Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
Medos contemporâneos,
Eu sinto medo. quem não sente? Medo do obscuro, do desconhecido. Medo de tudo não sair como eu quero - e nada sai - , medo de amar demais, amar de menos. Medo de me surpreender com as pessoas das quais apostaria todas minhas fichas, e medo surpreender pessoas que apostariam em mim. Medo de ser apenas mais ou nesse mundo que é de poucos. Sinto medo apenas de sentir mais medo...
CLARA
Não sabes, Clara, que pena
Eu teria se - morena
Tu fosses em vez de clara!
Talvez... Quem sabe?... não digo...
Mas refletindo comigo
Talvez nem tanto te amara!
A tua cor é mimosa,
Brilha mais da face a rosa,
Tem mais graça a boca breve.
O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És clara da cor da neve!
A morena é predileta,
mas a clara é do poeta:
Assim se pintam arcanjos.
Qualquer, encantos encerra,
Mas a morena é da terra
Enquanto a clara é dos anjos!
Mulher morena é ardente:
Prende o amante demente
Nos fios do seu cabelo;
- A clara é sempre mais fria,
Mas dá-me licença um dia
Que eu vou arder no teu gelo!
A cor morena é bonita,
Mas nada, nada te imita
Nem mesmo sequer de leve.
- O teu sorriso é delírio...
És alva da cor do lírio,
És clara da cor da neve!
Às vezes, eu queria poder te dizer todos os dias o quanto eu gosto de você; outras vezes, eu só queria poder olhar dentro dos seus olhos, e deixar você ver por si mesma.
Às vezes, eu queria poder juntar todas as palavras bonitas do mundo na mesma frase, para te dizer tudo que eu sinto por você; outras vezes, eu acho que você é a única palavra bonita que realmente me importa.
Às vezes, eu queria poder segurar a sua mão, te abraçar bem forte e me sentir no espaço; outras vezes, eu só queria estar perto de você, e me sentir o próprio espaço.
Às vezes, eu queria poder ser o seu sorriso e a sua proteção, só para você saber o quanto eu me importo; outras vezes, eu só queria poder te dar um beijo que durasse a vida toda, e que te explicasse tudo.
Talvez eu te faça um rap, uma serenata. Te faço um começo sem data pro fim, te faço umas rima chapado com umas garrafas de litrão do nosso lado e com um maço de Marlboro sendo queimado.
Te faço sentir a brisa do mar sem sair do vosso lar, te faço uma composição no violão, te transformo em mil canções de apartamentos na calada da noite, te faço minha sina, minha mina... Mas, só talvez.
Seja sua melhor companhia!
Demorei, na verdade, continuo aprendendo a me priorizar. Eu sempre coloquei os outros em primeiro lugar. Até porque aprendi a pensar nos outros primeiro, e a me colocar no lugar do outro. Mas até que ponto isso é saudável? Com a terapia venho aprendendo que eu tenho que vir em primeiro lugar. Sempre! Até porque, se eu não estiver bem, como posso ajudar meus pais? Como posso trabalhar bem? Como vou estudar adequadamente? Nada vai fluir. Saúde mental importa e muito! Pois ela afeta o físico e rege nossa vida! Autocuidado, amor-próprio não é egoísmo não, viu? Aprecie a sua companhia! Pois, no fim das contas, somos nós por nós mesmos!
Carta do filho ao pai ausente.
Pai, quero que saiba que, com o dinheiro da pensão, eu não posso comprar amor e carinho no mercado, muito menos tapar os buracos que a sua ausência tem me causado.
Pai, alguém que para mim só serve para colocar o nome nos documentos (isso quando assume), que só existe mesmo na papelada, porque amor de pai mesmo eu nunca tive nada.
Querido pai, como eu queria que o senhor soubesse todas as coisas que eu tenho sofrido pela falta de um pai comprometido. Queria que soubesse de todos os Dias dos Pais que passei chorando ou de quando meu aniversário se tornava um dia de decepção, porque, "coincidentemente", você sempre estava ocupado demais.
O senhor pensa que, com um único encontro, uma simples conversa, tudo se tornou automaticamente resolvido? Que as feridas foram tapadas, os traumas foram superados, as lágrimas foram secas e o passado simplesmente esquecido?
E até poderia ter sido, se você tivesse mudado, se começasse a se importar verdadeiramente, se demonstrasse amor, se tivesse comprometimento e se não tivesse achado que, com o seu total desinteresse, já estava tudo perdoado.
Delírios
Colho de tua boca, o doce sabor
De teu amor, que bem sei é meu
E quanto mais eu provo, mais eu dou valor
A tudo o que a vida me escondeu...
Tua face, azulada e lisa
É um repouso certo para minha mão
Teu rosto , em teu olhar me profetiza
A mística densidade da paixão!
Apaixonado, lanço-me sobre teu corpo
Apreciando tuas emoções finais
Abraço-te tão forte, quanto forte posso
E juntos desfrutamos sonhos imortais!
Amo teus encantos naturais
Tua franqueza fria e a doce malícia
Com que me convences, de modos informais
A mergulhar-me num mundo de delícias...
- Eu não sei, Ted. Quer dizer, nós acabamos de nos conhecer... e você me vê com esse olhar tipo...
- Tipo o quê?
- Tipo... 'Vamos nos apaixonar e nos casar, ter filhos e levá-los para o treino de futebol.'
- Eu não vou forçá-los a praticar nada, a não ser que eles se interessem.
- É uma bela visão. Mas você está olhando para a garota errada.
Eu, quando visto pelo outro.
Quem sou eu? Eu vivo pra saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.
O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.
Vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet, ou até mesmo um email que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.
Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias que vivemos.
O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.
Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.
Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou, ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.
Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.
Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado neste processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.
Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito,
Pra sentar e conversar,
Depois andar de encontro ao vento,
Eu preciso respirar.
O mesmo ar que te rodeia,
E na pele quero ter,
O mesmo sol que te bronzeia,
Eu preciso te tocar.
E outra vez te ver sorrindo,
E voltar num sonho lindo,
Já não dá mais prá viver,
Um sentimento sem sentido,
Eu preciso descobrir.
A emoção de estar contigo,
Ver o sol amanhecer.
E ver a vida acontecer,
Como um dia de Domingo,
Faz de conta.
Que ainda é cedo,
Tudo vai ficar por conta da emoção,
Faz de conta,
Que ainda é cedo,
E deixa falar a voz do coração.(Dia de domingo)
Fabíola para mim todos os dias são domingo.
QUEM SOU EU?
Uma pergunta fácil, e ao mesmo tempo muito complexa. Diria que sou apenas mais um ser nesse imenso planeta. Tenho defeitos, qualidades, sonhos e fé.
Defeitos? Sim. Pois todo mundo erra, somos seres humanos, e o ser humano é falho, mesmo com intento de fazer coisas boas, ás vezes falhamos.
Qualidades? Eu tenho. A maior delas é a humildade. Pois sem humildade é praticamente impossível chegar onde desejamos.
Sonhos? Com certeza tenho. Quem não sonha não vive. O sonho é uma meta que almejamos alcançar.
E acima de tudo: a fé em Deus. Pois como diz um velho ditado: você sem Deus é nada. Deus sem você é Deus.
Inaudível
Eu avisei. Nunca tentei chamar atenção, mas gritei em silêncio por meio das palavras e das imagens que deixei pelo caminho. Algumas pessoas disseram: "Pare com isso, não demonstre suas fraquezas." Outras, com olhos que não sabiam ver além do superficial, soltaram um: "Nossa, isso dói tanto." Houve aquelas que simplesmente ignoraram, fingindo não ver, passando por cima como se eu fosse um borrão despercebido.
Mas eu continuei. Me registrei em cada fragmento de existência, deixando partes de mim em cada texto, cada fotografia, cada história contada com alma. Não porque eu esperava aplausos, mas porque queria apenas ser — inteira, genuína, presente.
Lamento, apenas, imaginar que o dia em que eu partir minhas publicações possam encher de curtidas tardias. Não quero esperar a ausência para ser vista, nem que a valorização venha quando meus olhos já não puderem contemplar.
Eu vivi para me deixar em todos os lugares e em todas as pessoas, ainda que nem sempre percebam. E se a vida é feita de encontros e desencontros, que meu rastro permaneça — não para ser aclamada, mas para ser sentida. Inaudível, talvez, mas eterna.
Silenciosa
Quantas vezes eu falei com meu olhar, gritei com o meu silêncio e até com um sorriso que escondia o que as palavras não conseguiam dizer? Tantas tentativas de me expressar de forma discreta, até que o brilho dos meus olhos se apagou e o sorriso perdeu a graça.
Silenciei, mas também gritei com um comportamento que não era meu. Meu corpo, que antes sustentava forças, começou a falar por mim: perdi peso, meu cabelo caiu, minha vitalidade se esvaiu. Tudo porque me esforcei para silenciar a minha dor, tentando não ferir aqueles que nunca estão preparados para escutar — não genuinamente.
Ninguém está realmente pronto para ouvir sobre a escuridão da depressão. Porque ninguém compreende de verdade, a não ser que já tenha mergulhado nas mesmas águas turvas.
Mas eu não desejo que ninguém me entenda. Pedir isso a Deus seria cruel, seria pedir que outros sentissem essa dor em suas próprias experiências. Não, eu não quero que ninguém afunde nesse abismo. Desejo apenas que meu silêncio seja ouvido, mesmo que eu não precise mais gritar.
Indelével
Se um dia eu desistir, saiba que lutei com cada parte de mim, enfrentando os ventos mais ferozes e os silêncios mais pesados. Mas, se um dia eu partir, não diga que não sabia. Eu me espalhei pelo mundo, deixei fragmentos meus por onde passei.
Estou nas palavras que escrevi, nas imagens que capturei com a alma, nos olhares que toquei com ternura. Me registrei em cada gesto, em cada história compartilhada, em cada canto onde deixei um rastro silencioso de quem sou.
Não se trata de me lembrar com pesar, mas de reconhecer que estive aqui, inteira, presente, viva. Eu fui — e sempre serei — uma presença que não se dissolve, apenas se transforma em memória.
Eu sei quem está ao meu lado quando preciso,
Eu lembro quem cuida de mim,
Eu guardo o amor que me dão
E sei exatamente quem merece o meu coração...
És tu,
Que me olhas com tanto carinho!
És tu,
Que não deixa eu me sentir sozinha!
És tu,
Que aguenta as minhas chatices!
És tu,
Que é a fonte dos meus sorrisos!
És tu,
Que está sempre me trazendo lanches!
És tu,
Que inventa mil maneiras para me divertir!
És tu,
Que parece pensar em mim antes de pensar em si!
És tu,
Que acerta os meus desejos e acalma os meus anseios!
És tu,
Que é meu amigo e companheiro!
És tu,
Que me chama de "meu amor" e de "minha vida"!
És tu,
Que me faz sonhar acordada!
És tu,
Que sempre me deixa encantada!
És tu,
Que me dá a mão quando eu preciso!
És tu,
Que me dá bronca quando eu preciso...!
És tu,
Que me escuta falar sem parar!
És tu,
Que não sai do meu pensamento!
És tu,
Que está em mim todo momento!
És tu, sempre tu!
Anfiguri
Aquilo que eu ouso
Não é o que quero
Eu quero o repouso
Do que não espero.
Não quero o que tenho
Pelo que custou
Não sei de onde venho
Sei para onde vou.
Homem, sou a fera
Poeta, sou um louco
Amante, sou pai.
Vida, quem me dera...
Amor, dura pouco...
Poesia, ai!...
Essência
Eu queria mergulhar em um poço de palavras inexistentes, um universo onde cada termo fosse moldado exatamente para carregar o peso e a leveza dos meus sentimentos. Palavras que se encaixassem perfeitamente, ocupando todos os espaços vazios da comunicação, como água preenchendo cada canto de uma fenda.
Sonho com letras que não apenas descrevam, mas respirem — que tragam no sopro de cada sílaba a essência do que sou e sinto. Que falem de coração para coração, sem deixar margem para dúvida, sem arestas que cortem a compreensão.
Que cada palavra escolhida seja um reflexo límpido de um pensamento decifrado. Que cada frase construída seja uma ponte direta para a alma. E, acima de tudo, que esse mergulho profundo permita um amor compartilhado, onde nada precise ser dito além do que já foi perfeitamente sentido.
Onde está o amor? Eu não posso vê-lo, não posso tocá-lo, não posso senti-lo, não posso ouvi-lo. Eu posso ouvir algumas palavras, mas não posso fazer nada com suas palavras fáceis...
Existe um momento, existe sempre um momento, "Eu posso fazer isso, eu posso me render a isso, ou eu posso resistir
Elas agora conseguem ver o que eu vi há tempos. Você, mais uma vez, nem percebe. E me diz que a próxima música é minha. E me entrega a música contra a minha vontade de cantar. Se soubesse que me desperta o ciúme bobo que hoje dorme na lembrança, estou certa que não mais provocaria.
Eu aconselho as pequenas com experiência de frustração. Ou só encorajo um previsível fim de seus sonhos pra você ser pra sempre o meu errante.
Me completo
Tomara que não chova hoje, to querendo passear, mais se chover eu vou dançar com a chuva, deixar ela me molhar, então tomara que chova hoje to querendo me molhar, mais, se
fizer sol deixo o seu calo me aquecer, me embalar, dourar a pele bonita de menina travessa que não se deixa parar.
Tomara que ele venha hoje, to querendo abraçar, mais se não vier não tem nada não, eu ponho uma música e sozinha mesmo eu começo a dançar,
Danço até o dia clarear, eu minha vida, e a minha alegria que não me deixa parar.
Felicidade é assim, não importa a hora ou o lugar, com quem você anda ou com quem deixou de andar, é fazer a vida valer a pena pelo simples fato de você ser única, e inigualável, ser amorosa com você mesma, e mesmo sozinha, se completar.
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