O que te move

⁠Mesmo eu sendo sua mãe, eu não posso controlar sua vida como eu gostaria de controlar, infelizmente.

⁠Tô seguindo meu coração, relaxa. Quando eu faço isso as coisas dão certo pra mim.

⁠Você sabe o que é nunca ter tido um pai, achar um, encontrar outro e depois perder os dois logo em seguida? Por sua própria culpa?

⁠O que eu tenho com vocês é muito mais forte do que qualquer laço de sangue.

⁠Como eu vou me conhecer se eu não sei nem quem é o meu pai?

⁠Se sentir necessidade de cometer uma insanidade, e, veja bem, eu não falei "vontade", eu falei "necessidade", aí você vai escutar o seu coração. Porque se ele, e só ele, te jogar pra insanidade, você vai.

⁠Eu me sinto como se estivesse perdendo todas as minhas folhas. Os galhos, o vento e a chuva... Não sei mais o que está acontecendo.

Por que você me olha como se algo estivesse errado? Está tudo bem, Anne. O mundo está girando. Você sempre foi assim. Preocupada. 

Levante a cabeça! Todos acabam indo embora, mais cedo ou mais tarde. Falo por experiência própria.

Coisas estranhas estão acontecendo ao nosso redor. Você não percebeu?

⁠Minha filha tem tendência a se repetir. Mas você sabe como é, é uma coisa da idade.

Ela é como um gato de rua, vem e vai quando quer. Não fica presa a um lugar ou a uma pessoa.

Acho que, nas questões do coração, não dá para prever como uma pessoa vai se comportar.

Em completa desolação, olhei para o mundo lá em cima. Vi o céu transformar-se de prata em cinza e em cor de chuva. Até as nuvens tentavam fugir. Vez por outra, eu imaginava como seria tudo acima daquelas nuvens, sabendo, sem sombra de dúvida, que o sol era louro e a atmosfera interminável era um gigantesco olho azul.

A beleza de DEUS é revelada na simplicidade de Sua criação! É impossível não reconhecer a mão dEle em cada detalhe!

Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo. As cartas me libertam. Ou pelo menos deveriam.

..Anos antes, quando os dois haviam apostado corrida num campo lamacento, Rudy era um conjunto de ossos montado às pressas, com um riso irregular e hesitante. Sob o arvoredo, nessa tarde, era um doador de pão e ursinhos de pelúcia. Um tríplice campeão da Juventude Hitlerista. Era seu melhor amigo. E ESTAVA A UM MÊS DE SUA MORTE... ESTAVA SE DESPEDINDO DELE, E NEM SABIA..

Arrancou uma página do livro e a rasgou ao meio. Depois, um capítulo.
Em pouco tempo, não restava nada senão tiras de palavras, derramadas feito lixo entre suas pernas e em toda a sua volta. As palavras. Por que tinham que existir? Sem elas, não haveria nada disso.
(…)
De que adiantavam as palavras?
Nada acolheu os chamados senão o silêncio.

Para que uma coisa dê errado de um jeito tão colossal e horrível, tudo precisa acontecer na ordem certa e no momento certo, ou, nesse caso, no momento errado.

Viver.
Viver era ficar vivo.
O preço era a culpa, aliada à vergonha.