Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao

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COP30 Belém


Francamente,
eu não levo fé nessas conferências mundiais
pró Meio Ambiente...
Desde sempre, muito blá-blá-blá... discursos belíssimos e dignos de aplausos mil, mas...
na realidade e na prática, pouco ou nada fazem
de concreto para salvaguardar o nosso planeta . E ano após ano assistimos a crise climática e ambiental aumentar.
Vejo muita hipocrisia e muito interesse financeiro nisso tudo, nada mais e nada menos.
✍©️@MiriamDaCosta

Ode aos dias nublados☁️


Eu gosto dos dias cinéreos,
eles me impulsionam à introspecção,
a caminhar com passos lentos
mas decisos nas trilhas d’alma...


Nos dias nublados,
a natureza parece acalmar
os ânimos dos seus elementos ...
as aves se recolhem, a praia se aquieta
e as árvores cochicham em murmúrio baixo...


É como se o mundo inteiro
suspendesse o fôlego
para escutar o próprio silêncio...


E eu,
me deixo envolver por essa pausa,
por essa ternura velada do céu,
onde o cinza não é ausência,
mas presença suave do mistério...


Desde sempre,
há em mim uma reverência silenciosa
por esses dias cinéreos,
eles me distanciam, me protegem
de toda essa superficialidade do mundo
e me guiam à profundeza branda do ser...


Nos dias nublados,
o mundo parece conter o grito,
as cores se retraem,
e o ar, espesso e morno,
me obriga a sentir o peso leve do tempo...


Caminho por dentro,
com passos encharcados de memória,
ouvindo o eco de tudo o que ainda pulsa
sob a penumbra do meu próprio peito...


O céu, coberto,
me lembra que a luz também se recolhe
para curar as feridas da claridade...


Eu gosto dos dias nublados,
eles falam baixo,
como quem entende o silêncio d'alma...


Neles, o tempo desacelera,
as cores se tornam pensamento,
e o céu veste seu manto silente...


Há uma ternura no cinza
que o azul jamais soube expressar...
uma quietude morna,
um convite a repousar
o coração que pensa
e a cabeça que sente...


Nos dias nublados,
eu também me torno bruma,
flutuo entre lembranças e versos,
e encontro abrigo
no colo invisível da terna melancolia
que me acolhe em poesia...
✍©️@MiriamDaCosta

.
Façam o destino ficar ciente
que eu ainda
estou em pé,
e que, se ele quiser obstinar-se
em pôr-me à prova,
há de perceber, cedo ou tarde,
que sou mais obstinada do que ele...


Avisem o destino,
gritem se for preciso,
que ainda respiro, inteira,
mesmo quando ele me joga ao chão...


Que, se insistir
em medir forças comigo,
há de sangrar primeiro,
porque a minha teimosia
nasceu da dor,
e a dor é mais antiga
que o próprio destino...


Sussurrem ao destino
que eu ainda floresço,
mesmo após tantos invernos...


Que, se ele quiser provar-me,
vai descobrir em mim
uma obstinação mansa,
feita de fé própria e resistência,
um coração que insiste,
mesmo quando tudo cansa...


E esse tudo, por sua vez,
acaba cansando-se...


Lembro-me bem
quando tinha 8 anos,
enquanto minh'alma sangrava,
proferi que o mundo
poderia desmoronar sobre mim...
que eu restaria em pé,
firme e forte,
pronta para mais uma das suas...


Hoje, com quase 59 anos ,
ainda estou aqui
em pé
firme
forte
inteira
intensa
e plena de poesia.


✍©️@MiriamDaCosta

Um dia,
eu sussurrei à brisa
que queria escrever uma poesia...
Logo depois,
ela voltou para me arrastar
num vendaval de versos...


Certa vez,
eu confessei à brisa,
quase em segredo,
meu ( constante) desejo inquieto
de parir uma poesia...
Mal terminei o sussurro
e ela voltou feroz, decisa,
me puxando pelos pulsos,
me lançando inteira
num vendaval de palavras
que me cortavam e me curavam
ao mesmo tempo...


Um dia,
eu murmurei à brisa
que meu coração ansiava
por escrever poesia...
Ela ouviu.
E, suave como quem conduz um destino,
voltou para me tomar pela mão,
erguendo-me delicadamente
num bailado de versos,
onde cada sopro
era um convite para sentir
e cada palavra
um abraço do vento...
✍©️@MiriamDaCosta

Eu gostaria que nas praças
de todas as cidades do mundo
houvesse altares e monumentos
ao artista e ao poeta desconhecido,
e não ao soldado desconhecido...


Eu desejaria ver, nas praças do mundo,
não a glória fria dos soldados anônimos,
mas altares acesos em honra
dos artistas que salvaram nossas almas
e dos poetas que suturaram
as feridas invisíveis da humanidade...


Que cada cidade erguesse monumentos
a esses seres que não matam,
mas devolvem fôlego, sentido
e luz...


Eu gostaria que, nas praças do mundo,
houvesse um altar quieto
para o artista desconhecido,
um monumento doce
para o poeta que escreveu e viveu
no escuro dos palcos
das bibliotecas e livrarias
e nunca foi aplaudido...


E que, no lugar do soldado sem nome,
cabesse a memória daqueles
que sustentam a vida
com beleza, palavra,
silêncio, alma e coração...
✍©️@MiriamDaCosta

Fazer tempestade
em um copo d’água?!
Não é para mim.
Quando é hora de ser furacão,
eu me torno um Tsunami
servido numa simples xícara de café...


Tempestade em copo d’água?
Dispenso essas fraquezas domésticas.
Quando o mundo exige minha fúria,
não borbulho, transbordo.
Viro um Tsunami aceso,
espremido numa xícara de café
que mal contém o terremoto
que me atravessa...


Tempestade em copo d’água
nunca coube em mim.
Quando o destino pede vento forte,
me ergo inteira,
e o que deveria ser só furacão...
vira Tsunami silencioso,
agitanto a superfície mansa
de uma xícara de café
que me acolhe e detêm
como pode...


Não sei fazer tempestade,
com chuvas, raios,
relâmpagos, trovões,
trovoadas, ventos e etc...
uma única Onda
é o que sou capaz de fazer.


Afinal,
aprendi a ser Tsunami
com as tempestades.


✍©️@MiriamDaCosta

Manifesto do Insubmisso

​Eu escrevo a história dos ninguéns, dos que sofrem o horror da perversidade do sistema.
Eu pinto a tela social dos mais atormentados pela exclusão de um sistema estúpido que é vendido como progresso, mas que atua como máquina de fazer embutidos.

​Eu sou a pena que sangra nos cadernos rasgados dos que não têm nome nos registros da glória. Eu fotografo com palavras as cicatrizes deixadas pela engrenagem que tritura a dignidade e cospe o resto. Este progresso não é a luz, mas sim a sombra densa onde a esperança é esmagada sob o peso de um capital que se alimenta da miséria e da obediência cega.

​Eles nos querem quietos, padronizados, meros ingredientes no produto final do lucro. Mas eu não me calo. Minhas linhas são o grito sufocado que ecoa dos cortiços, das esquinas frias, dos campos varridos pela ganância. Eu sou o memorialista da resistência silenciosa, e minha arte é o espelho que estilhaça a ilusão: o sistema não falhou; ele está funcionando exatamente como foi projetado. E meu trabalho é garantir que o horror não seja esquecido nem perdoado.

​Sou a vela vermelha dos Exus das encruzilhadas, sou o terreiro inteiro se mudando de lugar.
Sou a tenda resistindo à estupidez da hipocrisia religiosa.

Sou o Cristo do crucifixo morto – porque a vida pulsa onde a opressão o mata.

Sou a rua, a esquina, a Banda de esquerda, o armário vermelho amarelo.

Sou o furacão que arrasta o ego e o joga no paredão do terreiro das entidades mais intensas.

​Eu sou a contradição que liberta. A liturgia profana que desfaz os dogmas e veste o corpo nu da verdade. Não aceito o céu prometido em troca do silêncio na terra.

Sou a Pomba Gira que dança sobre os contratos sociais não cumpridos. Sou o Zé Pilintra que bebe a indiferença e cospe a revolta, dando dignidade aos que o sistema chama de marginais.

​Eu sou o ruído necessário que quebra a missa silenciosa da conformidade. Eu sou o verbo encarnado na pele dos marginalizados, o ponto cantado que ninguém pode abafar.

Minha escrita é a macumba social, feita para desmanchar as armadilhas do "progresso" e invocar a justiça sob a luz da Lua e o cheiro de pólvora da insubmissão.

Pedro Alexandre

Queria ser um lápis de cor


Às vezes eu queria ser um lápis de cor,
viver na ponta suave de um sonho,
colorindo os dias cinzas que cruzam o caminho
com tons que a alma insiste em guardar.
Pintaria de amarelo o medo escondido,
de azul as tempestades que o peito inventa,
de verde os passos que ainda vacilam,
de vermelho o amor que nunca se cansa.
E, quem sabe, em cada traço simples
de alegria, esperança e abrigo,
eu descobriria que o mundo muda
quando a gente começa
pelas cores que carrega dentro.

CHEGUEI EM MIM


Eu escrevo e canto versos, poesia.
Eu escrevo.
Escrevo, escrevo, escrevo.


Falta um mundo
para descrever o que sinto.


Vivi, vivi tantas coisas.
Já passei por tantos risos.
Já andei por tantas estradas
que pareciam não ter fim.


Cheguei.
Cheguei em mim.


Nildinha Freitas

Eu não sou médico. Mas sou humano.
E é da minha humanidade que nasce essa dor silenciosa, essa indignação cravada no peito e essa tristeza que carrego como um eco de muitas experiências, minhas e de tantos outros.


Porque, na essência mais dura e real, a medicina tem se afastado do amor.


Nos corredores frios onde se deveria escutar a esperança, ecoa a pressa.
Em muitos olhares, vejo o cansaço… mas também a ausência. A ausência de presença.
Vejo decisões tomadas sem escuta, tratamentos aplicados sem preparo, protocolos cumpridos sem alma.


E a pergunta que grita dentro de mim é:
em que momento deixamos de enxergar o outro como ser humano?


Quantas vezes vi pessoas enfraquecidas, sem o mínimo de condições físicas, sendo submetidas a procedimentos agressivos, não por maldade, talvez, mas por automatismo, por insensibilidade, por uma confiança cega nos processos.
Quantas vezes observei diagnósticos mal conduzidos, ausências de investigação, condutas impessoais…
E tudo isso, por vezes, diante da total ausência de quem deveria olhar, ouvir, acolher e, principalmente, cuidar.


Mas essa culpa, não é só de quem executa.
É também minha.
E é também sua.
É de todos nós.


Culpo-me, sim.
Culpo-me pela falta de coragem em certos momentos, por não questionar, por não insistir, por não exigir o que era justo.
E todos nós, de alguma forma, deveríamos nos culpar também.
Pela omissão. Pela passividade. Pela falta de atitude diante do que sabíamos que não estava certo.
Deveríamos nos culpar por não nos aprofundarmos nos temas, por não buscarmos entender, por delegarmos tudo a quem, muitas vezes, sequer nos escutou.
Deveríamos nos culpar por termos nos acostumado a aceitar qualquer coisa sem lutar, sem perguntar, sem pedir ajuda.


Porque enquanto aceitarmos com silêncio, profissionais continuarão tratando a vida como plantão.
E plantões, por mais importantes que sejam, não podem ser apenas relógios a bater ponto.


Sinto, e profundamente, o que tudo isso tem causado:


Sinto a frustração de, muitas vezes, não ter voz num sistema que frequentemente se mostra cego.
Sinto o desconforto de saber que decisões são tomadas como se o fim já estivesse decretado.
Sinto a dor de quem ainda tem fé… e encontra frieza.
Sinto o vazio deixado por ausências, de presença, de escuta, de compaixão.
Sinto a indignação de testemunhar que, por trás de muitos jalecos, o cuidado virou função, e não mais missão.


Não é uma acusação cega.
É um chamado.
É um clamor por consciência.


Falhamos, sim, falhamos como sociedade quando permitimos que a vida seja tratada como um detalhe.
Falhamos quando deixamos que o sistema engula o indivíduo.
Falhamos quando banalizamos o sofrimento alheio, como se não pudesse ser o nosso amanhã.


Mas aqui faço uma pausa necessária:
não quero, de forma alguma, generalizar.
Existem, sim, profissionais incríveis, médicos e equipes que ainda preservam a essência do cuidado, que escutam com atenção, que sentem com o paciente, que tratam com humanidade e zelo.
Esses profissionais existem, e a eles, minha profunda admiração.
Mas o que relato aqui nasce das experiências que tenho vivido e presenciado e, talvez, eu esteja enganado, mas os bons profissionais da área de saúde parecem estar se tornando raros.
Espécies em extinção.
E esse texto não é um ataque, mas um pedido urgente para que essas exceções voltem a ser a regra.


Podemos fazer diferente.
E é isso que peço:
Que cada um de nós volte a exigir.
Que cada um de nós volte a se importar.
Que cada um de nós volte a cuidar, inclusive de quem deveria cuidar de nós.


Só assim forjaremos uma nova geração de profissionais.
Profissionais que amam o que fazem.
Que estudam além do óbvio.
Que escutam o que não está no prontuário.
Que reconhecem, em cada paciente, uma alma e não apenas um caso.


E talvez, só então, a medicina volte a ser o que nasceu para ser:
uma extensão do amor.


E que esse amor nos cure, a todos.

NÃO QUERO SER FÓSSIL VIVO
Eu me sento à beira do mar quando o sol ainda é promessa de luz. As ondas
vêm e vão sem perguntar se hoje me sinto disposto ou cansado, sem
perguntar se meu cabelo já é quase todo branco. Elas apenas chegam com a
mesma certeza de quem sabe seu lugar no mundo. Eu respiro fundo, e esse
ar gasto em todas as estações da vida me lembra de que, aos 80 anos, ainda
posso, sim, surfar a próxima onda.
E, nessas reflexões, me lembro também do dia em que comecei a pensar em
hormônios não como uma força do passado, mas como aliados do presente.
Certa manhã, enquanto fazia alongamentos, reparei que meu corpo reagia
diferente: as articulações falavam, a pele parecia pedir mais cuidado e, de
repente, descobri que o cortisol não precisava ser meu inimigo. Foi como
descobrir um velho amigo guardado em caixas de memórias, esperando para
me ajudar a encarar cada amanhecer com vigor. A cada dose de testosterona
que tomo, sinto não só o vigor físico, mas um frescor quase infantil de quem
redescobre o sabor de correr no parque, de sentir o vento bater no rosto. E
por que não correr? Meus ossos podem chiar, minhas costas podem
reclamar, mas meu coração ainda quer bater forte quando vejo o horizonte
se acender de laranja. Quero ver o sol despontar atrás das nuvens e também
contemplar a escuridão sem hora para acabar, porque a noite me lembra de
que há beleza nos mistérios, na imensidão da lua refletida na água escura.
Se alguém me chama de “velho”, não me ofendo: sou antigo como o oceano,
mas não sou “fóssil vivo”.
Aliás, já desenterrei esse termo do meu vocabulário — prefiro
“testemunha ativa”. Porque testemunhar, para mim, é participar: é pedalar,
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CRÔNICAS CRÔNICAS - RAIMUNDO GROSSI
é jogar basquetebol que amo e sempre amarei, é nadar, é jogar bola com os
netos que me vencem em agilidade, mas não me vencem em vontade de
viver.
Há dias em que a dor sussurra mais alto. A cada passada no asfalto ou a cada
curva do caminho, meu corpo lembra que o tempo deixou suas marcas. Mas
a dor, se bem entendida, não é sentença; é lembrete de que ainda estou
aqui, pulsando. Mesmo sentindo cada vértebra reclamar, descubro que
posso transformar essa dor em impulso para seguir adiante. É como se ela
fosse o vento que empurra minhas velas: incômoda, sim, mas necessária
para manter o barco em movimento.
Meus amigos dizem: “Quando a gente chegar à terceira idade, vêm a poeira
e a apatia”. Eu só sorrio e respondo com os olhos brilhando: “Terceira idade?
Estou criando turbinas” porque, no fundo, estarei sempre aqui.

Eu vejo que, cada lágrima que cai de mim, Deus a segura com as Suas mãos e até chora junto a mim. É inaceitável o mal neste mundo; ele corrompe, ele afasta você de Deus.


A verdade de Deus é imutável sobre este mundo. Mesmo que eu esteja no infinito e solitário vazio, Deus está comigo. Ele não me nega, mesmo quando não há fôlego, mesmo quando sou rejeitado.


Toda essa dor que carrego, e esse ódio que não posso direcionar... Que Deus esmague o mal! Que não exista nenhum resquício, pois portaram algo divino e forte, mas são arduamente covardes contra a raça humana, que foi amada pelo meu Senhor Deus.


Por que essa prostração diante do mal? Por que essa ingratidão?"

Eu sei que tenho uma profunda admiração por você, e essa admiração cresce a cada instante em que compartilho minha vida ao seu lado. Você é mais do que o amor da minha vida: é minha inspiração, meu porto seguro e a razão dos meus sorrisos.


Cada gesto seu me ensina sobre carinho, cada palavra sua me envolve em ternura, e cada olhar seu me faz acreditar que o verdadeiro amor existe. Eu não preciso de nada além da sua presença para me sentir completo, porque em você encontro tudo o que sempre sonhei.


Quero que saiba que meu coração é inteiramente seu, e que minha maior felicidade é caminhar junto de você, lado a lado, construindo nossos sonhos e vivendo nossa história.

O que deixei pra trás
Nesse quarto ao escurecer
Não deixou nenhuma carta
Pra eu saber, o que fazer
Aqui com o silêncio até travei
Tantas coisas que até romantizei
Procurando por motivos, esperei
Por favor, não vá também me esquecer
Não brilha mais sem seu Sol
Com essa raiva nunca estou só
Pra mais uma vez te escutar
Parece que eu vou me afogar

⁠E eu que, vez em quando, deito um travessão na mensagem — só para ser confundido com um “Chatbot”.


Mas um travessão é muito mais do que sinal gráfico — é um gesto.


Um pequeno ato de ousadia que só pratica quem não teme ser percebido.


Quem escreve com consciência do que carrega, e com a leveza de quem não precisa provar nada além da própria honestidade com as palavras.


Porque, no fundo, escrever é isso:
um jogo silencioso entre coragem e sensibilidade.


Coragem para tocar onde dói —
Sensibilidade para não machucar lugar nenhum.


E um travessão, bem deitado, talvez seja o símbolo mais humilde dessa bela dança.


Ele separa, sim, mas também aproxima...


Às vezes, pausa… mas empurra adiante.


Ele corta… mas também convoca.


Às vezes parece apenas um traço, mas é um traço que fala:
"Ei, aqui entra algo que só os atentos percebem."


E quem ousa usá-lo não o faz por frescura gramatical —
mas por afeto estético, intuição narrativa,
e essa espécie de maturidade que só têm os bem resolvidos:
bem resolvidos consigo, com o que dizem,
e até com o que deixam de dizer.


No fim, o travessão é como o pincel que se deixa cair de propósito:
não é descuido, é assinatura.


Não é desatenção, é presença.


E se alguém confunde isso com um “Chatbot”…
ah! — que continue confundindo.


Porque a arte, quando bem feita, normalmente já confundiu até quem a criou.


E aqui para nós — risos — às vezes um travessão bem deitado é mesmo isso: um pincel que se joga, de caso pensado, sobre a tela.


Um atrevimento sereno, cheio dessa sinergia rara entre arte, responsabilidade e sensibilidade — um trio que costuma morar apenas nos que já fizeram as pazes consigo e com a própria forma de criar.


A intenção, claro, era fornecer lenha para queimar.


E o fogo aceitou.


Porque, é preciso muita coragem para se aventurar na arte de escrever.


É preciso alguma loucura mansa para deixar palavras escaparem sabendo que podem ferir, curar, provocar ou até acalmar.


E é preciso ainda mais sensibilidade para permitir que elas se entendam com as imagens — porque, quando elas resolvem brincar juntas, quem escreve vira mero coadjuvante.


A palavra abre caminho.


A imagem acende.


O travessão risca.


E o gesto final surge sozinho —
como se a chama tivesse vontade própria.


Talvez não haja atrevimento mais bonito e charmoso do que o dos que se aventuraram e se aventuram no ofício de escrever.


Porque escrever é primeiro se arriscar —
e só depois se revelar.


E haja atrevimento pra tocar quem se atreve a ler!


Pois, quem escreve, abre portas, mas quem lê, precisa ter coragem
de entrar.


No fim, talvez seja assim que a arte realmente nasce:
do encontro entre um risco, uma intenção e a ousadia de se deixar queimar.


E nós apenas sopramos o fogo —
porque a Lenha, a Faísca e o Incêndio Poético
já estavam ali — todos —
pedindo pra brincar.

⁠Se o amanhã começar sem mim - David Romano
Se amanhã começa sem mim, e eu não estou lá para ver,
Se o sol nascer e encontrar todos os seus olhos cheios de lágrimas por mim;
Eu queria tanto que você não chorasse do jeito que você fez hoje,
enquanto pensamos nas muitas coisas que não conseguimos dizer.
Eu sei o quanto você se importa comigo e o quanto eu me importo com você,
e cada vez que você pensa em mim, sei que também sentirá minha falta;

Mas quando o amanhã começar sem mim, tente entender,
que um anjo veio e chamou meu nome e me pegou pela mão,
e disse que meu lugar estava pronto no céu bem acima,
e que eu teria que deixar para trás todos aqueles que eu amo.

Mas quando me virei para ir embora, uma lágrima caiu dos meus olhos,
por toda a vida, eu sempre pensei que não queria morrer.
Eu tinha muito pelo que viver e muito a fazer.
parecia quase impossível que eu estivesse te deixando.
Pensei em todo o amor que compartilhamos e em toda a diversão que tivemos.
Se eu pudesse reviver ontem, pensei, só por um tempo,
Eu diria adeus e te abraçaria e talvez te visse sorrir.

Mas então eu percebi que isso nunca poderia ser,
pois o vazio e as memórias tomariam o meu lugar.
E quando pensei em coisas mundanas que sentiria falta, amanhã.
Pensei em você e, quando o fiz, meu coração ficou cheio de tristeza.

Mas quando entrei pelos portões do Céu, senti-me muito em casa.
Quando Deus olhou para mim e sorriu para mim, do Seu grande trono de ouro,
Ele disse: "Esta é a eternidade e tudo que eu prometi a você,
Hoje sua vida na Terra já passou, mas aqui começa de novo.
Prometo que não amanhã, mas hoje sempre durará.
e como cada dia é o mesmo, não há desejo do passado.

Mas você tem sido tão fiel, tão confiante, tão verdadeiro.
Embora tenha havido momentos em que você fez algumas coisas que sabia que não deveria fazer.
E você foi perdoado e agora finalmente está livre.
Então você não vem e pega minha mão e compartilha minha vida comigo? "

Então, se o amanhã começar sem mim, não pense que estamos distantes,
para cada vez que você pensa em mim, saiba que estou em seu coração.

David Romano




Bom dia!
Para hoje:
Eu desejo a você paz.
Paz na sua vida, na sua casa, no seu coração.
Que seja um dia repleto de tudo que é bom.
Que os sorrisos renovem a sua alma.
Que as bênçãos lhe abracem.
Eu peço a Deus que conceda a você tudo que seja leve para a vida, luz que brilha felicidade e gestos de carinho e amor.
Um novo dia, novas chances, novas alegrias!
Um dia magnífico e bem feliz!

⁠⁠Se eu pudesse,
estaria num lugar lindo e pacífico,
sentindo um raro sentimento de leveza
com a brisa do mar invadindo,
levando embora qualquer conflito
ou tristeza,
enquanto o vai e vem das ondas
numa dança suave e intensa
e o céu estaria deslumbrante
com a arte do sol e suas cores fortes
com uma divina essência,
espero que não demore pra que assim aconteça.

⁠Eu tenho uma franca admiração muito especial pelas rosas vermelhas, cujas pétalas são graciosamente envolvidas pela elegância desta cor notável e tão significativa numa bela fulgência romântica incomparável, então, um desabrochar amável de vida.

São lindas flores profundamente cativantes, basta uma delas para se declarar um amor sincero ou uma gentileza genuína, com certeza, uma declaração calorosa por meio de um simples gesto que tanto emociona quanto vivifica.

O florescer de cada rosa vermelha é como a veemência de uma emoção que desabrocha num tom atraente que mescla na sua aparência de forma muito harmoniosa a sutileza aliciante e a presença marcante e impetuosa.

⁠Num momento raro,
quero eu e você,
homem e mulher,
banhados em êxtase,
sentir a tua pele na minha
com uma vontade insaciável
num misto de loucura e euforia,
uma união de corpos
beijos entrelaçados
como se a tua língua fosse
uma extensão da minha.
Não sei se isso ainda será um fato,
mas bem que eu gostaria.