Boas palavras

⁠O domingo silencioso é como o cajado de Moises: abre o mar vermelho.

⁠Covid 19. Nestes tempos difíceis, o que você fez na sua casa e na sua vizinhança? Quando tudo passar, é pela sua modéstia que será lembrado.

⁠ A morte ronda e dizima mais pela covid-19, do que na guerra.

⁠Coronavírus: um carrapato que colou no lençol da noite, deu a volta ao mundo e sumiu.

⁠Chore, chore muito, porque ainda está chovendo para vários carnavais!

⁠Coronavírus: lá fora, somente escuto o grito do silêncio.

⁠Covid-19: um coral de vozes, um lamento. Não me rendo ao teu apelo... Eu preciso do teu tempo.

⁠Pais que matam seus filhos, crianças que se calam em túmulos caiados. No funeral, lá estão eles: os pais de ferro enferrujados. Como carrasco de arma erguida, choram semelhante a um ritual ensaiado.

⁠Coronavírus: te tenho como um cacto de espinhos mortais.

⁠Coronavírus... É impressionante quantas coisas triviais levamos a sério. Sejamos despreocupados, não descuidados.

⁠Coronavírus: fique em casa! Virei as costas para o lamento de mil vozes. Agora, com o corpo em chamas, me afogo no ar seco.

⁠Coronavírus: quem não valoriza a saúde, em primeiro lugar, não a merece.

⁠Coronavírus: enquanto eu trabalho, discuto com a saúde. O seu valor só é reconhecido, quando descobrimos quem é que não depende do outro.

⁠Coronavírus: lá fora está um caos, enquanto eu observo e repouso no refúgio do corpo, no refúgio do espírito, no lar de cura.

⁠Coronavírus: é com muito conhecimento, do que está se passando lá fora, que dentro de casa se planta virtude e aflora humildade.

⁠Coronavírus. Importa muito onde você quer estar. Dentro ou fora da arca?

⁠Coronavírus: tudo agora é muito precioso para quem, na vida, foi privado de estar em casa.

⁠Coronavírus. Veja tudo que você tem, para não sofrer com o pouco que te falta!

⁠Coronavírus: a vida está passando por longa e silenciosa mutação, e o que mais escuto são murmúrias e lamentações.

⁠Um crédito, aceito. Tu tens crédito onde vives?