Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)

Nunca um amante, por eloquente que seja, crê ter dito o bastante no interesse do seu amor.

O amor, no seu estado social, talvez não tenha nada razoável senão a sua loucura.

O amor deve considerar-se como um grande poema, cujo primeiro canto é o casamento.

O amor não é o lamento moribundo de um violino longínquo - é o rangido triunfante das molas da cama.

No amor, a economia dos sentimentos e dos prazeres é a única metafísica apreciável.

O amor retorna sempre ao coração nobre / como o pássaro aos ramos da selva; / a natureza não fez o amor antes do coração nobre, / nem o coração nobre antes do amor.

Quem não sente qualquer amor, tem de aprender a lisonjear, senão não se arranja.

De que pode servir ter lido três mil livros,/Quando já velho se é indigno do amor do povo?

A gente sabe que o amor existe graças aos crimes passionais que a imprensa regista diariamente.

O ódio não cessa com o ódio em tempo algum, o ódio cessa com o amor: esta é a lei eterna.

Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Amor de Perdição, 1862

O amor agrada mais que o casamento, pelo mesmo motivo que os romances divertem mais que a História.

O prazer do amor dura apenas um instante, os desgostos do amor duram toda a vida.

Diante do amor existem três tipos de mulher: aquelas com as quais nos casamos, aquelas que amamos e aquelas que pagamos. Todas essas podem muito bem estar numa só. Começamos por pagá-la, depois a amá-la e, por fim, casamo-nos com ela.

À medida que os sentidos avançam e se desencadeiam numa direcção, o amor verdadeiro exaure e retira-se. Quanto mais os sentidos se tornam pródigos e fáceis, mais o amor se contém, empobrece ou se torna avaro.

Com o amor dá-se o mesmo que com o vinho. Perdoem-me as leitoras o pouco delicado da confrontação; mas bem vêem que ambos embriagam.

Considera como maior infâmia preferir a vida à honra / e por amor àquela, perder a razão de viver.

O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.

A aurora do amor é a quadra de devaneios e fantasias, em que a vida do coração principia e exerce sobre nós o seu mágico influxo.

O amor começa pelo amor; não se pode passar de uma forte amizade senão para um amor fraco.

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