Coleção pessoal de aguiasol

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Encantos e paixões...

O encanto é a chama que alimenta a minha paixão... Meu amor, bem mais exigente, é alimentado por centelhas de pura sensibilidade presentes nas tuas palavras, gestos e ações.

Confiança...

Fina taça de cristal!
Uma vez quebrada,
sempre
que
bra
d
a
ficará.

Descaminhos

Marcas vazias, carimbos no nada...
O que posso eu esperar dos temporais, além da fúria devastadora por onde passam e o cheiro da morte no ar?
E do homem? No coração, a vingança; sobre a cabeça, um manto de luto...

Efêmera chama...

No limiar da esperança,
Longos são os dias, as noites...
Nas horas caladas,
A espera

Efêmera chama,
Taça depositária de ilusões
Frias são as lágrimas, o silêncio...
Na pausa forçada,
A queda

Ardente ontem,
Agonizante hoje
Incertos são os caminhos, os ventos...
Na dor mascarada,
O amor em fragmentos

Nada mais...

Meu canto...

Em notas caladas diviso
O ontem, o hoje, o sempre...
Sempre presente canto,
Âncora do silêncio refletido
Na imensidão da tua Presença
Meu canto...

Do passado, resta-nos carregar os fardos ou extrair-lhes as sementes (lições), deixando ao largo do caminho o bagaço que não nos faz bem...
Tais sementes, lançadas no solo do presente, germinarão e - em tempo certo - frutificarão, propiciando-nos distintos sabores aos quais não teríamos acesso, senão pelas vias da "dor suportada" com amor, consciência e resignação.

Pesadelo

Um sonho! ...
Castelo construído
Nas areias movediças
De um coração embrutecido

De tudo o que - outrora - contigo vivi, restou-me o sabor da saudade amalgamado às notas harmônicas da tua presença nos fins de tarde outonais...

Busco na essência das palavras a força do sentimento que as gerou... Fragmentos perdidos, lembranças de alegrias e tristezas dos meus dias "esquecidos". Saudade!

Lágrima de poeta...

Entre pautas e pontos
Palavras, palavras...
Ocultas na emoção primeira,
Desvelam a parte escura
Que se perde dentro delas

Em tempo

Sou náufraga desse mar
Que te arrasta... Afasta-te!

Por quê?

Eu sei?... Certezas
Não recolhem passos,
Nem tuas marcas em mim

Ah! Marcas, marcas...

Não sem agonia,
Liberto-te!
E...
Aqui, minh'alma silencia!

Lágrimas não lavam sem antes embasar. Como brumas, ocultam a vastidão dos mares e depois nela se dissolvem...

É outono...
Como folhas, quedo-me às horas sem horizonte de mãos vazias... Uns parcos grãos atirados ao solo, por certo, não germinarão.
Então... Quebro o silêncio ou - resignada - aceito a queda? Cadê teu ombro, agora?
Se vejo, não sinto; se sinto não há escolha, senão adormecer... E renascer em verdes dias.

Construo a minha história por caminhos incertos; levo no bojo uma certeza: tudo o que surge, desaparece... Permanece tão somente o ESSENCIAL!

Serena sou
Como serena é a brisa do outono
Às vezes, um vendaval...

Deixa-te levar pelas águas claras que jorram de ti e - guiado pelo amor - não temas o breu das "noites sem estrelas"... Segue placidamente teu curso em busca do grande mar, pois assim serás capaz de ouvir e entender a linguagem do Universo presente em cada partícula que o compõe.

Compreendemos o real significado do amor em ação quando nos libertamos das múltiplas ilusões que o distorcem e passamos a sentí-lo como fonte essencial do movimento da vida presente no simples que a sustenta, na unidade que a fortalece...

A PRESENÇA de quem verdadeiramente ama é algo que ultrapassa os limites do tempo; as fronteiras ilusórias do espaço... Muito mais que ESTAR PRESENTE, é preciso SER PRESENÇA para compreender a dinâmica do AMOR UNIDADE.

_________________, nada que se possa dizer ou fazer anulará retalhos do tempo embebidos de dor e saudade...
Silêncio, palavras, notas da vida não preenchem o vazio experimentado frente à definitiva travessia de quem amamos: você que - pelos sublimes elos do amor maior – ocupa lugar cativo em nossos corações.
No entanto, conforta-nos saber, este mesmo vácuo - com o passar das horas insípidas – abrirá clareira à significativas travessias esboçadas nas pautas do nosso viver. A morte é porta...

AMOR, LIÇÕES e SAUDADE, sempre!


P.S. A morte é condição para que possamos realizar novas e significativas travessias a cada amanhecer que desponta dentro de nós...
Para mim, ela tem um significado especial: é porta do irreal ao real; da escuridão à luz; do trivial ao essencial; da "morte" à imortalidade... Assim, uma vida que desconhece o vácuo oriundo das sucessivas mortes experienciadas em alto mar é incapaz de vislumbrar a magnitude do porto que a aguarda.

Sou MULHER, sou POESIA

Sou mulher, sou poesia
Nos teus sonhos,
FANTASIA

Sou mulher, sou guerreira
Nas lutas,
COMPANHEIRA

Sou mulher, sou aliança
Nas sombras,
ESPERANÇA

Sou mulher, sou alegria
Na leveza do meu ser,
HARMONIA