Boa Noite minha Querida
L U A 🌒
Alguns costumam achar o dia ensolarado uma coisa linda, alguns amam o nascer do sol e outros o pôr do sol.... Enfim alguns amam o sol; eu amo a lua.
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Logo quando anoitece
E no céu você aparece
Iluminando com sua luz fluorescente
Encantando os românticos feito entorpecente
Sendo ícone da paixão
E também da solidão
Vem arrasando nas noitadas
Mais que flashs em baladas
Esteja você na fase nova
Esteja você na crescente
Cheia ou minguante
É você a protagonista de todas as noites
Sendo assim
Por completa, cativante
Pode não ter luz própria
Pode não ser uma estrela
Mas nas noites
Fria
Crua
A voz é tua
É para ti que olhamos
Para ti que cantamos
Para ti que choramos
E é com você que lembramos
Lembramos de idas e vindas
De quem perdemos
Quem ganhamos
E quem amamos
É graças a você, Lua
Que as noitadas são lindas
Outono - Noite fria - Madrugada sombria
Brilha a Lua de Outono, noite quase fria, madrugada sombria, assombros da planetária pandemia, que nos atingiu ao romper do dia, quando o povo ainda amanhecia. Implacável, cruel, tornou-se fiel companhia àqueles que com alguma doença incurável convivia, ao infortunado que com baixa imunidade sobrevivia, na esperança que de alguma forma a cura viria. Insone, eu prometia que resistiria, que escreveria e aos quatro ventos postaria, que amplamente compartilharia meus temores, presa fácil da sutil armadilha, da oceânica quinquilharia, da orbital pancadaria. Uma morte inglória assim, é tudo o que eu não pretenderia... Jamais sonhei que assim quedaria, inerte, sem a esperança de um novo e abençoado dia.
(Juares Sasso Jardim / Sacy Pererê do Grande ABC - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
O GATO PRETO
Alma negra que percorre a noite
No telhado briga, ama, e mia. Frígida!
Ao brilho da lua, num acoite
Uma paulada fria tira uma vida
Das sete que se tinha na alma
Renasce frio como uma hidra
Dum cemitério cheio de camas,
Descansa nos olhos amarelos a irá
De um bichano astuto e misterioso
Que ao voltar da morte cansativa
Devora os olhos do ser monstruoso
Que lhe tirou uma vida progressiva.
Tu estás livre e eu estou livre
E há uma noite para passar
Por que não vamos unidos
Por que não vamos ficar
Na aventura dos sentidos
Quem sou Eu?
Sou a fagulha de um corpo celeste na imensidão do infinito.
Sou os raios de sol que penetram sua pele e vagam pelas entranhas do seu corpo até penetrar seus ossos.
Sou átomo, Sou célula,
Sou alma, Sou matéria,
Sou vida, Sou morte,
Sou azar, Sou sorte,
Sou preto, Sou branco,
Sou anima, Sou animus,
Sou Yin, Sou Yang,
Sou ser hermafrodita,
Sou onda, Sou partícula!
Sou a água que nutre a terra seca,
Sou o fogo que aquece do frio,
Sou a terra que faz brotar novas vidas,
Sou o ar que condensa e faz regar.
Sou dias de sol, Sou dias de chuva,
Sou a luz que brilha no meio das trevas,
Sou Super homem, Sou Mulher maravilha.
Sou a força de todos os orixás,
Sou Buda, Sou Krishna,
Sou Jesus, Sou Maria,
Sou puta, Sou santa,
Sou adulto, Sou criança,
Sou mulher, Sou homem,
Sou loba, Sou lobisomem.
Sou o Sol que brilha por trás de noites sombrias.
Sou fera, Sou leão,
Sou a força que rege toda uma nação.
Sou Universo, Sou multiverso,
Sou Terra, Sou lua,
Sou Iansã, sou Tranca Rua.
Sou página em branco,
Sou pena e tinta,
Sou a história que reescrevo a cada dia.
Nesta noite escrevi...
Os versos mais tristes...
Escrevi seu nome...
Nas chamas...
Escrevi seu sobrenome...
Nas cinzas...
Escrevi seu número de telefone...
Nos cacos de Vidro...
Escrevi seu endereço...
No nó da corda...
Mas seu "te amo"
Esse escrevi no ponto final.
Poeta Solitário
Sinto falta daqueles momentos em que na falta de um amor poderíamos brincar com os amigos até o luar.
Sinto falta das noites sombrias que vivíamos sem medo de arriscar.
Sinto falta das companhias que outrora nos faziam sonhar.
Sinto falto do medo de ter medo de alguém machucar.
Não sei se o que sei realmente é amor, mas vivo na expectativa de que se o amor existir um dia ele vai me aquecer a tal ponto que de mim mesmo vou esquecer e o que realmente importará sera você.
Hoje não queria acordar
Já não tenho ânimo nem pra pensar
Todos ao meu redor só sabem criticar
Nunca vê se pode fazer algo pra te ajudar
Essa noite vi minha vida se esvaziar
Quando acordei vi que aki não é mais meu lugar
Queria só entender
Que bem te trás me julgar
Queria ver uma vez
A felicidade em seu olhar
Mais isso nunca vou ver
Pois a tristeza anda comigo
Tampa meus olhos
Me leva para um abismo
Queria desaparecer
Sumir ou apenas morrer
Mais vejo que nem isso
Sou capaz de fazer
Por que o mundo tem que ser tão escuro cada pessoa só enxerga o que te fará bem no futuro
Mais muitas vezes larga quem a quer bem
Não vê o quanto isso faz mal a esse alguém
Que a única coisa que precisava era que alguém a perguntasse se estava bem
Mais essa chance se foi hoje e só tristeza e dor
Deitado toda noite a espera de um amor
A morte me rodeia medo já não há toda noite espero a hora de com ela estar
Eles dançaram durante o dia
E noite adentro através da neve que varreu o corredor
Do inverno ao verão, e em seguida, o inverno novamente
Até as muralhas de fato desmoronarem e caírem
NOITE AFORA (soneto)
Como a secura no cerrado, sombria
A saudade, arde no peito desolado
Que dói, corrói, num olhar maculado
De agonia, e sentimento em romaria
Tão horrenda é a ausência de alegria
A luz do dia, neste silêncio privado
Ecoa em brado, no coração fechado
Causando ilusão enganosa e fantasia
Assim, entre as tristuras, essa poesia
De canção queixosa, chora e tão cheia
De espera, na insônia pela noite afora
Palpita melancolia, repleta de ousadia
Na lembrança que devasta, incendeia
Equivocando o sono, perdido na hora
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2020, 04’52” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Sim, essas noites de cinzas, as mesmas noites com rosas
as que havia passado, as que se passaram, e as que passou
as mesmas noites de medo, as noites de desejos
e as noites com fim
Quando me perpetuo, minha grandeza passa
passa meu orgulho, orgulho?
já dissera que eu mesmo não aceito
que eu mesmo não te peço e eu mesmo não assumo
disseram para mim, que eu mesmo me queixo
morto meu desejo, morto?
Quando a noite passa
mais noite que ela possa ser
mais noite que eu fui
O amanhecer, o amanhecer das flores
que elas mesmas não me desfruta
ser inanimado, algum que não sinto, sinto?
sinto a clareza, o belo, e sua beleza
mas não sinto seu coração, coração?
a um ser inanimado, que não é apaixonado
ameaçado a destruição
para que, disseram que elas não morriam
disse que não tinha coração
algum ruim?, que não vejo?,
oh pena destruição
Aquelas mesmas flores
as que não tinha ódio, nem rancor
para que isto? não fizera nada
o ódio, o rancor, que tem? quem tem?
as flores? ou você?
O que vê
espelho
fixado
na parede do quarto?
Vê
dia e noite
e rastro da insônia.
(...)
O que vê
senão
essa cara
sem dono
esse terno de linho
e esse lenço no pescoço.
(...)
"... enganadora é sim a luz do dia, faz da vida uma sombra apenas recortada, só a noite é lúcida, porém, o sono vence, talvez para nosso sossego e descanço, paz à alma dos vivos"
Tão linda e misteriosa é a lua,
rainha da noite e majestosa
ilumina em arabescos toda a rua
e no jardim beija a rosa
Linda lua que em meio ao sereno
segue em direção à madrugada
manda boa noite em acenos
mesmo que nem seja notada
Oração da Noite
Senhor,
Agradeço por este dia — mesmo com os tropeços, mesmo com o cansaço.
Obrigada por tudo o que veio e também por tudo o que, com sabedoria, foi poupado.
Agora que a noite chega mansa,
eu te entrego o que pesa,
te confio o que não entendo
e descanso no teu colo silencioso.
Acalma meus pensamentos,
alinha minha alma com tua paz,
e guarda meu coração do que me tira a fé.
Que o sono me renove.
Que tua presença me envolva.
E que, ao despertar, eu saiba — mais uma vez —
que fui cuidada por Ti.
Amém.
Edna de Andrade
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