Coleção pessoal de celinamissura
Que Deus?
Conversamos com Deus
Na nossa imaginação
Mas desprezamos o irmão que nos afligiu e traiu
Ajudamos muitas
instituições de caridade com gestos de solidariedade
Mas não acolhemos o nosso desafeto que está aqui bem perto
Nós mostramos aos outros
Que somos pessoas de bem
Mas nosso amor não cresce, é atrofiado, não vai além
O estranho recebe nossa amorosidade
Mas o desapreço é ignorado anulado
e descartado
Do nosso afeto, deletado
Afinal, somos que categoria de cristão?
Biblia em uma mão sem os versos do perdão
E na outra o rigor, a mágoa e punição?
O Deus Encarnado é Luz e pregou a compaixão
Ou acolhemos Jesus no outro
Ou somos falsos cristãos
O resultado de memórias, experiências, atitudes, decisões, pensamentos, palavras e coragem, vão influenciar minhas escolhas agora
A cada manhã, celebre a vida, os amigos, renove a fé, contemple a natureza. Seja justo, escolha o caminho do bem.
Dessa vida só vamos levar o bem que fizemos! Viva todos os Santos que nos deixaram exemplo de humildade, fé e generosidade
Finados
É importante e faz parte da cultura de todos os povos enterrarem seus mortos.
É o primeiro passo para a elaboração do luto diante dessa finitude.
Crer na ressurreição prometida por Jesus é um grande alívio, conforto e aceitação.
Renovemos nossa fé, oremos pelos que já partiram.
Há silêncio necessário
Parece as contas de um rosário
Passa uma por uma devagar
Para não ferir e vacilar
Há silêncio doloroso
Que provoca inquietação
Tira a alma do seu prumo
Provocando solidão
Há silêncio de amargura
Por falta de ternura
Que deixa a alma despida
Desprovida, insegura
Há silêncio gritando
Entre vales e colinas
Que seu eco trás na alma
Lembrança mais querida
O silêncio vale ouro
Nos momentos de aflição
A palavra vale tudo
No diálogo é construção
Hoje eu estou,
Amanhã não estarei!
O que fiz que valeu a pena viver?
Amei
Andei,
Me inquietei
Anunciei a verdade
Por onde passei
Nas cidades
Nos campos e nos recantos distantes
Proclamei aquilo que acreditei
Amei!
Curei feridas sangradas,
Rasgadas na carne
Sulcadas pela
Desigualdade
Acolhi, curei
Amei
O ciclo da vida
Ontem eram seis horas
A aurora
Depois chegou as nove horas da existência
Resistência
Tempo da juventude,
Solicitude
Sonhos e projetos
De repente chegou meio-dia,
Idade da maturidade,
Alteridade
Decisões
e crise existencial
Circunstancial
O relógio do tempo não parou
Já chegou para mim as dezoito horas
Sem demora
O sol com a luz em declínio
Plenitude do autodomínio
A noite vai surgindo
Dando lugar ao luar
Rompendo a escuridão
Encantando o coração
E no ocaso os sonhos reaparecem
Sem pressa.
Só para alimentar
E alentar a chama da esperança
Viver cada etapa
É dom
É graça
É oração