ABSTRAÇÃO

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De alguma forma eu lutava contra sensações que continham pura abstração e nenhum gesto dirigido ao mundo atual.

INEXPLICÁVEL AMOR



Que é o amor?

Tem existência concreta,

Na abstração dos sentimentos?

É algo tão leve,

Que um sopro de vento leve?

É um fardo tão pesado

Capaz de deixar esmagado

O coração de quem ama

E de quem é amado,

Quando algo sai errado?

Ou será um mistério

Para sempre guardado?

Ou um enigma

Jamais desvendado?

Se todos já o dizem ter sentido,

Essas dúvidas não fazem sentido!

Mas, justo por tê-lo sentido,

Nenhuma explicação faz sentido!

É triste quando o poeta se torna frio, pois, em vez de expressar poesia expressa abstração.

A inspiração é a porta da abstração caótica na superfície enigmática do poeta. Somente quem for louco encontrará a porta certa.

Porque nós temos a maldita mania de rotular tudo à nossa volta?
A exorbitante abstração que existe na nossa mente complexa exposta na imensidão albina do papel, em momento algum é para ser rotulada.
Arte são os nossos pensamentos literalmente vomitados diante de seja qual for a situação, expelidos com uma força paranormal em ferramentas hoje muito comuns como nosso famoso "bloco de notas" ou "word 2003".
Esqueça um pouco o questinar e sinta, pense, sinta, cante, sinta, fale, sinta, grite, sinta, escute, sinta, sinta, sinta...
Entre em seu mundo, veja você, te escute, não te rotules.
Porque cantar, escutar, falar, gritar, chorar precisa de rotulações?
Verdade é que quando perguntamos porque rotulamos tudo na nossa volta ja estamos rotulando e rotulações ao extremo causa maluquisse.
Tambem verdade é que imensurável é a vontade de sentir sem se questionar.
Apenas sinta, viva isso de forma intesa que saberás realmente a verdadera hora que precisarás rotutar algo. Mais em relação a arte, não necessariamente arte pintada, tocada ou gesticuladas, mais digo aqui da arte de sentir.
O sentimento não precisa ser rotulado, porque rotular sentimento é algo impossivel e ridiculamente uma medíocridade.

O tempo não é feito de nada. É uma abstração. Apenas um significado que impomos ao movimento.

'...A pornografia é só para homens. A mulher quer ser possuída em sua abstração, em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para ela se conhecer. Ela é uma paisagem que quer ser decifrada pelas mãos e bocas dos exploradores. Ela não sabe quem é. Mas elas também não querem ser opacas, obscuras. Querem descobrir a beleza que cabe a nós revelar-lhes.

Demasiada Abstração Afoga o Espírito - Certa porção de abstração melancólica pode ser tão útil como um narcótico em dose discreta, porque é uma coisa que adormenta as febres, às vezes renitentes, da inteligência em ação, e faz nascer no espírito um vapor brando e fresco, que corrige os contornos demasiado ásperos do pensamento puro, enche numa ou noutra parte lacunas e intervalos, liga os conjuntos e esfuma os ângulos das ideias. A muita abstração, porém, submerge e afoga. Infeliz do operário de espírito que se deixa cair inteiramente do pensamento na abstração. Julga que facilmente tornará a subir, e diz consigo que, afinal, ainda que não suba, é o mesmo. Erro!
O pensamento é o labor e a abstração a voluptuosidade da inteligência. Substituir uma coisa por outra é confundir um veneno com um alimento.

Enquanto o Amor não sair da Abstração,
Sempre haverá Mais distâncias ao Amor ao Próximo.

Desenvolva sua a capacidade de "abstração", passeie pelos seus pensamentos ... não deixe tua mente viver apenas no que é concreto.

Flávia Abib

Num território dominado pelo crime a abstração se torna perigosa,... por isso as artes escasseiam, e a produção do homem se torna bruta, sem o fino tecido do belo.

O QUE É ABSTRAÇÃO?
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"Quando estamos diante de um objeto concreto ou de uma cena, temos perante nossos sentidos e possibilidades de percepção um fragmento da realidade que reúne uma miríade de características e especificidades. Abstrair, no entanto, é a capacidade de desconsiderar este emaranhado de aspectos que constituem a totalidade concreta do objeto abordado e considerar só aqueles aspectos que nos interessam.
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O homem paleolítico começou a se distinguir de outros animais quando passou a olhar para os galhos caídos ao chão de uma nova maneira, deixando de enxergá-los como o que são concretamente – isto é, abstraindo uma série de elementos que fazem de cada galho um objeto único – para passar a enxergar este ou aquele galho como um “apanhador de frutas”. Visto desta nova maneira – com a abstração de todas as características desnecessárias e a preservação, na mente, apenas das propriedades de solidez e forma alongada do galho – este objeto pôde assumir a função de cutucar uma árvore para precipitar a queda de um fruto. A abstração, enfim, transformou o galho seco em um “apanhador de frutas” – um instrumento capaz de interferir e modificar a realidade, no caso expandindo a capacidade manual de se disponibilizar de alimentos.
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Com a capacidade de abstração, os seres humanos começaram a transformar pedras pontiagudas em armas, troncos flutuantes em pequenas embarcações improvisadas. Ainda no período paleolítico, passariam a juntar diferentes objetos para construir ferramentas sofisticadas: lanças de ponta de sílex, machados de pedra, agulhas. Com a capacidade de abstração, logo desenvolveriam a linguagem simbólica, e também aprenderiam a contar.
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Por fim, os seres humanos aprenderiam a conceituar. O conceito é o produto mais refinado da capacidade de abstrair, já que, para conceituar, precisamos nos abstrair de alguns aspectos concretos para passar a enxergar mentalmente apenas aquilo que nos interessa. Abstrair é o ato de abandonar momentaneamente a realidade concreta – ou deslocá-la, por instantes, para um contracanto – de modo a recriar uma outra realidade: operacional, funcional, referencial, audaciosa, liberta de amarras"
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[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção, O Uso dos Conceitos: uma abordagem interdisciplinar. Petrópolis: Editora Vozes, 2021, p.38-39]

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⁠Abstração

Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos da memória. Nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.

O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas, agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza?

Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.

Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, apropriou-se daquele passado na gaveta vazia.

E a lágrima perdeu-se no curso natural, devastada pela letargia do tempo olvido, pela tempestade profunda e prolongada da memória enlutada do esquecimento. Lágrima a deriva, nem verso, nem rima, nem nada.

(Bia Pardini)

⁠Há uma ideia de um Patrick Bateman, uma espécie de abstração, mas não existe um eu real, apenas uma entidade, algo ilusório, e embora eu possa esconder meu olhar frio e você possa apertar minha mão e sentir minha carne apertando a sua e talvez você possa até pensar que podemos comparar nossos estilos de vida, eu simplesmente não estou aqui.

Bret Easton Ellis
Psicopata Americano. Rio de Janeiro: Darkside, 2020.

O sentimentalismo nos persuade a adorar uma abstração irreal de algum tipo, sob a alegação de que as condições reais não merecem que nos importemos com elas.

Inserida por nahfernandez

ABSTRAÇÃO
Passe na minha calçada
outra vez
Outra vez,
mostre-me o os olhos
que tens, deixe escapar
na calçada, uma fita qualquer
até se encurvar pra toma-la do chão.
passe por cima do ego
uma vez
e outra vez
mostre-me o chão onde é
sinta se firme agora
com os pés desta vez
em teu corpo mulher.

Inserida por Ezhequiel

Criticam-me de usar muita abstração nas coisas que escrevo, mas acho que é só um jeito de não machucar quem lê e não sangrar quem escreve.

Inserida por Juniorfortini

À abstração desperta sensações ímpar. Tem o poder de nos
transportar à épocas distantes, e ao mesmo tempo tão próxi
ma.

Inserida por N4m9A6L5

Eu hoje gostaria de ter conversado sobre abstração, universo, ângulos ou visões... Mas so encontrei sacos vazios que insistem em ficar de pé.

Inserida por Leninhaalves

Tudo parece cair na abstração
Um sentido na ausência da essência
Contundente e tão serene,
Súbita mansidão desejada.

Inserida por CertasCoisas