Jean la bruyère
Fábula A Lebre e a Tartaruga
Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga.
A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga.
Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre muito segura de si, aceitou prontamente.
Não perdendo tempo, a tartaruga pois-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém, firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária, e vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr.
Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada, toda sorridente
Moral da história: Devagar se vai ao longe.
Podemos ler nas testas daqueles que vivem cercados por um luxo insensato que a fortuna vende aquilo que se pensa que ela dá.
Nos partidos custa-se mais a conviver com os que deles fazem parte do que a agir contra os que a eles se opõem.
Os que só do usual são capazes, só admitem a possibilidade do muito extraordinário quando este os atinge. Observei-o centenas de vezes.
Os livros ruins também são necessários. São os mais excitantes: eles dão-nos ganas de recomeçá-los, convidam-nos a intervir.
Aníbal predisse-o, acreditemos nesse grande homem: Nunca se vencerão os Romanos senão dentro de Roma.