Jean la bruyère
Saudade
Ando dissolvendo,
derretendo,
sumindo.
Não a carne, falo da alma
Antes tão entregue
Tão absolutamente entregue
Hoje vaga difusa
Sem vontade de voltar pra casa
Habitar esse corpo
Que tanto calor nos braços teus sentiu.
Ora! Qualquer hora.
O amor que nasceu outrora
Se distanciou, foi embora
Renasceu agora
E de novo evapora
A saudade vem a toda hora
Sinal que sem demora
A gente s'encontra
(outras muitas vezes)
por essa vida afora...
De tudo, guardei "Sem lechetrez"
Que rima com última vez
E aí lembrei da música
"Começaria tudo outra vez
se preciso fosse meu amor"
Que rima com flor
E aí lembrei da flor que ganhei
Que rima com tatuei,
E aí lembrei que foi o que fiz
Que rima com feliz
É aí lembrei que é como sou
Nessa mistura de alegre e triste
Que rima com o que fizeste
Junto com o que eu fiz
Que rima com porque eu quis
E também com porque você quis
E aí lembrei como a gente era feliz
Que, se não rima com amor,
Não poderá, jamais, rimar com dor!
Os laços familiares formados por aqui são fios de amor que tecem a história de encontros e reencontros nas diversas dimensões de espaços e tempos. Ter a oportunidade de amar e ser amado por uma Mãe e sentir os reflexos se propagando em diferentes formas de carinho ao longo da vida, energia antes recebida e que hoje se transmuta em amizade, ternura, fraternidade e outras formas de amor por outros entes queridos, é coisa de beleza muito fina. O amor é, honestamente, um interessante mistério que se apresenta de tantas formas diferentes.
Hoje a saudade bateu, lembrei de sorrisos tão largos e espontâneos, abraços permeados de aconchego e ternura, outras vezes de medo ou solidão, diferentes momentos de uma vida vivida com intensidade por uma senhora que tanto amei...
Sempre a esperança foi sua guia e a alegria sua companheira.
Em meio à incapacidade de traduzir o amor filial em palavras, paira a certeza de Exupery de que quem se vai, não vai só e não nos deixa só, deixa um pouco de si, leva um pouco de nós.
Cheguei ao meu ápice,
No qual me sentir insuficiente é rotina.
Cheguei ao meu ápice,
Onde já não tenho autoestima.
Cheguei no meu ápice,
Onde já não tenho forças pra brigar.
Cheguei ao meu ápice,
Onde meu coração começa a se calar.
Cheguei ao meu ápice,
Onde não estou suportando mais.
Cheguei ao meu ápice,
Onde a cada dia que passa não me conheço mais.
Cheguei ao meu ápice,
Só isso tenho a dizer.
Cheguei ao meu ápice,
Onde já cansei de viver.
Mistura de emoção.
Eu estou nesse bloqueio...
E agora, como faço para escrever?
Eu não sei ser mais ligeiro,
Ou poeta não posso ser?
Eu não sei o que escrever,
Estou sozinho, sem inspiração.
Talvez me falte você...
Meu amado coração.
Talvez me falte vontade,
Talvez me falte calor,
Talvez me falte carinho,
Talvez me falte amor.
Talvez eu seja só mais um lunático
Que fala que amor é solução.
Quem sabe eu não sou o tal lunático
Pois, não existe outra opção.
Quem sabe eu sou um louco,
Que vira e mexe pensa em teu ser.
Deveras, eu sou louco...
Louco por você.
Se amar é loucura
Quero sempre ser maluco.
Seu amor é tão contagiante,
Ele vem de lá do fundo.
Bloqueio, se vá embora
Não te quero mais aqui.
Bloqueio, e não demora
Eu me quero ver sorrir.
Ser poeta é ser lunático,
É ser muita confusão.
Ser poeta é ter uma mistura...
Uma mistura de emoção.
O MEU AMOR
Meu amor tem duas covas
Que enterram minha razão.
Não existe o que temer
As covinhas são de paixão.
E o sorriso que reluz
Não perdoa o meu ser,
Me degrada por inteiro
Só de eu lhe ver.
Com seus olhos?
Não sei lidar!
É o espelho de sua alma...
Não tenho dúvidas,
Estou a te amar.
Silenciosa noite
Eu tentava dormir,
Mas a maldita da insônia
Fez-me rir.
Rir não nego,
Mas o choro ainda estava querendo jorrar de meus olhos
Não pude deixar...
E não deixei.
Ri, novamente disfarcei.
Laço de abraço
É no laço de seus braços
Que minha dor se desfaz,
Me ensina a crescer...
Sem você não sou capaz!
Essa noite velei,
Pensando em nosso amor!
Tu me faz tão bem,
Que livrai-me da dor.
Tudo que queria
Era dormir em teus braços.
Meu amor, meu carinho
Me deixe dormir,
E sonhar com nosso ninho.
De amor!
Pode ir!
Me deixe...
Eu me viro só!
Como um cardume
De um só peixe.
Eu não ligo.
Eu sei me virar sozinho...
E caminhar por esse mundo
Sombrio.
Não irei mais cobrar
Que me entenda.
Atenção,
Deve ser voluntária!
Se for p'ra gritar,
Gritarei de amor.
Essa distância me degrada,
Me assassina de dor.
Mas se é pra morrer,
Que seja de amor...
Overdose.
Pare!
Se abre.
Me fale.
Não tente fugir não.
Sinta!
Me abrace.
Não cale,
Essa voz do coração.
Fique!
Me ame.
Não some.
fugir não
tem perdão.
-Não pode ir, tu já és parte de mim.
-Posso!
-Não, não pode.
Senão não eu morro,
Eu morro de overdose,
Overdose de amor.
Abandono.
Você abandonou-me.
Foi embora sem nem
um adeus dizer.
Insensível.
Me degradou,
acabou com
meu ser.
Você fudeu comigo.
Me destruiu,
me destroçou.
Você não é digno
de carinho,
quem dirá amor.
Agora?
Nem sei mais
o que é amor.
Você me roubou tudo,
só me restou a dor.
Você me deixou.
Mas o mundo gira.
Gira muito, vai girar.
E por tudo que é mais sagrado
um dia tu há de me pagar.
-Boa noite!