Coleção pessoal de Agentedocaos

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Sacrifício não é redenção. O masoquismo coletivo, deve se rebelar contra o sadismo reacionário que fere os olhos do mundo, pois o sacrifício anula os sentidos.

Para o gênio, a morte é o começo da imortalidade.

Para o escritor, muitas vezes, as palavras criam o desejo e não o contrário.

A mediocridade pode até ser amena e agradável a alguns, pois ela é morna. Mas a arte, a verdadeira arte, imponente, perturbadora e visceral, corroí e alimenta os sentimentos mais íntimos, colore as mutáveis personalidades do admirador, desvenda universos internos, rompe lacres do pensamento numa profanação sagrada, que só a ela é permitida.

As sensações possuem algo de sagrado, de fascinante, de fantástico, qualquer tentativa de expressá-las é uma cópia imperfeita, escondida na barreira intransponível que existe entre, o infinito universo interior da sensibilidade, e as limitadas palavras de qualquer idioma. Há algo de belo, de insano, algo de perverso no poeta, ao explicar o inexplicável.

A arte literária possui o dom do drama, através dela podemos invadir o reino da fantasia e nos confrontar com a realidade, ela impõe seu domínio romântico até se tornar imbatível.

Não há fronteiras entre espírito e matéria, alma e corpo. O ímpeto psíquico é um instinto magicamente racional, que poucos reconhecem.

A imortalidade é quando o poeta se torna a própria poesia.

É muita ingenuidade, achar que só porque algum argumento é irrefutável, ele seja também verdadeiro.

Responsabilidade é como uma doença, involuntariamente se apodera do seu corpo e da sua mente e pode escravizar de forma perversamente dissimulada.

A verdade é relativa, e a realidade também.

O indivíduo que se curva as néscias regras da sociedade, se anula da pior forma possível, é um clichê a caráter. Só um cadáver não questiona, não contesta e não se impõe!

Não há objetivo na vida, a não ser amar e desafiar o mundo. O mundo, esta máquina monstruosa com milhões de olhos invejosos e milhares de dedos apontados em vão.

Algo que não se pode questionar?! Dogmas são irracionais, são a sepultura do intelecto.

Uma verdade emotiva acaba se transformando em uma mentira intelectiva, é quando surge a intuição poética. Sem a imaginação seriamos irracionais, tão inanimados quanto uma pedra.

Permanecer fiel a valores, mesmos estes estando errados ou ultrapassados, evidencia uma séria atrofia mental.

A idolatria não é nada além do amor ao sacrilégio.

O artista que se oculta em sua arte, não deve ser chamado de artista, sua suposta arte é tão vazia e amorfa quanto uma superstição.

Qualquer verdade que se preze, é em essência paradoxal.

Ignorar o prazer é uma pretensiosa ilusão ortodoxa. O prazer é sagrado!