Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Existir é a capacidade de ser, Ser é a capacidade de evoluir, Evoluir é a prova que sou capaz de alterar o sentido da Vida.
Nunca fui bom exemplo para nada mas existo e persisto viver pelo bem que acredito. Não sou menos e nem mais importante que as menores das criaturas, que neste tempo comigo, habitam este mundo. Tudo tem sua razão de ser, neste momento e pela eternidade.
A criança que fui e o homem que sou trocam bilhetes na madrugada. Um pede coragem, como quem pede socorro. O outro devolve silêncio, rabiscos, mapas inúteis de resignação. Às vezes, contra a própria vontade, sobem no mesmo trem. Não sabem por quê. Descendem em estações sem nome, onde a surpresa não consola, apenas prova, cruelmente, que ainda se está vivo.
Com a autoridade de quem conhece o próprio processo, não revido as injustiças, pois sou como a uva e o leite: o que para alguns pareceu humilhação, para minha mente empreendedora foi a etapa de cura e transformação. Onde me negaram equidade, eu cultivei a perspicácia de saber que, enquanto eles permanecem os mesmos, eu me transformo em vinho, em borboleta e em valor que o tempo só faz aumentar
Gero a escassez, coloco a necessidade, dou as migalhas, por fim, sou caridoso, democrático e ótimo gestor.
“Não sou meus pensamentos nem minhas emoções, mas o processo consciente que pode dialogar com ambos.”
Aprendiz do Infinito
Sou aprendiz do infinito, humilde e só,
Em frente ao abismo do eterno véu.
Reformo a casa íntima do ser,
Com ética por base, por alvo o saber.
Cimento as paredes com moral firme,
Vigio as janelas, que a luz não se firme
Apenas de fora, mas que entre e habite,
Transforme a matéria, que o espírito excite.
Os bons costumes são as velas acesas
Na noite escura das naturais surpresas,
Iluminando passos no chão da existência,
Evitando quedas, dando nova ciência.
Busco expandir a consciência em vão,
Rompendo as algemas da limitação.
Não por mérito próprio, orgulho ou glória,
Mas pelo esforço em reescrever a história.
Para alçar planos que o olhar não vê,
É preciso ser mais do que hoje se é.
Merecer a altura não é troféu ganho,
É transformação no divino engano.
Assim caminho, entre dúvida e fé,
Sendo menos eu, para ser o que é.
No ciclo eterno do aprender constante,
Sou grão de poeira, mas sou também gigante.
E quando a noite do não-ser chegar,
Talvez um degrau eu possa ascender.
Não para descanso, mas para mais luta,
Pois a alma que busca jamais se reduz.
Não sou contra um Estado nuclearmente armado por ser pauta da esquerda, nem contra o armamento civil por ser pauta da direita. Sou contra o armamento inconsciente, por ser cristão.
