Boca
Hoje me deu uma vontade de beijar na boca,
sentir os lábios grossos e carnudos na minha boca,
sentindo meu desejo me beijando.
E senti vontade de fazer amor gostoso,
de passear na minha vida
e, depois, sentir os meus pelinhos.
16/07/18 - 21:43
Karina Megiato
Paro o tempo brevemente enquanto contemplo uma composição majestosa, boca pequena, longos cabelos, natureza grandiosa, quente, sedutora, força de uma paixão ardente, o brilho intenso de um universo atraente no olhar, a linda escuridão da noite nos olhos, alma romântica, charme peculiar, um pouco misterioso, o desenho do seu corpo e a liberdades da sua essência fazendo juntos uma grande referência a uma borboleta formosa, asas de curvas esplêndidas, um ânimo impetuoso que a faz voar lindamente até as estrelas, a junção de pimenta e doçura, pressão e leveza.
Na tua pele, a sutileza de uma linda pétala delicada, tua boca é macia, pequena e primorosa, teus cabelos são escuros e reluzentes, o céu com a escuridade noturna e o brilho do luar, uma emoção veemente floresce no teu coração, teu jeito charmoso, envolvente, reflete neste teu olhar sincero, reflexo vívido como um fogo ardente, que faz um momento simples ser profusamente belo, interessante, enaltecido por tua estrutura atraente, tua desenvoltura excitante, personalidade autêntica numa mescla de atitudes ternas e de outras picantes, consequentemente, inspiração poética, deleite gratificante.
Talvez um amor proibido
Eu quero te ver, Sentir sua boca presa na minha, sentir seu abraço com o meu.
Vamos nos unir Nosso tempo chegou, vamos nos assumir.
O único sentimento que existe é o de nos dois.
Não importa o que eles pensem, vamos continuar nosso caminho, Batalha e luta por nós dois.
Estou disposto a pedir à Dona María, para tê-la ao meu lado pelo resto da minha vida, vamos lutar, nosso amor é forte e ninguém pode nos separar.
Queria ouvir mais da sua boca
o som inconfundível
da palavra gratidão.
Melodia divina
que Deus ensinou
aos seres vivos
com a ciência suprema
da natureza.
FALATÓRIO
Fiquei sabendo por boca de Matilde
Que uma certa pessoa gosta de mim
Que anda dizendo, meio secretamente
Que me tem desejo ardente, e o que faria por este fim.
Não pude acreditar que tão fina dama soubesse que existo
Ela vive em outra esfera, e, que pobre quimera eu poderia supor
Muito menos querer que tão linda mulher me tivesse amor.
Sou poeta andarilho, ando fora do trilho
Nunca quis tal grandeza, que a sorte e a beleza
Me fizessem um favor.
Diz por aí, que daria tudo por um verso meu
Que tamanha tolice, se eu fosse querer
Fazer verso em troca de um simples prazer.
Continuo a negar este vil falatório
Que um ser tão simplório lhe chamasse a atenção
Não será por encanto que serei acolhido
Por uma simples canção.
Lembrei de você hoje, a forma que escutou cada palavra que saia da minha boca, o jeito que me puxou para dar o último beijo e realmente foi o último.
Canto e Abismo
Me sinto perdido,
arrebatado,
quando escuto tua voz.
O som que de tua boca sai
me guia—
e sempre me lança ao abismo.
Espanto e desespero me perseguem.
O violino,
o mais metafísico dos instrumentos,
ressoa sobre uma base de piano.
Teu canto lírico, suspenso no ar,
é fôlego e esperança.
Caminho sob a sombra
de um passado que não esqueço.
Morro, adormeço,
mas não sonho.
Vivo a realidade cruel do abandono.
Ah, que cão sou eu,
esquecido na noite chuvosa!
Meu destino é árido,
minha cova, rasa.
Não há salvação para quem ama,
nem para quem perdeu
a hora da partida
e o encanto da chegada.
Ah,
minha triste figura,
minha desventura,
minha sorte desalmada.
"Quando quiseres me levar"
Ele acordou com um gosto metálico na boca e uma lucidez que parecia milenar.
Sabia. Não era intuição. Era certeza.
Hoje, a Morte viria. E ele, cansado, não a temia.
Ajeitou os papéis sobre a mesa, acendeu um cigarro que não fumava havia dez anos, e pôs uma música quase inaudível no velho toca-fitas. Era Chopin, talvez. Ou só o vento.
Deixou as janelas abertas. Queria que ela entrasse à vontade.
Morte. Senhora. Fera. Fêmea.
Ela que viesse — sem cerimônias.
No papel, começou a escrever, como quem fura o véu do mundo com uma agulha de fogo:
“Quando quiseres me levar, irei sorrindo.
Quando me achares digno daquele banquete onde serei o prato suculento dos vermes, fique à vontade.
Sei que poeta não deve demorar muito por aqui.
Quanto a essa ilusão que puseste no coração do homem, de ser eterno, fica no vácuo, como hiato cósmico.
Como palavra muda, impronunciável.
Que nós, por confusão mental, criamos em delírio: eternidade.”
Fez uma pausa. O silêncio da casa parecia escutar. A xícara de café esfriava devagar. Lá fora, o mundo seguia: os cães latiam, os pneus assobiavam no asfalto, alguém batia panela no apartamento ao lado.
Mas ele já não pertencia a isso.
Levantou-se. Pegou o espelho da infância — aquele que pertencia à mãe — e olhou-se como quem vê um estrangeiro.
“É você mesmo?”, pensou. “Ou o que restou do que chamaram de você?”
Não chorou. Apenas fechou os olhos.
Lembrou de um amor antigo.
De um poema que nunca publicou.
De uma criança que lhe sorriu na rua, semanas atrás.
Cada coisa lhe parecia uma despedida disfarçada.
Às onze e quarenta e cinco da noite, ela veio.
Não como figura. Não como caveira.
Apenas entrou no ar. Como frio.
Como verdade.
Ele sentiu.
Sorriu.
E sem mais palavras, morreu de olhos abertos, como quem enfim compreende — ou perdoa.
Na folha, sua letra deslizava até o rodapé da página.
E ali, como se deixasse ao mundo uma última gargalhada filosófica, escreveu:
"Criamos o infinito com medo do fim.
Chamamos de eternidade o que não suportamos perder."
Quando produzimos a arte acendemos luzes em nossos olhos e boca, seremos vistos como alguém estranho, até por quem se julga amante das artes, não raro surgem críticas ou elogios vazios, de quem não tem saber poético para criticar ou elogiar. Devemos, no entanto, não nos incomodar com estes que nos invejam ou nos admiram sem conhecimento daquilo de fazemos por amor e ofício.
Às vezes nos encantamos com a beleza,
daí, em seguida, quando a criatura abre a boca nos decepcionamos com a ignorância.
Nem a natureza escapa da falta de critério,
raramente consegue agregar beleza à inteligência.
FOLHA MORTA
Se a minha boca não te surpreende
se o meu corpo não te satisfaz,
o que te falta, para ir embora,
seguir teu rumo, me deixar em paz?
A vida a dois não é cláusula pétrea
se for por força de obrigação
o amor definha, vira folha morta
logo um se despede, outro fecha a porta
finda toda rota de contradição.
Queria ouvir de tua boca, Invés de ciúmes
Sabores agridoces, sussurros e queixumes
Sobre o meu amor, Justa cobrança
Para ser mais intenso, como choro de criança
Nada faz sentido
Falar contigo sem poder te tocar
Olhar tua boca sem poder te beijar
Fazer tantos planos para poder te ver
Pensamento longe, não tanto como você
Oh! Veja como o dia está lindo!
Mas sem você, é só mais um dia
A tua presença me traria vida
Longe de ti, minha alma agoniza
A cada segundo que passa devagar
Sinto tua falta em qualquer lugar
Nada faz sentido, este é o perigo
Não faz sentido sem contigo estar
Quantas vezes andei sem rumo...
Buscando o teu rosto entre muitos
Quantas vezes esperei sem sucesso...
A tua chegada ao meu Universo
Às vezes, imagino um mundo novo
Tão particular quanto os sonhos
Eu e você de frente para o mar
Contemplando o infinito singular
Só que nada faz sentido agora
Lembrando de você a toda hora
Apenas uma oportunidade quero ter
Para dar sentido ao que sinto por você!
O tempo esta passando e você ainda esperando de boca aberta, achando que sem nada fazer algo vá acontecer.
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