Bebo

Som de bebo é sonrizal.

Meu refúgio é o bar, dia após dia, copo após copo.
Bebo até cair, apenas para tentar esquecer quanta falta me faz seu sorriso, beijos e abraços...

Quando faço uma tempestade em um copo com água, adiciono açúcar e bebo.

“Desde pequeno bebo vinho, mas acho que chamavam de suco de groselha.”

“A crise está feia, quem estava acostumado a tomar vinho, tem que se contentar com suco de groselha.”

“Tem suco de groselha bebendo vinho.”

"A vida é um porre, bebo pra ficar sóbrio."

Dizem que beber alivia
As dores do coração
Eu bebo noite e dia
E as dores nunca se vão.

Bebo teu nome,
como sem fome.
Tu, meu pronome,
some...

⁠PAZ E AMAR

Minha vida que não passa
Passa e fica só em te amar
Se como e bebo em tua taça
Pacifica o meu sonhar.

Texto de Ton Jófer.
Direitos autorais reservados.

⁠Meu desencontro

Meu desencontro.
Bebo a/à indiferença do mundo.
Crio pontes... Em repentes...
Essa linearidade da vida que roda sobre esferas.
Faço-me fera.
Faço-me alguns eus...
Sofrem alguns...
Centro-me.
No centro me desconcentro... me desencontro.
Difícil encontrar-se num encontro.
Sigo os semiapagados rastros...
Concêntrico... Homocêntrico...
Estou exausta...
E com os sapatos gastos.

⁠O último brinde

Bebo à casa arruinada,
às dores de minha vida,
à solidão lado a lado
e à ti também eu bebo –

aos lábios que me mentiram,
ao frio mortal nos olhos,
ao mundo rude e brutal
e a Deus que não nos salvou.

⁠Preciso urgentemente de uma cerveja, ultimamente só bebo saudade."

Eu bebo para me desapaixonar... (...)
– E eu para esquecer...
– Esquecer o que?
– Esqueci.

⁠BRINDE

Teu corpo é embriagante!
Bebo seu líquido,
Você bebe o meu...
Brindemos ao gozo!

⁠mentiras
sou uma delas.
bebo desse amargor
por tanto tempo
pra agradar...
pra merecer...
infelizmente me perdi
de mim.

Meu médico disse que não posso
mais ver bebidas alcoólicas.
Agora só bebo de olhos fechados.

Se faço um, não faço outro. Se bebo, não estudo. Se estudo, não bebo. Nunca tenho equilíbrio. Se amo, amo demais. Amo até querer morrer. Se odeio sinto raiva, tanto ódio que quase espumo. Na minha vida não existe meio termo. Só eu que sou meia e incompleta.

EXPLOSÃO

Bebo para saudar os deuses do copo
Bebo para manter a minha inspiração
Talvez me aches infante, exótico
Por isso escrevo com lentidão

O copo me dá o que preciso
O corpo explode de alegria
“Muito riso é sinal de pouco siso”
Prefiro o derrame da nostalgia.

Vampiro de Lágrimas?...

Bebo as lágrimas
Que derramas, dorida...
E sinto tua vida...