Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
Personalidade
Eu sou instinto, visceral
Eu sou impulsividade
Eu sou pele, carnal
Eu sou intempestividade
Eu sou fogo que arde
Eu sou chuva que sente molhar
Eu sou paz no fim de tarde
Eu sou luz que faz brilhar!
Eu sou consciência que te faz pensar
Eu sou amiga que te acolhe
Eu sou abrigo no abraçar
Eu sou genuína, pode acreditar!
Eu sou loucura para te alegrar
Eu sou brinquedo quando quero brincar
Eu sou responsabilidade sempre que precisar
Eu sou séria quando a vida me cobrar.
Eu sou mansa, basta não me provocar
Eu sou uma louca tempestade
Eu sou sossego, se você não me irritar
Eu sou bondade e não maldade!
Eu sou intensa, sou amor
Eu sou tranquila, não provoque minha ira!
Eu sou alegria, mas tambem posso ser dor
Muito prazer, eu sou Palmira!
Entre o que seca
e o que germina,
há um intervalo
onde eu respiro.
Alguns dias sou raiz cansada,
outros, vento recente
Há presenças que me pedem
com os olhos de antes,
e outras que me buscam
como se eu fosse abrigo
O tempo se dobra,
e eu, estou no vinco
tentando não rasgar
para dar conta de tudo
Entrega não realizada.
O amor não é correio expresso.
Se eu tivesse que rastrear, o meu já deve ter morrido na triagem.
Ele me apareceu do nada, miando na minha porta, fingindo que sempre morou aqui.
Eu ofereci um pouco de leite, ele aceitou, e de brinde levou meu sofá, minha paz e o controle da minha TV!
Mas tudo bem... Eu sempre quis companhia para reclamar da vida.
Quando Deus Me Fez Olhar
por Purificação
Eu disse em voz baixa, cansado de tudo:
Senhor, eu não quero mais continuar.
Eu aceito parar. Eu aceito entregar.
Mas Ele não me respondeu com palavras.
Ele me mostrou.
De repente, foi como se o chão abrisse a alma.
E eu vi —
não com os olhos,
mas com algo que doía por dentro.
Havia um homem.
O corpo arqueado,
os ombros feridos,
as mãos tremendo de tanto carregar.
Não falava nada,
mas cada passo parecia uma prece sem som.
E a Voz me perguntou:
“O que vês?”
Eu disse:
“Vejo um homem sendo conduzido…
e alguém atrás dele, com algo nas mãos…
um chicote talvez…
e cada golpe parece rasgar o céu.”
“Fala mais.”
Vejo poeira, vejo sangue
e vejo gente que não entende o que está vendo.
O homem cai,
os joelhos abrem,
o chão se mistura com o sangue,
mas ele tenta se levantar.”
“E o que mais vês?”
Eu respirei fundo, e disse:
“Vejo dor…
mas vejo amor no meio da dor.”
E então a Voz falou, calma, firme, real:
“Não estás vendo outro homem.
Estás vendo o que Eu quis construir dentro de ti.”
“A cruz não é sinal de fim,
é símbolo de processo.
O peso que te dobra é o mesmo que te molda.”
E naquele instante eu entendi.
O madeiro que ele carregava não era de madeira —
era propósito.
O sangue não era castigo —
era entrega.
A dor não era derrota —
era lapidação.
E o chicote?
Era o som da alma sendo forjada.
“Purificação,” — disse Ele —
“quando pensares em parar, lembra:
a fé não anda em linha reta,
ela rasteja, tropeça, cai,
e mesmo sangrando, continua crendo.”
Eu chorei.
Não porque doía —
mas porque entendi o que o amor de Deus faz com quem não desiste.
O silêncio Dele não era ausência.
Era treinamento.
E ali, no meio daquela visão,
com o chão molhado de lágrima e luz,
eu disse:
“Senhor, se for pra seguir,
que cada ferida vire testemunho,
e cada queda ensine alguém a se levantar.”
E o céu se abriu.
E o peso virou presença.
E eu me levantei.
Porque agora eu sabia —
não era o fim do ministério.
Era o começo da missão.
✍️ Purificação
Quando Deus Me Fez Parar
Purificação
Eu disse:
— Jesus... eu não aguento mais.
Se for pra parar, eu paro.
Se for pra entregar o ministério, eu entrego.
Mas me mostra... me mostra o porquê.
E o céu silenciou.
Por um instante, achei que Ele não fosse responder.
Mas então... Ele abriu uma visão diante de mim.
E perguntou:
— O que você vê?
Eu respondi, com a voz tremendo:
— Eu vejo... um homem de pé.
Ele disse:
— Fala mais.
— Eu vejo alguém com um chicote na mão...
batendo.
E vejo o homem... sangrando.
Sangrando muito.
— Fala mais — Ele insistiu.
E eu disse:
— Eu vejo esse homem carregando um madeiro nos ombros.
Pesado.
A rua é estreita... o chão fere os pés...
Há pedras pontiagudas... e ele cai.
Ele cai.
E quando ele cai...
dá pra ver a carne se abrir no joelho.
Dá pra ver a rótula se mover.
E mesmo assim...
ele tenta se levantar.
E o Senhor me perguntou:
— Sabe quem é esse homem?
Eu não consegui responder.
Só chorei.
E Ele disse:
— É você.
Toda vez que quis parar...
Toda vez que sangrou e continuou...
Toda vez que caiu e se levantou...
Sou Eu em você.
E naquele instante,
o chão deixou de ser pedra.
Virou altar.
Porque às vezes...
Deus não te pede pra continuar por força.
Ele te pede pra continuar por fé.
E quando você entende isso...
até o sangue vira luz.
✍️ Purificação
O Que Fica do Que Fomos
William Contraponto
Se um dia eu cruzar a noite inteira
e o corpo cansar do próprio som,
não esperarei por luz ou fronteira;
apenas o rastro do que ainda sou.
Porque além da morte não há segredo,
não há espírito buscando um lar.
Há só memória vencendo o medo
e o que deixamos no fundo do olhar.
O que fica do que fomos é o gesto,
é o nome lançado ao vento incerto.
Não é alma pairando em algum lugar,
é a lembrança que insiste em continuar.
E se eu não voltar, que seja assim:
no que construí, no que vive em ti.
Quando a última porta se fechar,
não haverá juízo nem muralha.
A vida é um barco que aprende a passar,
e cada travessia ensina – e falha.
O que chamam alma, eu chamo história:
a voz simples do que se amou.
É a cicatriz guardando a memória
de cada luta que alguém lutou.
O que fica do que fomos é o gesto,
é o nome lançado ao vento incerto.
Não é alma pairando em algum lugar,
é a lembrança que insiste em continuar.
E se eu não voltar, que seja assim:
no que construí, no que vive em ti.
Se deixo um verso solto pela rua,
que seja luz pra quem quiser seguir.
Não há mistério entre sombra e lua:
há só a marca do que se quis sentir.
E quem nos guarda não é o além,
é quem repousa o nosso bem.
No silêncio que sucede o último passo,
ninguém nos chama para salvação.
O tempo recolhe o nosso espaço
e entrega aos outros a continuação.
Se algo vive depois do adeus,
não são anjos nem eternidade:
é o que plantamos no chão dos seus,
a parte nossa que vira verdade.
O que fica do que fomos é o gesto,
é o nome lançado ao vento incerto.
Não é alma pairando em algum lugar,
é a lembrança que insiste em continuar.
E se eu não voltar, que seja assim:
no que construí,
no que vive em ti,
no que chamam fim
e que eu chamo de existir.
Ao primeiro coração que se alimentou da minha natureza, eu lhe dou tal alcunha:
Os fogos que reproduzi em teu peito,
saiba que não se originaram da minha vontade,
mas de um desejo sórdido, do qual fui marionete de impulsos.
Ao final do vosso nome, eu fui vilão,
mas, para os nascidos após aqui, serei herói.
Não pude caminhar em teus ombros,
contudo, fui capaz de sentir a chuva de quem te amou.
E, sem dúvidas, foram sonhos, enquanto fingíamos dormir.
🌿 Poema 🌿
Não te chamo só de avó,
porque foste casa antes de eu saber
o que era abrigo.
Tuas mãos — costura do tempo —
eram mapas que ensinavam caminhos
mesmo quando o chão parecia sumir.
O silêncio da tua ausência
tem um peso de lençol dobrado,
daqueles que ainda guardam
o cheiro do sabão caseiro.
Às vezes, passo por uma rua
e juro ouvir teu chamado,
um eco que não se cansa
de procurar meu nome no vento.
Se a vida fosse justa,
terias ficado para ver
as flores que plantei do teu jeito:
enterrando a semente
como quem faz oração.
Mas agora as rego sozinha,
e cada gota que cai
é lágrima disfarçada de chuva.
Avó-mãe,
és raiz que não morre.
Tua falta não é vazio,
é presença espalhada —
no café que esfria devagar,
na cadeira que range sem peso,
no abraço que invento
quando fecho os olhos.
E se a eternidade existe,
sei que está nas tuas histórias
que se recusam a acabar.
Eu sou abrigo pra quem quer abrigo,
sou teto em dia de tempestade,
sou silêncio que acolhe o grito,
sou presença quando falta verdade.
Sou a paz pra quem busca descanso,
sou colo pra quem já cansou de lutar,
sou ponte onde só havia abismo,
sou luz mesmo sem me deixarem brilhar.
Sou o ombro que não cobra retorno,
sou escuta que não exige voz,
sou inteiro mesmo sendo quebrado,
sou muitos, mesmo quando estou a sós.
Sou o que fica quando todos vão,
sou raiz em solo que não me quer,
sou amor sem manual de uso,
sou força que ninguém vê de pé.
Mas também sou limite, sou freio, sou fim, alguns me chamam de doido e o sem noção quando querem me manipular,.
sou o não que aprendeu a dizer sim pra si.
Porque ser tudo pra todos me fez quase nada, e agora sou tudo pra mim.
E sou sim pra quem quer ficar ao lado do respeito e da dignidade .
Evans Araújo
OLHEI
Hoje eu tive medo, talvez porque eu tenha olhado para o mundo, não da mesma forma que olho todos os dias, hoje eu vi mais:
Dor causada pela pandemia, pela violência, pela maldade, pela fome, pela falta de abrigo, pela falta de amor.
Olhei para antes da pandemia e vi sofrimento, vi pranto, desespero.
A pandemia esconde muita coisa pior que ela, esconde o descaso com o próximo, esconde nossa falta de cuidado.
Experimentemos parar por alguns minutos e pensar em nos despirmos de nós, três coisas são gargalos entre nós e Deus:
1º O pecado - Paremos de falar tanto a frase: somos pecadores, isso já sabemos, porém, onde abundou o pecado, superabundou a graça;
2º Nós, sim, nós, somos tão orgulhosos que não abrimos mão de estender o olhar pra o lado, para o nosso “irmão” para ajudar, o mundo seria melhor se pudéssemos nos apoiar;
3º O próximo, aquele que nos fere, que não conseguimos perdoar, apesar de vivermos pedindo perdão a Deus e Ele nos perdoando, não por merecermos, mas, porque Ele é bom, o tempo todo diga-se de passagem. É muito fácil amar a Deus, Ele só nos possibilita coisas boas, faz alianças para nos salvar, entregou seu filho por nós, tem um plano pra viveremos eternamente, difícil é amar o próximo. Só que a conta não fecha, amar a Deus é amar o próximo e um não existe sem o outro, então, como fazemos?
Sua reflexão é a resposta…
O mundo está caótico por nossa causa, brigas, guerras entre vizinhos, irmãos, país, filhos, maridos, esposas, ex casais, funcionários, patrões, e, tudo isso pra nada. Não conseguimos aprender nem mesmo com nossos erros.
Quer mudar o mundo? Comece em você, comece libertando-se de si, tenha coragem de se importar com quem precisa, não é a pandemia que assusta, é o nosso livre arbítrio.
Você chegou
Deixar eu te falar uma coisa mais isso você já sabe...
Você chegou do nada, no momento em que eu menos esperava, de repente comecei a pensar em você todos os dias ,eu não queria admitir isso ,mas sorria cada vez que me mandava uma mensagem.
Na verdade eu andava desacreditado no amor ,mas sei lá, parecia tão intenso, e o “pior” que a cada dia parecia crescer mais ,quando me dei conta estava te amando, de uma maneira que jamais havia amado.
Quando percebi já queria você só pra mim, já desejava o teu abraço todos os dias, era bom querer isso porque sabia que era recíproco.
Hoje sei que é você, e não preciso esconder isso de ninguém, só quero viver esse momento intensamente, sem medo do que vai vim pela frente, é meio louco da minha parte, mas eu tenho acreditado que pode ser pra sempre.
Eu amo você!
Eu escolheria você, não mim importa as outras pessoas, se é por ti que eu gosto tanto.
Se foi por você, que esperei tanto, eu amo te amar...
Como posso descrever o que sinto.
Ah tava lembrando quando começamos a conversar, daí te falei uma coisa que qualquer homem aceitaria, mas você não é qualquer um, e mim falou tantas coisas coisas a respeito daquilo, e não aquilo não era pra valer.
Mas antes disso tudo, eu já te falei que senti algo bom quando te vi, mais mim afastei, mas nem conversa antes eu queria puxar, você sabe, nunca tinha tido uma conversa mas a fundo, e ainda mais se fosse uma pessoa casado. Mas você foi conquistando um espaço aqui dentro.
Te contei de algumas inseguranças, você chegou de um jeito tão bom.
E quando eu vi que era você a pessoa, a pessoa em que eu mim senti tão segura, você já mim parecia familiar de alguma forma, você tem noção, eu nunca sentir isso com nenhuma outra pessoa.
E quando eu tive a certeza que era você, me entreguei por completo, corpo e alma.
Você sempre será o meu maior sonho.
Minha e Painho
Hoje vamos falar de Pilar, estrutura, alicerce, eu particularmente tenho três pessoas que devo tudo que sou e que quero ser.
Deus obviamente, Ele ditou os rumos da minha vida e eu permitir que ele o fizesse. Assim ele age, com a nossa permissão, poderíamos todos estar melhores, mas, o ser humano é teimoso e não estamos preparados para essa conversa.
Minha mãe, analfabeta, vinda da zona rural, mas, com um coração imenso, o trabalho árduo dela me deu a possibilidade de estudar, meus olhos se enchem de lágrimas porque ela “falava”: Estude meu filho não tendo “nada” pra te dar e é só o que posso fazer por você. Mal sabia ela que estava fazendo tudo, eu estudei e aqui estou.
Meu pai, homem de riso solto, de amizade farta e carinho incondicional, uma de suas frases preferidas era “exaltar” o quanto o filho dele era inteligente, falava a todos e eu acreditei.
O que quero dizer a vocês hoje é que acreditar é o primeiro passo para nossas conquistas, crer e se alicerçar a pessoas que podem criar valor ao que queremos ser.
Como diria o poeta “somos quem queremos ser” .
Consciência negra
Eu quero ver…
Ver o navio voltar, nos levar as nossas raizes, que de lá não deveria ter saído.
Eu quero ver, ver meu irmão brilhar, a esperança ascender e ressurgir um novo amanhecer.
Um amanhecer justo, igualitário e sem cor, um que nos faça humanos de novo, que nos devolva a vida.
~Sangrando.
Eu estou sangrando outra vez!
Será que não existe uma forma de acabar com tudo de vez?
Vermelho. Vermelho é tudo que vejo quando olho para meu piso. Faz quanto tempo que não sei Oque é ao menos um sorriso.
Eu nunca atendo o telefone, porque sei que ninguém liga.
Afinal, quem mais se importaria?
Tem sangue por todo meu colchão, e novamente esmagaram todo meu coração.
Amor, compaixão. Porque eu sempre sou a segunda opção?
Eu vou embora pelo anoitecer, talvez eu encontre novamente uma maneira de amortecer.
Morte, morte, morte! É a única coisa que passa pela minha mente.
Eu não aguento mais me sentir tão doente.
Eu só queria acabar com a dor.
Queria tampar esse sangramento, mas acontece que não tem como cobrir Oque sangra por dentro...
Enquanto o dia infinito sem sol se arrastava, eu piscava devagar para o teto rachado, onde aranhas teciam teias preguiçosas como minhas próprias desculpas. "A banda parar de tocar", murmurava para mim mesmo, ecoando aquela frase quebrada que o usuário jogara, talvez um erro de digitação, talvez um grito abafado de uma mente cansada como a minha. Mas que banda? A orquestra invisível da vida, com seus violinos desafinados e tambores surdos, que nunca parava de martelar na cabeça, mesmo quando eu implorava pelo silêncio?
Sozinho no sofá que cheirava a mofo e memórias podres, eu rolava para o lado, evitando o esforço de acender a luz. Amargo era o resíduo do café na língua, misturado ao gosto metálico da derrota autoimposta. A preguiça me ancorava, uma âncora enferrujada no fundo, de um mar de nada, onde peixes mortos flutuavam como promessas quebradas. Por que me mexer? O mundo lá fora, com suas corridas e risos forçados, não sentia minha falta e eu, solitário rei de um reino vazio, não sentia falta dele.
Deixei os pensamentos vagarem como nuvens cinzentas, preguiçosos demais para chover. O tigre flamejante?
Agora era só um gatinho ronronando debilmente, sua fúria dissipada no ar úmido. A morte, ah, ela demorava, preguiçosa como eu, talvez deitada em seu próprio sofá eterno, esperando que eu a chamasse. Mas eu não chamava. Somente esperava, no vazio que se expandia, engolindo horas como um buraco negro faminto. Continuei assim, ou melhor, parei de continuar porque no fim, o que era a história senão uma sucessão de nadas, amargos e solitários, ecoando até o silêncio final.
"Ilícito"
Queria te pedir desculpa,
e ser o que queria.
Sei que no fundo, eu não sou,
mas não falamos disso.
Mas é que, na realidade,
o meu sangue é sujo,
e não são todos que aceitam isso.
Mas porque, desde pequenininho,
respiro desse ar,
vivi de tudo,
entendo as coisas apenas pelo olhar.
É que esse fardo de louco
sempre andou comigo.
Sempre tive ciência de que
não são todos que aceitam isso,
mas essa angústia que sinto
nem é sobre isso.
É por te olharem mal
ao te ver comigo.
E, pra falar a verdade,
eu não gosto disso,
te ver mal,
e eu ser o motivo.
Te amo tanto,
sinto e sei que você é diferente.
E pelo fato de, indiferente das ocasiões,
você sempre me entende.
Eu te daria o mundo,
e você sabe disso.
Só não quero ser o motivo
do seu acabar.
Por isso que eu repito,
desculpa.
"Amor"
Vejo amor como um monstro,
e eu sou apenas um soldado,
vice-versa a gente se encontra,
e nem sempre ele quer papo.
Lembro, que na nossa primeira luta,
sai derrotado.
Por ter sido desnorteado,
pensei que havia perdido.
Mas sempre que me recordava dessa batalha,
retia um sentimento contínuo.
Por mas que me sentisse indigno,
sabia que aquele final era incerto.
Voltei me encontrar com ele,
e dessa vez fiz certo,
apanhei feito bastardo.
Porém conquistei
o que tanto havia almejado.
Minha dor me fere, mas minha decisão me move,
não deixo a sombra ditar quem eu sou.
Com fé, atravesso o que meus olhos não alcançam,
minha identidade se ergue mesmo entre escombros.
Cada queda revela minha resiliência, cada ferida, impulso.
Tudo em mim aponta para um propósito maior,
sou instrumento de força, mesmo quando sangro.
–Purificação
Enquanto muitos se deixam levar pelo fluxo cego da rotina,
eu enxergo as brechas onde a contradição respira.
Enquanto tantos vivem no piloto automático, repetindo padrões que nem percebem,
eu escolho observar aquilo que quase ninguém nota.
Enquanto alguns se escondem nas danças sociais,
eu atravesso os véus e descubro a verdade por trás das máscaras.
Enquanto muitos se prendem às regras e aos jogos sociais,
eu decido olhar além das aparências e tocar o que é real.”
No final ela não era perfeita e eu não era um monstro!
Éramos apenas jovens
No início, pintei-a com tintas de luz,
e a mim, com sombras pesadas demais.
Ela parecia intacta,
eu, sempre culpado.
Mas o tempo, paciente,
abriu meus olhos como quem abre feridas
para que enfim cicatrizem.
E vi que ela também errava,
quando se calava,
quando me deixava à espera,
quando tornava frio o que deveria ser abrigo.
Eu também tropeçava,
às vezes por amar demais,
ou por medo de perder.
E nesse jogo de silêncios e ansiedades,
não fomos vilões,
não fomos santos.
Éramos apenas jovens
tentando aprender o amor
com mãos trêmulas
e corações sem manual.
Hoje sei:
ela não era perfeita,
eu não era um monstro.
Éramos só dois seres
aprendendo a viver,
e na dor do fim
Deus escreveu em mim
a lição do perdão.
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