Camoes Saudade
Horizonte do Amor
Entre a Saudade e o Infinito
Estava aqui, só pensando,
No teu cheiro a imaginar,
Beijando tua boca louco,
No sonho a te desejar.
Queria ver teu sorriso,
E teu olhar encontrar.
Qualquer um que já provou
A torta de morango doce,
Sabe o gosto da alegria,
Que em meu peito se trouxe.
Quem já te abraçou na vida
Sente o que meu peito fosse.
Posso esquecer tanta coisa,
Mas o dia não esqueci,
Quando comecei contigo,
E pra sempre eu me perdi.
Te amar foi meu destino,
Mesmo sem saber que o vi.
Tu achaste um coração,
Que, mesmo longe, é presente.
Não é a distância que mata,
Mas sim o que a gente sente.
Nossa união é o que vale,
Pois ela é luz reluzente.
Sete mil litros bombeados,
No peito a pulsar forte.
É o sangue que me move,
Pra te alcançar de sul a norte.
Você, minha constelação,
Minha luz, meu puro norte.
Quando te vi, oh, meu bem,
O sonho virou verdade.
Meu mundo amanheceu claro,
Mas partiu-se em tempestade.
Você foi e me deixou,
Sem saber dessa saudade.
Luz das estrelas, meu laço,
Hoje leio o que escrevi,
Tantos textos e poemas,
Do amor que por ti vivi.
Não sei por que tudo mudou,
Nem por que te perdi.
Ficaram só as canções,
E você se foi, meu amor.
Minha linha do Equador,
Te afastou do meu calor.
Deixando-me a saudade,
E um céu sem cor, sem fulgor.
Horizonte do Amor
Entre a Saudade e o Infinito
Estava aqui pensando,
Imaginando teu cheiro,
Beijando tua boca pra te deixar louco.
Sonhei com teu sorriso,
Busquei teu olhar,
Queria tua atenção, só pra te falar.
Qualquer um que provou a torta de morango
Sabe o gosto da felicidade.
É o que sinto ao te desejar por dentro,
Quem já te abraçou entenderia.
Posso esquecer tudo, menos o dia
Em que comecei a falar contigo,
Sem saber que te amaria tanto.
Encontraste em mim alguém que, mesmo longe,
Insiste em estar presente.
O que nos mantém é a presença,
A união, não a distância.
Sete mil quinhentos e setenta litros bombeados,
O sangue, combustível da alma,
Para cruzar da Terra à Lua, até você, minha constelação.
Quando te vi,
O sonho aconteceu,
Meu mundo amanheceu.
Mas você partiu sem mim.
Luz das estrelas, laço do infinito,
Hoje leio os textos que fiz pra ti,
Sem entender por que mudou assim.
Ficaram as canções, as palavras,
E você, minha linha do Equador,
Não ficou, partiu,
Deixando saudade e o céu sem cor.
No final da tarde
A saudade arde
Tudo se mistura
Em uma leve textura
A gente se sente sozinho
Caminhando no escuro
O medo vem
A tristeza aparece
No fundo você sabe
Que só existe você e o seu silêncio ocupando todo o espaço
- Final da tarde
Do que passou, podemos ter saudade, mas sentir falta, penso que não. Ainda que seja penoso. A vida é para frente, se ficarmos olhando pra trás, o tropeço é certo, pode até ser fatal.
A saudade é um fogo onde a chama da vida cintila. Como pode existir tanto calor em um fogo que não arde mais?
SE SIGNIFICADO TEM
Horas desenfreadas de uma saudade
jamais sussurrou quando olhar havia
e que na poesia, fosse, então, alegria
em tão longitudinais dias de lealdade
Aqueles sonhos que foram prioridade
ao coração, rimava com doce fantasia
na alma vazia, de sentimento enchia.
Ó singela quimera, quanta felicidade!
Amor com aveludado sinal acontece
com emoção, a lembrança e ventura
horas duradouras a sensação oferece
Ah! satisfação tamanha! rica ternura
se significado tem, a paixão aquece
e sente o afeto com sensível textura!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21/09/2024, 13’27” – cerrado goiano
Saudade, palavra que arde,
Castiga os sentimentos,
Vai ao fundo da alma,
Resgatando do esquecimento.
Saudade que faz perder os sentidos,
Confunde a razão,
Nos envolve de todas as formas,
Cercando nossa dimensão.
Traz à tona o oculto,
Escava o interior.
Se há saudade,
Não nego:
De fato há amor.
A saudade que me acompanha
E chegou este dia
Com ele, a saudade.
A história se repete a cada ano.
E cada ano que passa,
Parece que você fica mais longe.
É tão doloroso sua imagem ficar refém de minha memória.
Eu temo o dia em que ela falhará.
Saudade do seu sorriso,
Do seu radinho,
Aquele que nos acompanhava ao dormir e ao acordar.
Saudade do seu amor,
Do seu colo,
Das histórias que contava quando faltava luz.
Saudade da sua voz,
De sua preocupação,
De te ver jogando carta.
O tempo passa
E, a vida não para pra gente sofrer.
Pai, sua falta me acompanha,
Todo dia é a mesma história.
"Quero te beijar com a vontade da certeza da saudade que eu vou sentir de você.
Quero te beijar com a certeza da vontade da felicidade que vou sentir quando te rever."
Com o tempo...
Com o tempo, a gente aprende,
A lidar com a saudade,
A aceitar o que vem,
A buscar a verdade.
Com o tempo, a dor se acalma,
E o coração se refaz,
A vida encontra a calma,
E a paz se faz.
Com o tempo, a gente cresce,
E entende o que passou,
Cada cicatriz enobrece,
O caminho que trilhou.
Com o tempo, a gente vê,
Que o amor é o que importa,
Que a vida é pra viver,
E a esperança nunca é morta.
SAUDADE DOS ANDES
Sentimento invade o ser que dorme
Penetrando lembranças apagadas pela mente.
Ressurgem imagens que invadem o coração
Como presentes escondidos no inconsciente.
Pergunto-me:
__ Onde estou? Que lugar é esse?
Uma resposta apresenta-se em meio à névoa,
Evocada pelo som de uma orquestra
Que vem ao meu encontro.
Uma voz canta e ecoa reminiscências
De um passado ainda mais remoto
Que despertam pela vibração dos instrumentos:
Violinos, órgão, "chello" e uma voz de contralto a cantar!
Viajo. Vou longe. Aos picos dos Andes.
Vejo os incas: são mulheres, homens e crianças,
Cabanas, fogo, céu estrelado e a mesma lua.
Sons abafados, choros, canções e risos.
Não quero voltar!
Está tão frio lá fora...
Mas sinto um calor intenso em mim.
De repente, o som se transforma!
Uma buzina soa estridente do outro lado do mundo.
Retorno, sem piscar, rodopiando, ao mundo presente,
Ao plano material e dos corpos físicos!
São 23 horas de um dia 29 de outubro.
O ano é 2004!
Uma multidão discute embaixo da janela.
A noite está quente.
Água cai do céu...
E a orquestra já se foi...
Como nunca, estou mais do que presente!
Malgrado os ruídos que vêm da rua,
O quarto está calmo e em silêncio:
Reverência pelos irmãos que dormem nos Andes - como sempre!
out/ 2004
Que não seja culpa tua
nem minha
que simbolize
o que der
e derrame o perfume sagrado da saudade
porque assim
na ausência
ouviras falar
e quando nada puderes fazer
saberás o que não morre
no coração
Saudade e um vazio
Um livro qualquer da estante...
Pego-o
Aquele vazio de não me acostumar
Bate em mim
Forte.
Uma data simples, comum: outubro de 2019,
Marcou aquele fim de ano.
Penetra-me
Sem machucar!
Finca o pé sem estreitar visões
Sem deixar sinal
É só um passado... quase distante,
Vindo de livros
Um passado que está onde deve ficar,
Pois lembranças nada são que memórias
_______> Vêm e vão _______>
Passam
Nada mais são!
11/09/2024
Fragmentos de Saudade: A Força Que Nasceu da Ausência
Os dias se arrastam, memórias perdidas,
Momentos roubados, palavras omitidas.
Cresci sem seu riso, sem seu olhar,
Aprendi a caminhar, sem suas mãos para guiar.
Carrego no peito um peso invisível,
A falta de um pai, um amor imprevisível.
Os dias passaram, e o vento soprou,
Levando com ele o que nunca ficou.
Mas na ausência, também cresci,
Entre as sombras, me refiz.
Carrego comigo a força que criei,
No abraço que não veio, o amor que inventei.
E hoje, eu sigo, apesar do que foi,
Com a certeza de quem sempre se constrói.
Pai, sua ausência foi dor e lição,
Mas aprendi a amar com meu próprio coração.
Entre o céu e a terra, um abismo constante,
Entre pai e filho, um laço distante.
Faltou você nas tardes de sol, nas noites de medo,
Faltou a mão firme, faltou o seu dedo.
E apesar de tudo, aprendi a crescer,
Com cicatrizes de ausência, mas vontade de vencer.
Hoje sigo meus passos, sem olhar para trás,
Levo comigo a coragem de seguir e ser capaz.
Porque mesmo sem você, pai, me fiz inteiro
Um mosaico de força, dor e desespero.
E no meio do caminho, encontrei meu valor,
Não sou a falta que ficou, sou a vida que restou.
VERSOS COM SAUDADE
No verso magoadíssimo de saudade
Quase privado de aparato, de alegria
Tão sofridamente a sensação invade
Que nem a emoção, o agrado, sentia
Na poesia, o suspiro de infelicidade
Nas rimas o sentimento que morria
E, no ritmo da poética a banalidade
Cantando, nem eu sei que cantoria
Pranto... sei lá que tanto, apodera
Da solidão, que o coração dilacera
E a nostalgia vem forte na carência
Nem sei se sei onde está o alguém
Apenas sei que dói, vai muito além
Quando se tem uma vital ausência.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/09/2024, 18’45” – Araguari, MG
O maior peso do mundo
É distribuído em sete letras
Que formam o que chamamos
De saudade.
Só sente o peso dessas letras
Quem pode dizer com orgulho
Que, em vida,
Amou.
A gente cresce
mas não cresce
o que está
dentro da gente
que saudade
desse tempo
de guria
que tudo era magia
cor e encantamento
a gente parecia
mais feliz
fazia das
pequenas coisas
grandes acontecimentos
hoje vamos
ao salão
para ficar
mais bonitas
já nem se
usa mais
tantos laços,
tantas fitas...
a tal maturidade
vai chegando
tudo gira
e a ciranda
se desfaz
já não dá
para voltar atras..
O pecado
mora ao lado
e me sinto
a própria Eva
mordendo
do fruto proibido
aos poucos
vou me
desfazendo
dos adereços
da meninice
e até algumas
crendices
já não
me servem mais
Me sinto
recém parida
e dessa
nova vida
vou sorver tudo
num só gole.
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