Cante Dance
Dance, quando você estiver quebrado no meio. Dance, se você rasgou o curativo. Dance no meio da luta. Dance em seu sangue. Dance quando estive perfeitamente livre.
Trabalhe como se não precisasse do dinheiro. Ame como se nunca tivesse sido magoado. Dance como se ninguém estivesse vendo.
[violet]Cante, dance, pule, grite, brigue, faça as pazes, chore,
sorria, estude, fique para recuperação, sinta saudades,
apaixone-se, deseje, ame, dedique-se, beije, abrace, erre,
aprenda, desculpe, faça amizades, tenha objetivos, ande,
emagreça, engorde, fale palavrão, brinque, ganhe, perca,
prometa, cumpra, corra, pare... Enfim... VIVA! Sonhe com o
que você quiser. Vá para onde você queira ir! Seja o que
você quer ser, porque você possui apenas uma vida, e
nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce; dificuldades e
determinação para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la
humana. E esperança suficiente para fazê-la FELIZ!
Lembre-se: todo carnaval tem seu fim, então ame, tenha fantasias, dance e cante... agora preste atenção. A batucada parou, tire a fantasia.
AME com todas suas forças, LUTE por um sonho, SONHE!CANTE, DANCE,abrace alguém com a sua alma, BEIJE!Diga as pessoas o quanto elas são importantes a você, NAO TENHA MEDO de dizer "EU TE AMO", não diga se não for de coração... Seja VOCÊ mesmo,nenhuma pessoa no mundo é igual a você!Durma menos, VIVA mais, EXPERIMENTE mais,... Seja AUDACIOSO! Em um mundo cheio de coisas comuns e rotuladas ser diferente, buscar coisas diferentes é o que faz você se destacar e ser especial, e ser diferente não significa não ser você mesmo!Seja INTENSO, em tudo que fizer. EXAGERE!VIVO CADA MOMENTO, cada segundo, pois alguns segundos velem por anos de LEMBRANÇAS!
Letícia De La Vega
Pra que sofrer se nada é eterno? Vá lá e viva! Sorria, dance, cante, pule, chore, brigue, grite, se arrependa, se culpe... Faça o que quiser fazer. Afinal, você é livre! A vida é uma só. Não espere que os sonhos se aproximem, vá atrás deles. E se tudo der errado, recomece! Apenas seja feliz.
Ame, beije, abrace, sorria, apaixone-se, cante, dance, pule com um pé só, relaxe e contemple a beleza da vida.
Brinque, sorria, dance, cante alto!
O mundo é lindo. Curta os momentos.
Eles passam rápido.
O amor existe.
Dessa vida não vou levar nada...
Apenas vou deixar o meu legado
mais bonito.
Um coração cheio de gratidão e paz.
©Textos de autoria de Aline Hikelme - Direitos reservados conforme artigo (Lei 9610/98)
Seja livre, cante, dance, sorria, chore, brinque, durma, coma, tome banhos de chuvas, banhos de rios, a vida é apenas uma e não podemos nós prender a alguém. Seja como um pássaro e de a melhor versão de si mesmo. Faça da sua vida uma diversão, o único amor é o próprio!
CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ
Poeta, cantô da rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.
Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisa
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.
Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma boa paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhece bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.
Pra gente cantá o sertão,
Precisa nele mora,
Te armoço de fejão
E a janta de mucunzá,
Vive pobre, sem dinhêro,
Trabaiando o dia intero,
Socado dentro do mato,
De apragata currelepe,
Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.
Você é munto ditoso,
Sabe lê, sabe escreve,
Pois vá cantando o seu gozo,
Que eu canto meu padece.
Inquanto a felicidade
Você canta na cidade,
Cá no sertão eu infrento
A fome, a dô e a misera.
Pra sê poeta divera,
Precisa tê sofrimento.
Sua rima, inda que seja
Bordada de prata e de oro,
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito
Porque você não conhece
Nossa vida aperreada.
E a dô só é bem cantada,
Cantada por quem padece.
Só canta o sertão dereito,
Com tudo quanto ele tem,
Quem sempre correu estreito,
Sem proteção de ninguém,
Coberto de precisão
Suportando a privação
Com paciença de Jó,
Puxando o cabo da inxada,
Na quebrada e na chapada,
Moiadinho de suó.
Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dize que não mexa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mexa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.
Mas porém, eu não invejo
O grande tesôro seu,
Os livro do seu colejo,
Onde você aprendeu.
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta,
Não precisa professô;
Basta vê no mês de maio,
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô
Seu verso é uma mistura
É um ta sarapaté,
Que quem tem pôca leitura,
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive.
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.
Canto as fulô e os abróio
Com toda coisas daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se buli.
Se as vez andando no vale
Atrás de cura meus males
Quero repará pra serra,
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um diluve de rima
Caindo inriba da terra.
Mas tudo é rima rastêra
De fruita de jatobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho,
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é deferente
E nosso verso também.
Repare que deferença
Iziste na vida nossa:
Inquanto eu tô na sentença,
Trabaiando em minha roça
Você lá no seu descanso,
Fuma o seu cigarro manso,
Bem perfumado e sadio;
Já eu, aqui tive a sorte
De fumá cigarro forte
Feito de paia de mio.
Você, vaidoso e facêro,
Toda vez que qué fumá,
Tira do bôrso um isquêro
Do mais bonito meta.
Eu que não posso com isso,
Puxo por meu artifiço
Arranjado por aqui,
Feito de chifre de gado,
Cheio de argodão queimado,
Boa pedra e bom fuzí.
Sua vida é divertida
E a minha é grande pena.
Só numa parte de vida
Nóis dois samo bem iguá
É no dereito sagrado,
Por Jesus abençoado
Pra consolá nosso pranto,
Conheço e não me confundo
Da coisa mio do mundo
Nóis goza do mesmo tanto.
Eu não posso lhe inveja
Nem você invejá eu
O que Deus lhe deu por lá,
Aqui Deus também me deu.
Pois minha boa muié,
Me estima com munta fé,
Me abraça, beja e qué bem
E ninguém pode negá
Que das coisa naturá
Tem ela o que a sua tem.
Aqui findo esta verdade.
Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio
Que você deve toma.
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá que eu canto cá.
(De Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)
To procurando uma música...
Uma musica que cante minha estupidez em rimas
E saliente minha melancolia em tons
Ah se eu pudesse voltar atrás, juro,
eu viveria cada dia.
Mas tão fraco já não posso mais
recuperar os anos que deixei pra trás.
Andaria na chuva,
pularia no mar
e te diria tudo que deixei de falar...
não mais...não mais...não mais...
[...]
Flores Aos Rebeldes Que Falharam
Por tantas vezes pensei saber o que fazer
Mas sempre acabei por tomar cuspido em minha cara tudo o que acreditei ... E já não posso suportar
Já não consigo acreditar que vai ser diferente ou vale a pena tentar
Carregamos tantos vícios que já não há virtudes pra contar
Cultivamos precipícios em que despencamos sem pensar
E a história não para e não procuramos saber se realmente queremos viver sem aprender
Como pude ser tão idiota e voltar se tantas vezes eu errei
Como pude segurar em suas mãos se eu sei
Sei que você vai me largar e que não vai adiantar o gosto amargo nunca vai passar
Carregamos tantos vícios que já não há virtudes pra contar
Cultivamos precipícios em que despencamos sem pensar
E nunca conseguimos nada
Todos sonhos que tivemos condenamos ao esquecimento e ao nosso próprio desprezo
E nós que tanto lutamos, tanto sofremos e erramos, acabamos por achar tudo aquilo sem graça demais
De nada vai adiantar fingir certeza em seu olhar
Se toda vez terminamos por recolher os cacos que restaram de nossa auto-estima
Quando outra vez plantamos cinzas que nunca vão florescer no jardim de nossos sonhos...[...]
Me leve às estrelas sem pensar que amanhã tudo pode mudar
Me deixa sonhar em paz porque eu já não penso em acordar
Sou uma criatura estranha, com uma solidão tamanha,
Daquelas que sempre tem que estar perto de alguém
Pra conseguir ficar bem, e que quando não tem ninguém faz manha.
(...)
Pra que brincar de ter razão?
É besteira não querer errar
e é tolice demais curtir a dor.
Deixa pra lá tudo isso
e vem dançar a dança das estações.
Ah, tenta não ligar pra essa gente
chata e sem graça.
São tolos demais
esses mortos cegos e adultos.
Gosto de te ver rindo
e da riqueza das coisas simples
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor,
e é hora de parar, deitar na grama,
falar só besteira e rir da vida.
Ah, deixa isso pra lá
que esse mundo é todo errado.
Fica perto então
que tanta solidão já feriu demais.
Vem dançar a dança das estações.