Cecilia Meireles Criancas
A vida é um baile e cada indivíduo ostenta sua fantasia. Uns com temas alegres, outros com temas sem alegria.
O maior terror da vida é a sua extinção. Quem não teme o terror da morte é porque já está mortificado para este mundo.
Caráter é ter cara, ser autêntico, honesto, honrar sua palavra, poder andar de cabeça erguida em meio a multidão de canalhas.
Quais seres limitados, estamos nós aprisionados, em cadeias carnais aguardando a liberdade quais seres espirituais.
Já não me importo mais como me importei, a vida pede pressa para viver o hoje, porque o amanhã eu não sei.
Amigos, quem tem? Valem mais que ouro, incalculável é o valor, amigos verdadeiros valem o preço do amor.
A vida e a flor, há vida na flor, a vida em flor.
O amor e a poesia, há amor na poesia, o amor em poesia.
A vida, a flor, a poesia e o amor.
O amor não é uma flor roxa, muito menos nasce no coração de um trouxa.
O amor é pureza que se manifesta no ser, dá sem receber.
O caos da vida, um destino cruel, uma lágrima caída, sem estrelas no céu.
É assim a nossa vida, sem paz e alegria, ironia do acaso, sem enxergar uma saída.
Mas o tempo é parceiro, quando não traiçoeiro, desvanece os entreveiros, qual passos ligeiros.
O amanhã pode ser em raios acalorados, qual a paixão de eternos namorados.
Sempre há uma esperança, como a inocência de uma criança, a selar um novo dia, a enfeitar nossa lembrança.
O amor humano é sagaz, hoje ama, amanhã não mais. Declaração intensa de amor é uma retórica de ocasião, em primeiro momento ama, posteriormente, todo amor se transforma em ódio e ilusão. O verdadeiro amor não deixa espaço para ódio e rancor. Possa ser que venha mágoa, tristeza e desilusão, porém nunca o ódio a ocupar o espaço do amor no humano coração. Se a pessoa disser que já amou e não mais ama, enganado foi pelo sentimento avassalador da paixão, que tanto ilude e engana o coração.
Um sorriso na face é a melhor máscara para ocultar a tristeza da alma. O coração palpitante anseia por solene calma.
