-la presa em um simples canteiro
Rosa quer levar uma mensagem para o mundo inteiro
Que Rosa pode ser você, ela e nós
E que cada dia é um eterno renascer.

Bebo porque tenho sede
Choro porque tenho vontade
Rir é uma contradição
Grito por não ter opção
Não sou uma cobaia de laboratório
Não me meça, comensure e nem me avalie
Me explore, violenta com vontade
Me coma e me vomite
Me consuma, me explore
Mas não me entenda
Não me explique

sibilante sibilar sibila sem parar
Semblante singular simplesmente secular
sincera seriedade sinceramente sem importar
Seduz sedutora seduzindo sem beijar
Singela sarcástica, não vá se apaixonar.

Perpendicular paralela

Duas linhas não se cruzam por acaso.
Talvez as nossas formem uma perpendicular perfeita
produzindo um ângulo reto
que se encontra de modo exato no prumo.
Adjetivo de dois gêneros (masculino e feminino)
Erguendo-se e descendo em um movimento uniforme e contínuo.
Mas... também, pode ser que sejam linhas paralelas.
Linhas que se seguem lado a lado e que nunca se encontram.
Segmentos de reta, com os mesmos coeficientes angulares
mas que nunca se encontram e nem se tocam.

Já falei de você...

Já falei de você pro meu lençol, minha cama e cobertor.
Falei do seu corpo, teu sorriso e do seu cabelo.
Falei de sua boca, sua força e do seu cheiro.
Falei do quanto eu me sinto bobo perto de você.
Uma criança excitada pela pela primeira vez na vida.
Eles já sabem, te tanto eu contar
quantas loucuras eu faria com você.
Então eles me perguntam:
O que ela tem que te fascina tanto?
E eu não sei responder...

Não entendo, não vou entender. Por que tanta obrigação em ser feliz?
Não sou, não fui e nunca serei?
Não sei é não me importo.
Afinal, o que importa?
Se soubesse, justificaria tudo o que vivi? o que sonhei? O que sofri?
Não importa.
Não sou feliz e pronto.
Carrego minha infelicidade como uma jóia rara.
E me orgulho disto.
Sou infeliz e pronto.
E, ao dizer isto, subitamente, me sinto feliz.

Poema infame

Quero você linda, como que é.
Pois sim, você sempre é.
Quero você forte, quando puder.
Frágil, quando sentir.
Quero você doce, quando quiser.
Apimentada, pra se divertir.
Quero você impaciente, pra divergir.
Paciente, pra me corrigir.
Quero você de mau humor, quando acordar.
Bem humorada, na hora de deitar.
Quero você de TPM, querendo me matar.
Mas depois, só pensando em me amar.
Quero você sacana, para eu te odiar.
Mas no fundo, era só pra me provocar.
Quero você independente, quando lhe convier.
Fazendo tudo o que lhe vier.
Quero você para beijar, beijar e beijar.
Pois o que eu mais quero é te amar.

Há quem diga que o sonho pertence à noite, na segurança do travesseiro, já eu digo que o sonho pertence à vida, na insegurança de viver.