Caminhando pela Vida
Ternura incontida
Querendo abraçar
Sem nenhum alvo
Sem nenhuma razão.
Deleitável é a vida
Tamanha é a gratidão
Transborda a alma
Ritmo melódico
Paz, harmonia e paixão.
Formado pela vida
De tudo você sabia
Eu te admirava, mas
Na minha timidez não dizia.
Eu um menino
Tímido, quieto, aflito.
Por hábito deitavas cedo
Rezava alguns segundos
Solitário na viuvez
Nem do escuro tinhas medo
Ao redor do fogo eu via
A noite adormecer.
Eu era feliz meu pai,
Senão na plenitude
Se um vazio havia
Buscava em tuas virtudes
Forças para viver.
Nada é eterno
Vai verão, vem inverno
Coisas que a gente sabe
Mas tristeza às vezes cabe
Nas saudades que te trazem.
Nos vazios das minhas lidas
Nas madrugadas de ausências
E como ver a querência
Abandonada e sem vida.
Quem dera Deus meu
Te ver abrindo a porteira
Descendo pela estrada
Para matear nas madrugas
Fazendo chiar a chaleira
Na casa outra vez alegre.
Na inocência do menino
Pai e filho sorrindo
Num mundo de felicidades.
Nestes dias em que a chuva umedece a rua e o céu escurece, observo a vida na minha cidade.
As luzes até ascendem brincando de anoitecer.
Com a chuva intensa sinto medo de temporais, enchentes, tragédias naturais...
Na juventude em dias de chuva a gente se divertia pisando descalços nos atoladores das ruas.
Era lindo acompanhar a emoção das crianças pisando no barro pela primeira vez.
Anoitece.
Agora há o espetáculo das luzes dos veículos refletindo nos pingos d’água.
É agradável adormecer ouvindo o ruído das goteiras, ou acalentando algum sonho no conforto da cama.
É gostosa a sensação de acordar durante a madrugada com frio e reforçamos as cobertas.
A noite passada eu sonhei.
No meu sonho todos compreendiam que os homens sobrevivem a tudo exceto a solidão das noites chuvosas.
A humanidade se abraçava num gesto de ternura jamais visto. A felicidade invadia cada coração e todos riam alegremente.
Ao amanhecer a realidade era outra, mas sonhar, ainda que seja utópico, é um exercício que acalma a alma das suas angústias.
Novos amanhãs
Nas ruas a população
move-se mascarada
- atônita-
Uma pontinha de vida
chora ...
Lagrimas mundiais
unem nações
Espalha-se a fome
e a dor tudo fecha,
Mas há o sol
acompanhando o mar
projetando novos amanhãs.
Raios de fé
ondas de esperança
dizendo que ainda
devemos sonhar.
A vista da vida
vinha dos olhos de vidro
das ventarolas das janelas
Descendo
a descida
Degrau
por
degrau
Lindo e límpido
como água do poço
Frescor da brisa
cheirando a flores
Zunido de abelhas
adoçando o sonho
Crescidos
os girassóis sorriam.
A vida em espírito e corpo se formando
O vento embalando a luz
nas poesias lançadas ao ar
Canções intensas sem instrumentos
na ternura dos meus sentidos
Cresci admirando os caminhos,
colhendo belezas que as mãos alcançavam
- Lamentando as flores mortas –
e fazendo versos ofertados com carinho
Meus olhos anoiteceram
O silêncio me fez lembranças aos passarinhos
A vida é um voo constante.
Manhã virgem de sol
Dor doída
que já não dói
A vida é um flash.
Ontem
ficou pra trás
Caminhos desbotam
as folhas faciais
Anoitece outono
para amanhecer inverno
E o frio aprisiona,
mas o colorido da primavera,
- Que dádiva! –
avança pelos dias de verão
E a liberdade de amar
o mesmo amor
- outra vez -
ilumina o coração.
Lua feita de silêncios
na calmaria noturna
A vida, inconformada,
tatua frases no peito
Pinta uma lágrima desmotivada,
amistosa,
- Do nada -
O futuro é desconhecido,
mas a noite é enluarada.
Adornos de risos e alegrias
Farras e fantasias
semeando a vida
no horto de hortênsias,
perfumando o sacrário
da frase morta
Esquecida
Nos degraus do campanário
não há luz
- Morrem as estrelas-.
Vozes do passado
- Compõem pinturas –
e expõem na tela
traços de lonjuras
A vida
é sombra
de sonhos
fantasiados.
O tempo...
Jovens noites de brisa
Nostálgica juventude.
Charnecas floridas
após a chuva
- Vida líquida -
dançam alegres
Ventos de elásticos
Repuxe de ondas
repetem nos olhos
a fotografia
Exalam nos ares
- Aqui e além-mares -
legendas perfumadas
em cores que balançam
colorindo o inconsciente
- Das flores –
da gente.
Vida vindo
ventando vivências
aventando a existência
A rosa escarlata
para a mais bela
Ansioso
ao vê-la na janela
Depois o adeus
envelhece o silêncio.
A pele arde
ao meio dia
a vida puxada pela copada
arrebenta-se ao meio
estrada de pó
solão
piedade!
Passos suspensos irrespiráveis
olhar incrédulo e horrorizado
do gado
faminto no potreiro
- O verde definha-
Muito além de um caminho:
vida!
Passos ansiosos
nem sempre pensados;
Pés pesados no chão.
Viver é dádiva!
Fulminante o sol se põe
como a brisa da praia
Vive-se o instante!
Faltaram infinitos.
A vida nunca para!
Viver é ser!
A vida traz o inesperado
- Gol olímpico –
Luas aluadas
Sombras que amanhecem
O rio sobe a montanha
em andaimes a espiá-la
e desliza em lágrimas
Vive e cultiva a flor
- Da pele -
Espinha e sente
o odor
da dor que dói
silenciosa
Acena ao divino
num flash de fé
Adormece leve
escutando o coração
Em paz…
Não há culpa
O tempo erra
e a vida segue
O que choramos
não é a morte,
talvez a dor
Jeito de não ser;
Águas
sem rio,
Humanos sem brios.
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