Caça Palavra
ACONTECIMENTO INESPERADO
O inesperado bate na porta quase todos os dias. Vivemos por esperas. Esperas de acontecimentos e quando ele aparece sem dizer uma única palavra, nos pega desprevenidos. Porque isto acontece? Porque queremos tanto e não nos preparamos para tal. Vencemos batalhas, corremos riscos, lutamos com unhas e dentes, porém não para a chegada de um acontecimento inesperado.
Quem sabe a vida está nos testando? Quem sabe ela quer nos dizer que o tempo tem uma tática infalível. Quem sabe nada disto seja novidade? Já sabemos, porém não queremos entender para não sofrer. Quem sabe só vamos entender bem mais tarde. Talvez sim, talvez não. Ninguém está escape das dúvidas e das indecisões. Só passando vamos entender os acontecimentos inesperados da vida.
Escrever é uma arte. Arte de sentir. Arte de expor e de doar. Arte de ter em nosso poder, o bálsamo. Arte de redesenhar o obvio, o mistério e a incógnita. Escrever nada mais é do que um recado que Deus quer dar através das palavras escritas.
Às vezes é melhor calar, não dizer uma única palavra. Noutras, precisamos desabafar, colocar para fora tudo aquilo que está nos agoniando. O que necessitamos na verdade, é estarmos em Paz. Por isto, estamos sempre buscando o que nos eleva ao ponto máximo.
Quando mudamos a nossa atitude, mudamos pelo fato de ter percebido alguma ação incoerente. Mudar tem no fim a palavra, o verbo “dar”. Dar a oportunidade de crescer, de evoluir, de abrir portas para o aprendizado da vida.
Só existe uma palavra que define o caminho, a sabedoria, a felicidade, o crescimento, desenvolvimento e o sucesso, o AMOR.
A palavra tem o poder. A vida tem a sua essência. Na luta captamos as fraquezas. Na imaginação compreendemos os pormenores. Todos nós temos nossas revoluções internas. Assim, cada qual com seus intuitos, distúrbios e emoções. Na dualidade é que vamos percebendo a importância do equilíbrio.
"A desnutrição espiritual emerge quando a Bíblia repousa aberta no púlpito, mas as palavras proferidas não são das Escrituras, e sim humanas. Essas palavras não alimentam o rebanho faminto de fé.”
Quando a Palavra de Deus desaparece do púlpito, o que se ouve só serve para banhar os esgotos para nutrição das ratazanas.
Não se anuncia a verdade do Evangelho usando técnicas de neurolinguística. Isso é pregar o evangelho humano.
Cada palavra um novo sentido
o dito explícito
o dito implícito.
Cada palavra uma arma, uma armadilha...
um novo contexto,
um novo sentido, ensina a cartilha.
Ao sentido ontem dado
hoje um novo sentido é agregado.
Ao que ontem foi falado
no hoje tudo pode ser mudado,
e qualquer pré-sentido pode ser negado.
Cada palavra fluida, dinâmica, complexa,
ao contexto um novo sentido empresta.
Um pequeno 'equívoco' na expressão,
e o sentido muda de direção.
Entre seus olhos e os meus
Seus olhos os meus evitam,
os meus, os seus.
Meus olhos os seus procuram,
os seus... os meus.
Dos olhos meus
a palavra não dita grita,
insiste em aparecer,
e entre nós fica.
Nos olhos seus
o não dito está escrito...
meus olhos os seus olham
e fingem não saber ler.
Minha palavra
Minha palavra dobrou a esquina.
O que tenho para dizer não cabe em um linha reta.
Tudo pra mim vira poesia.
O que acontece de noite.
E o que acontece de dia.
Minha palavra rola solta.
Atravessa a rua.
Veste-se… fica nua.
Minha palavra muda de calçada.
Voa… dá um nó.
Segue, falando só.