Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem

Cerca de 294694 frases e pensamentos: Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem

Eu me descomponho
quando eu componho
eu gotejo
eu me derramo
e a aridez o deserto vira um Oasis...

Inserida por tadeumemoria

houve um tempo que eu habitava a noite, hoje a noite habita em mim...

Inserida por tadeumemoria

Eu tenho um verso na mão
e um poema no coração
mulheres despidas na mente
sol a pino, vivo perigosamente...

Na caatinga
rimas de despedidas
feridas abertas
é minha sina
penso que sou poeta

tenho um firmamento
a dois metros de altura
durmo com as estrelas
conheço suas ternuras

tenho deus como amigo
ludibrio o inimigo
reformulo o paraíso
não há fruto proibido...

Inserida por tadeumemoria

Acabou o show, todos já saíram; eu fiquei aqui no meu cantinho, melancólico pensando, porque não deu certo o amor? Porque não um final feliz como Janete Clair? Fiquei olhando os olhos rasos da platéia, conjecturando um final onde dissessem: “e foram felizes para sempre.” Um lanterninha se aproxima e pede que eu me retire. O teatro está silencioso; ouço apenas murmuro nos camarins, provavelmente atores e atrizes se descaracterizando. As luzes vão se apagando lentamente; o lanterninha está diante de mim, terno preto de designer anônimo como uma imposição, uma ameaça; o show acabou, a pipoca murchou, o refrigerante esfriou, vou saindo triste e decepcionado de um espaço arquitetônico com perfeita estética e funcionabilidade. Meu celular emite o som inconfundível das mensagens; abro ansioso e percebo; é julieta; leio com alívio e indescritível alegria: ”te amo, Romeu!”

Inserida por tadeumemoria

Juarez, pronuncie como se começasse com “R”, ele sempre fez questão disso; amigo de infância que eu não via há tempos, apareceu repentinamente aqui em casa; Sempre foi um cara “cabeça”, um bom papo, só um pouco, “Maria- vai- com as outras” conversamos muito falamos do passado depois ele me segredou: Tadeu eu tô no pó”; fiquei pasmo, Juarez não era disso, era aquele tipo de cara: “mente sã corpo são...” “No pó Tadeu, tô no pó”, ratificou me entregando uma cédula de cem reais; “ sei que aqui consegue-se com facilidade; compra lá pra gente...” saí e voltei com um pacote, preparei algumas gramas pra ele, ele cheirou, aspirou ávido depois começou a pular, a falar a sorrir e gargalhar: cara eu tô legal! Eu tô legal Tadeu! Me levantou lá em cima: “você é o cara!” Prepara outra aí! Preparei ele aspirou, ficou mais entusiasmado ainda: “cara essa é da pura! Arde bem pouquinho nas narinas...” pulava e cantava: “everybody want you..” do fundo do baú... no final da tarde se despediu me agradecendo penhoradamente; devolvi seu dinheiro; ele reagiu surpreso:” faço questão de pagar Tadeu”. “Não precisa, é um presente pela nossa amizade”, respondi. Saiu cantando feliz: “Euclides, fala pra mãe...” não tive coragem de dizer que o que ele tinha consumido, era goma...

Inserida por tadeumemoria

Eu tenho versos nos dedos
e um poema no coração
mulheres despidas na mente
sol a pino na caatinga
rimas de despedidas
feridas abertas
é minha sina
penso que sou poeta...

Inserida por tadeumemoria

ah, mas se eu sonhei demais
não foi só culpa minha
seu corpo fomentou a minha fantasia
e se eu quis ser feliz perdoa
nunca mais vou sonhar assim,
nunca mais vou querer ser feliz
nunca mais vou pensar
que a vida pode ser boa

Inserida por tadeumemoria

só mulheres entrariam no céu se eu fosse Deus...

Inserida por tadeumemoria

COLÍRIO

madrugada é uma estrada tão distante pro passado,
sono é estágio pra morte,
eu tenho sorte,
eu tenho o olhar
num outro trópico, num outro signo ...
meu verso é um mendigo,
indigno de jornais ou revistas...
eu quero entender sargitario
e entender por que qualquer otário
pensa que é o “bicho”
cancer e capricórnio não são mais que carrapichos
não sei dizer te amo, todos sabem disso
queria entender Cristo, todos sabem...
queria durar tanto quanto Matusalém,
queria pertencer a tribo de Araquém ,
a madrugada ´´e uma estrada tão solitária
meus lábios suplicam ósculos
meus olhos suplicam óculos
tua figura é um colírio pros meus olhos
como deixar de ser poeta???

Inserida por tadeumemoria

Nada mais que eu diga
mudará nossos destinos
nada mais que eu faça
mudará o sentimento
meu melhor momento
é me sentir bem pequenino
tua ausência é o meu maior tormento

Já fui feliz um dia
ou pensei que era
mundo de fantasia,
mundo de quimeras
agora sigo aflito nessa ansiedade
só o instante da tua presença traz felicidade

Inserida por tadeumemoria

Quando eu cheguei a ser eu mesmo
eu ainda era uma caixinha de surpresa
dentro de outras dez caixas maiores...

Inserida por tadeumemoria

Eu tenho o olhar num outro trópico, num outro signo...

Inserida por tadeumemoria

Quando eu pensei que eu já era eu mesmo
Havia ainda muita coisa a descobrir
Quando eu pensei que já tinha me descoberto
Havia ainda muitas caixas pra abrir
Quando eu pensei que eu era eu mesmo,
Eu ainda era uma caixinha
Dentro de outra dez caixas maiores
Quando eu pensei que te conhecia
Havia ainda muitas coisas a se encaixar
A vida é assim mesmo
Há sempre algum invólucro a se desempacotar
São caixinhas de surpresa
Que a gente vive encaixando e desencaixando
Até descobrir que nenhuma surpresa há...

Inserida por tadeumemoria

A OUTRA MARGEM
Se eu soubesse de mim há muito tempo
não teria perdido tantos ocasos;
me perdi nos olhos de gurias farsantes, acanhadas e recatadas;
em seus sorrisos de pérolas,
ou nos perfumes de rosas campestres de suas presenças.
Do outro lado do rio, onde caía todas as pipas,
onde se escondia o resto do arco- Iris
e o sol cochilava no final de tardes tépidas de verão
morava um outro eu.
Mas vovó falava de um lobisomem daquele lado.
Eu chegava à sua margem e acenava àquela silhueta magra do outro lado;
a noite sonhava com uma trilha de pegadas gigantes
e imaginava uma figura horrenda
acordava afobado, rezava o credo
e corria pro lado de mamãe na outra cama .
um dia um balão caiu no outro lado do rio
e incendiou parte das minhas fantasias,
mas eu já conhecia o perfuma campestres de rosas
e o sorriso de pérolas de algumas gurias.
Agora percebo que as pipas gostam de transpor fronteiras
e as vezes o vento sopra para o nosso lado;
os ocasos jamais se perdem,
eles ficam de uma forma ou de outra guardados em nossos olhares
e quanto aquela silhueta magra
que me acenava do outro lado do rio;
o meu outro eu, me impõe uma única dúvida:
quem é a outra margem??

Inserida por tadeumemoria

O abismo me veio em forma de grito,
Aflito eu olhei procurei o infinito
Sonhar é cair na imensidão
Não tenho teto e nem tenho chão...
O meu juízo viaja no rastro de um cometa..
.meu caminho é Alfa e Ômega
Paixão é o meu desvio, minha perdição...

Inserida por tadeumemoria

Se eu conduzisse a noite à uma esquina
e entre brilhos e ébrios as estrelas se derramassem
se eu me perdesse no quarto minguante d’alguma cratera
desenterrando as quimeras de um outro passado
ausências, somente ausências são pertinentes às reminiscências,
os ébrios serão poetas e boêmios nas esquinas,
as noites serão lembranças saudosas ou não,
lacônicas ou perenes cheias de brilhos,
esquecidas pelos ébrios declamada pelos poetas
as mulheres serão amadas por seus maridos,
possuídas pelos amantes,
machucadas pelos vagabundos...
e onde estarão agora as mulheres?
Seus corações estarão com seus maridos,
seus corpos com seus amantes
e suas almas alimentando o espírito materno
tentando ser mãe de vagabundos

Inserida por tadeumemoria

Amo as mulheres tristes e as alegres eu as faço tristes para amá-las...

Inserida por tadeumemoria

Penso as vezes,
as vezes de ficar triste
Que se eu fosse alegria,
se é que alegria existe
Eu andaria nos guetos,
secando os olhos tristes
Que vivem ensaiando o samba,
desfilando fantasias
Tentando enganar a vida
mostrando tons e matizes
Formas brilhos e adornos
num carro de alegoria
escondendo todo o medo
cantando seus sambas enredos
inventando o carnaval

Inserida por tadeumemoria

RELÓGIO
Eu canto se eu me encanto
eu caio se eu flutuo
faz tanto tempo pra coisa nenhuma
faz tanto tempo pra um ou outro sorriso
um verso escondido,
um guarda chuva perdido na noite fria de vento,
faz tanto tempo
e aquela voz grave ainda é um carinho
uma censura; acho que não herdei
a doçura de minha mãe,
a sua força, sua abnegação...
faz tanto tempo,
faz tanto tempo,
tanto tempo, tanto tempo,
os relógios resistem incólumes,
blindados, invulneráveis...
faz tanto tempo,
tanto tempo, tanto tempo...
sua mão continua estendida,
sua voz a orientar,
seu sorriso a encorajar...
faz tanto tempo,
acho que não sou um relógio eu sei chorar...

Inserida por tadeumemoria

AUSÊNCIAS DE TODA UMA VIDA

Eu empacotava os meus olhares, guardava bem no íntimo tudo de lindo que ia além do verde das colinas, acalmava a ansiedade que começava nos teus colos, nos teus lábios, eu empacotava as horas, a vida, era o trabalho; depois planejava algumas rimas iluminadas pelos teus dentes, aquecidas pela tua pele; era passional ou fascínio pelo perigo; afora isso o desejo de documentar a inspiração: era fácil ser poeta, tanto que a solidão doía conduzida por um corredor à suburbana fascinante e perigosa. A noite doía nos ossos com o frio de junho e as ausências de toda uma vida, então eu revivia nossos melhores momentos. Planos? Por mais que os fizesse ao amanhecer dissolviam como sorvete com os primeiros raios da manhã, era a pressa incessante de viver que compõe a juventude compassada pelos hits do blacak que mencionavam as despedidas mais tristes, as incertezas mais certas, o ponto mais sensível dos nossos espíritos juvenis desamparados por seres supremos que movem o universo. Quantos sorrisos belos, quantos belos sorrisos; depois do expediente brilhantina e contouré depois de um banho rápido eu ainda me apaixonaria umas três vezes até a meia noite, depois sonharia com a “dentes de madrepérola” ou com o busto de Brigitte, qualquer musa... era fácil ser poeta só faltava-me tempo para observar o nascente, e o crepúsculo se perdia atrás de torres de concreto ou nos corredores frios de olhares perdidos em faturas e memorandos; uma rotina só abalada por um ou outro suicida que ousaria resolver a vida com o voo de alguns segundos, mas nada que obstaculizasse o cotidiano, o IML era prestativo e rápido e os curiosos se dispersavam com ares de impotência diante da morte. Uma ou outra mancha de sangue permaneceria como prova inconteste de como a vida pode ser cruel, no entanto o amor se sobrepõe, a poesia flui e assim, sem fatalidades e desesperos de um suicida; voamos...

Inserida por tadeumemoria

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