Cecilia Meireles Criancas
A ociosidade de meu ser me leva a escrever, as palavras fluem e a alma frui o pensamento, meu anseio meu alento.
Deveras pois considerar o tempo, preciosidade que não temos condição de mensurar valor, ainda mais quanto aos que pouco vivem.
O que eu fui já não sou mais, o que sou estou deixando de ser, sina da vida que nos leva a envelhecer.
Somos um todo, com um pouquinho de cada ser. Somos o nada, se unidos não soubermos viver.
Somos, somar, só amar e feliz ser.
O carinho é como a flor em seus botões, desabrocha em colorir e exalar o seu odor, tal planta sem flor nos aremete às solidões, de um coração solitário, sem seu amor sem ter as doces emoções.
Qual o desejo ou promessa que você sempre se faz todo ano novo? O quanto você ja conquistou dessa tarefa?
Se sua resposta foi nada eu te pergunto: até quando você ira continuar empurrando seus desejos com a barriga?
Quando se deixa de estudar por pensar que já se sabe demais se está desaprendendo a lição mais importante da vida, que se é sempre um aprendiz.
Poderosas? Poderosas são as pessoas que conseguem estar, andar e abraçar todo mundo, nunca concordar com elas e fingem que tudo está bem. São deuses, sou humano!
Às vezes que me decepcionei com os outros, foi porquê eram iguais a mim, e demonstravam serem deuses - eram humanos! Esperava mais deles, diferenças.
Não me canso de trocar experiência, porquê não me canso de aprender; e todos me ensinam a ser ou como não ser, fazer ou como não fazer.
O passado nos atormenta e o futuro fustiga a gente, mas precisamos achar o equilíbrio e viver enfim o presente.
Sofremos pelo passado e vivemos ansiosos pelo futuro, e geralmente perdemos a dádiva do presente. Certo e que cada indivíduo reage de maneira diferente, mas todos padecem de alguns desses males, indiscutivelmente.
Buscar viver a realidade é querer viver aprisionado na dor.
Vive-se algemado com o sofrimento.
Um pouco de fantasia faz bem.
Buscar a liberdade depois da experiência de se viver na realidade, é se sentenciar a uma penitência.
Enquanto vivemos, aos poucos morremos. Como pedaços arrancados do ser, vemos quem amamos desfalecer. Nos restando a dor da saudade, lembranças que trazemos da tenra idade. E a esperança do reencontro, nalgum lugar da eternidade.
Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos."( Friedrich Nietzsche). O quê fazer quando os três poderes se tornam partidários?
SEM LIMITE
É juntando os cacos dos outros
Que aos poucos,
De caco em caco
Vai-se despedaçando...
É limpando as sujeiras de alguns,
Que de lixo em lixo
Vai-se emporcalhando.
É guardando os segredos de confidentes,
Que de silêncio em silêncio
Vai-se perdendo a voz e a vez.
É de tanto se doar,
Que de agrado em agrado,
Vai-se perdendo nos outros
E a própria identidade.
O melhor da maturidade é perceber que apesar das adversidades se pôde viver momentos de felicidades.
Nas minhas fraquezas enxergo a humanidade dos outros;
Nas minhas dores entendo os seus medos
E nos muitos esforços pra agradar, os favores... Ninguém é obrigado a nada.
