Coleção pessoal de AllamTorvic

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O viajante,
é um cultivador
na linguagem das árvores,
tem vocação para sementes,
e, lança ao campo fértil
a boa palavra

Experiência de peregrino. ⁠
.
Eu via uma terra de viajantes, terras distantes.
Alguns jovens sentado à margem, pássaros cantando,
ramos de flores, algumas cores do presente.

-- Vi uma geração, cantando alto aos montes,
vi brilho de criança, com sorriso de paz,
havia mares ao redor da ilha,
o sol era quente; havia nascentes de águas puras

observei e vi vidas, saindo da semente,
músicas clássicas em cantos gregorianos,
os velhos não envelheciam, àespera do final

Havia uma escola de cantos,
fogo sagrado em cada instrumento,
os instrumentos eram homens
que através da história
buscavam fazer uma cidade melhor

Sábios, juntos da palavra,
sábios, perto de Deus
cidade fortificada,
cidade poética

O vento,
vem, e vai para aonde?
brilhando, remando
é noite incerta
é dia brilhando,
o vento é horizonte,
até quando ?
o vento vem repousando,
em tempos de mares, amores
é fim de tarte,
o vento desce ,
cantando....

⁠Fios de beleza, ao fim da tarde
a imagem do sol
é um poema de esperança.

O viajante,
é um homem ligado à terra,
trocou a casa por uma estrada,
fez da beleza, uma linguagem
fez da semântica, um olhar.

⁠Na engenharia das cores,
o silêncio era chama úmida,
havia uma voz do vento
um poço de milagres, ao tempo
E, em cada momento,
eu via, Jesus passar...
.
Dizia, o viajante

O viajante chega a terra da poesia⁠; saindo alguém ao seu encontro, disse-lhe:
-- Sr. viajante, aqui é tudo diferente, as leis são os hábitos,
e as linguagens são as árvores,
há um liturgia do amanhecer, uma liberdade no sentar
e uma honraria ao morrer

Aqui, ninguém é esquecido, sem que outro possa lhe tocar
não há lugar escuro, toda luz que brilha no céu
ilumina esse lugar..

O Viajante iluminado, na terra da poesia.

⁠E se corresse atrás do vento,
o que seria a liturgia do tempo,
qual seria o destino final?

⁠A experiência da poesia,
aquiesce a chama da esperança
avia-se, a vida a harmonia das cores
dialoga, com o sublime interior

A beleza dos meus olhos,
tem um pouco de morada em ti,
porque o meu eu no mudo do mundo
é um modo cíclico à esperança

vida estranha, essa minha
sabe-se, o pretérito do silêncio
mas não o objeto do amor
a herança do tempo
os pés da mudança
mas estou feliz
mesmo sem compreender
.
O viajante iluminado, "analogias do amor".

⁠De onde vens, oh! nuvens da tarde?
que tristeza é essa em seu olhar?
névoa, seiva e ventos,
para aonde vai as tuas certezas?

é pouco teu sorriso,
é forte o teu cheiro,
a cerviz da vida é dura,
mas o que procuras
tão longes assim?

Aguas de repouso?
alegria do sopro
o que significa essa roupa branca
que se desfez com o vento ?

O viajante iluminado, "conversando com as nuvens".

⁠O sol da tarde findando-se,
amanhã será um outro dia
da minha janela eu vejo as nuvens
em seu caminho de despedida

⁠Aqui, de perto, tão longe...
homens, pedem para descansar
pais e mães, indo e vindo,
filhos à descobertas, olhar
memórias douradas
verdades inventadas,
e faces de beleza
com cheiro de cotidiano
é segunda-feira,
dança nas chamas do almoço
um brinde sem nome, sem data
um ritmo familiar...
pratos, pia, louça
e a eternidade brilhando
dentro de cada um
na vontade de viver
todos em forma singular
.
O viajante iluminado, "A beleza do cotidiano".

⁠Mais um dia nasceu!
pensamentos voam pela janela
essa casa me conhece,
a flor da terra é respiração
.
Aqui é longe
mas tal real
toda forma de vida
aqui, são agradecidas
.
Em ritmo ordenado,
o sol faz-nos, um convite:
desperta! desperta!
vamos caminhar...

O Viajante iluminado, in hóspede da casa do lago.

Se o nosso coração está em shalom
a casa da nossa alma está em paz,
frutos e belas flores surgirão,
descanso, repouso, abrigo.

⁠O silêncio,
traz duas coisas importantes para o debate⁠;
primeiro, o constrangimento,
segundo, um espelho...

⁠⁠Vos escrevo com letras grandes,
para exorta-vos, o que importa:
é ser uma nova criação
paz e misericórdia no andar
a exposição da mensagem da cruz!
.
"peregrino", in paráfrase de gálatas 6.

⁠No olhar de Deus,
cabe o vasto espaço e oceanos,
números de todas as eras,
berechit bará Elohim
onde transpõe todas as dimensões
.
Em vão fica o tempo,
para os mortos, não há silêncio,
todas as linguagens são compreendidas
o nome de todos os lugares,
todos os olhares
para ele é apenas um
.
Deus é! Deus há
haja luz,
brados de alegria
onde está o morte a tua vitória?
nosso Deus, venceu!
.

"O viajante iluminado", in composições e salmos.

⁠Admiro minhas limitações,
no espelho, sou humano
ovelha que precisa de aprisco,
ainda que alguns versos transcendam,
O belo também é esquecido
.
o cotidiano é supremo lugar
a vírgula pontual de mudança
tudo que procuro,
propus e que sai de mim,
não há duração
mais que um dia,
depois do sol

-
"O viajante iluminado", in depois do sol...

⁠⁠No postremo vagão do trem,
tem alguém, no hemisfério da dúvida
de cabeça baixa, à vida
imaginando o dia,
uma folha branca na mão,
escrevendo...
na pausa,
o trem passou..