Coleção pessoal de allicyalacerda

1 - 20 do total de 36 pensamentos na coleção de allicyalacerda

⁠amores.

sempre escrevi sobre meus amores
mas nunca senti amor sem malícia
mentira
um deles foi bom
bom
até partir
não existe amores passados se já estão todos enterrados.


você disse que me amaria para todo sempre, e depois foi embora.
príncipes encantados não vão embora!
não me deixe no escuro, você sabe muito bem que eu sei morar nele.
por que promessas não foram cumpridas?
"porque não vale de nada se a primeira já foi quebrada"
príncipes encantados iludem corações de moças sensíveis apática?
não, você não devia me olhar assim.
você ganhou, não restou mais nada para você, você chegou no meu limite.
não tem mais cheiro nem sentimento nem calor.
só restou...não restou nada.

algum dia eles irão ver
pelas brechas do quarto
as folhas rasgadas em pedaços
dos poemas rabiscados
das cartelas de remédio ao lado
dos maços de cigarros
e eu caída questionando
o motivo de estar soltando fumaça
do que se tornando uma.

⁠algodão.
os seus cabelos parecem ser feito de algodão
seus olhos são interessantes
seu corpo me alucina
seu beijo me fascina
amar suas curvas é tão fácil
quanto a sua hipocrisia.

⁠chocolates.
lambi meus dedos de chocolate, dessa vez não foi o amargo, foi o de bolinhas.
como um ser consegue ser tão mentiroso quanto as metáforas de um mundo feliz?
não sou juíza, quer dizer, com homem sim.

⁠o diabo em meus olhos.
você me cegou diversas vezes, e em nenhuma delas voltou para dizer se eu estava bem.
bem? eu sei o que é estar bem, e o meu bem não é chorando de madrugada com o coração despedaçado.
o diabo tentou me dizer que tudo isso eu já tinha visto, ignorei, e caí uma, duas, três, quatro, duzentas vezes.
o diabo tem olhos tão brilhantes, ele me disse que só poderíamos ser amigos se eu me livrasse do amor da pessoa que me possuía.
você nunca vai ter um lugar para voltar, não tem mais nada seu aqui, só cheiro de mofo, estou possuída pela minha obsessão.
eu aceito, pai daqueles que já viu o orgulho estacado na alma.

⁠finalmente morreu.
minhas cicatrizes ainda sangram sob seu caixão, engraçado que você já morreu há muito tempo, e eu faço questão de te banhar de todo veneno do sangue que você já experimentou, é verdade, você tá morto, vou começar de novo.

⁠se for para descer, acenda as minhas botas com isqueiro e olhe nos meus olhos e veja o veneno inteiro, minhas mãos estão sendo observadas pelos anjos e o meu mal acima da minha orelha.

eu posso assustar até o diabo olhando apenas para os seus lábios, e ele andaria do meu lado.

⁠posso ser tão santa quanto a sua Maria, mas eu nao iria aceitar um coadjuvante que nem parte de mim faz.

⁠eu sei que vc gostaria de ir se arrastando para ele com seu ursinho na mão e dizendo coisas de rezas súplicas.

⁠quero morar dentro da minha cabeça

ou explodir ela.

⁠tá bom, já entendi que você me acha bonita.
agora me diz algo que você vê em mim, não diga algo óbvio.
Isso não vale de nada quando você é desconexo com arte.

⁠diga-me que odeia ficar comigo
diga-me que odeia que eu seja o seu suspiro
diga-me que não sou seu tipo
tente ferir meu coração em mil pedacinhos
me machuque no inverno
me cure no colchão
diz o quão grande meus olhos são
aprecie o vento que vem com memórias
olhe para mim como se você tivesse no fim do seu livro favorito
eu te acolho e digito
"esse não é o único livro que existe"

⁠entre as ladeiras ou as brechas
possuem olhos famintos no meio
e não são de carne podre
nem das migalhas de ação
que a fome se alimenta
é do cuidado que muitos
não perceberam
é uma pena
não ver a sua cabeça
como oferta
para os
porcos
como
você.

⁠quando você retirar suas botas
deixe-as do lado de fora
não fique preocupado eu irei limpar
não se esgote eu estou aqui para ficar
me olhe fixamente como se eu não pudesse respirar
segure na minha cintura como se não tivesse mais nada para resolver
olhe nos meus olhos com todas as palavras não ditas
e eu vou saber o que te causa uma ferida.

elas estão sempre atrasadas
e ele sempre espera
por que na minha vez
você não espera?
acho que se eu te seduzir
(mais) do que o normal
você esperaria.

⁠⁠você o limpa e admira e diz como a sua beleza o encanta só que você está olhando pro seu reflexo, não é? ele nem é tudo isso, não daria pra dizer que você é dele quando você sabe, que ele pode nunca mais ser o mesmo, em lua nova.
é uma porta, uma rejeição, uma solidão, e não a minha solidão, a solidão de sentir como eu queria que você estivesse ali.

sangre por mim

veja fora do corset, eu sou seu sonho.

me diz o quanto você me deseja e assim eu consigo ter o prazer de pisar em você (risos) desculpa por ser tão quente, consegue sentir? seus lábios estão molhados, do mesmo jeito está lá embaixo? (risos).

você me ama? leve uma facada por mim.

você me ama? leve uma faca até mim.

você me ama? leve a faca aos meus lábios.

eu cortaria essa boca, só pra te ver sofrendo de dor, mas não por qualquer coisa e sim por mim.

eu sou uma poeta triste absorvida em pensamento suicidas
e desejando o meu amor novamente no fundo das colinas.

⁠quando o vidro se soltar
e a luz estiver a sua vista
vai lembrar da falta de modos
dos cacos sujos vai se lembrar
de como amava como gostava de passar o tempo admirando até que você soltou de repente porquê não
aguentou o peso diferente e você nunca mais conseguiu voltar a ser o que era antes.